King Hobo: a união entre o Clutch e o Opeth em um grande disco
Resenha - Mauga - King Hobo
Por Ricardo Seelig
Postado em 29 de julho de 2019
O King Hobo é a união entre o Clutch e o Opeth. Mas, na prática, as coisas não são assim tão preto no branco. A banda surgiu na segunda metade da década de 2000, quando Per Wiberg, então tecladista do Opeth, conheceu Jean-Paul Gaster, baterista do Clutch. Os dois fizeram algumas jams e curtiram o resultado, chamaram o vocalista e guitarrista Thomas Andersson (do Kamchatka) e o baixista Ulf Rockis Ivarsson, levaram essa experiência para o estúdio e gravaram o disco de estreia do projeto, lançado em 2008.
Então se passarem onze anos sem nenhum novo material. Nesse tempo, Wiberg deixou o Opeth, passou a tocar ao vivo com o Candlemass e assumiu o baixo no Kamchatka, enquanto Gaster viu o Clutch crescer bastante e ser aclamado pela crítica. E então, no final de maio, fomos surpreendidos com um novo álbum do King Hobo. "Mauga" traz dez músicas em um álbum redondo, com muita força e com cara de banda principal dos integrantes.
O som do King Hobo é um hard com uma pegada assumidamente setentista. Guitarra e teclado dividem o mesmo espaço, enquanto a cozinha é malandra e cheia de groove. O som varia entre rocks mais enérgicos e composições com uma pegada mais viajante, onde a banda tira o pé do acelerador e entrega momentos de inegável beleza. O Deep Purple e o Uriah Heep estão entre as referências do quarteto, além dos próprios Clutch e Kamchatka e um bem colocado tempero psicodélico que vem direto dos anos 1960. A voz de Andersson é um grande diferencial, além das melodias sempre bem construídas e ideias bastante agradáveis.
"Mauga" é um disco que está sendo pouco falado tanto pela imprensa especializada quanto pelos ouvintes, mas acredito que isso aconteça – principalmente no segundo caso – mais por desconhecimento de sua existência do que qualquer outro fator.
Pois bem: após ler esse review, você não tem mais essa desculpa. Ouça agora mesmo e descubra um dos melhores álbuns de 2019.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
Andreas Kisser diz que não tem a "mínima vontade" de voltar a tocar com irmãos Cavalera
Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
Evanescence anuncia turnê mundial para 2026
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
Robert Plant confirma show em Porto Alegre para 2026
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
O único "filme de rock realmente bom" da história, segundo Jack Black
Fender lança linha de instrumentos em comemoração aos 50 anos do Iron Maiden
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
Como o novato Chris Dovas fez o Testament soar mais pesado, segundo Chuck Billy

"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal


