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Pitty: a matriz da criatividade do talento baiano

Resenha - Matriz - Pitty

Por Victor de Andrade Lopes
Fonte: Sinfonia de Ideias
Postado em 18 de junho de 2019

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

O dicionário define Matriz como um modelo a partir do qual reproduções se originam. E raras vezes na vida eu vi um título de seis letras (eu sei que você acabou de contá-las) resumir tão bem a proposta de um álbum.

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Porque é isso que o quinto lançamento de estúdio da cantora baiana Pitty é. Uma matriz. Uma obra musical em volta da qual o restante de sua discografia orbita, ainda que cronologicamente falando isso careça de sentido.

Com efeito, a artista declarou que o trabalho é fruto de uma jornada introspectiva em busca de suas origens. E é bem isso o que temos em faixas como a abertura "Bicho Solto", assim como "Ninguém É de Ninguém", "Redimir" e "Submersa", onde fica óbvio como ela vasculhou seu próprio passado em busca de ideias para o presente.

A penúltima faixa do quarteto supramencionado lembra aquela MPB moderninha que vem soando muito bem nas vozes de nomes recentes como Raissa Fayet, enquanto que a última dialoga bastante com a fase antiga e inocente da cantora, como se fosse uma raridade esquecida dos ensaios para seus primeiros discos que acabou ganhando uma roupagem mais atual.

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Já outras faixas se destacam pelo instrumental maduro e diverso. Falo de "Noite Inteira", com influências de southern rock e participação de Lazzo Matumbi; "Roda", parceria com o BaianaSystem, rodeada por duas minúsculas vinhetas ("Saudade" e "Azul"), que não passam de frases que engrossam a lista de faixas; e "Bahia Blues", um blues-stoner alternativo com mais homenagens à terra natal da artista, mostrando que a introspecção de Pitty foi também geográfica, como não poderia deixar de ser.

Um dos pontos altos do disco, que espertamente foi transformado em single e clipe, é justamente "Te Conecta", que sequer tem muito a ver com o rock, e mais com reggae e dub, estilo o qual não estamos habituados a ouvir dela. Mesmo assim, ela tira a peça de letra, põe qualquer descrença no bolso e mantém a peteca lá em cima numa espécie de novo hino para as antigas e novas gerações de fãs.

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A reta final abre com "Para o Grande Amor", que emenda uma introdução parecida com "In My Place", do Coldplay, em versos que remetem a "Ser Estranho", dos Titãs - como se isso fosse possível. Não que a faixa não tenha brilho próprio...

E após a já mencionada "Submersa", tudo se encerra com uma faixa-recado: "Sol Quadrado", em que a cantora promete, com todas as letras, não mais se afastar de sua essência. Uma mensagem em total harmonia com a proposta da obra toda. De patinhos feios, o lançamento tem apenas a balada "Motor", que tem tanto sal quanto um brigadeiro.

Até que o sexto álbum saia - seja lá como ele soe - Matriz pode ser considerado a consumação do que foi feito até aqui. A somatória das duas décadas de carreira (profissional e underground) de Pitty. Aquilo aonde os seus quatro antecessores queriam chegar, mas não poderiam sozinhos.

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Abaixo, o vídeo de "Te Conecta":

1. "Bicho Solto"
2. "Noite Inteira" (com Lazzo Matumbi)
3. "Ninguém É de Ninguém"
4. "Motor"
5. "Saudade (Vinheta)"
6. "Roda" (com BaianaSystem)
7. "Azul (Vinheta)"
8. "Bahia Blues"
9. "Te Conecta"
10. "Redimir"
11. "Para o Grande Amor"
12. "Submersa"
13. "Sol Quadrado" (com Larissa Luz)

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Fonte: Sinfonia de Ideias
http://bit.ly/matrizpitty

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Sobre Victor de Andrade Lopes

Victor de Andrade Lopes é jornalista (Mtb 77507/SP) formado pela PUC-SP com extensões em Introdução à História da Música e Arte Como Interpretação do Brasil, ambas pela FESPSP, e estudante de Sistemas para Internet na FATEC de Carapicuíba, onde mora. É também membro do Grupo de Usuários Wikimedia no Brasil e responsável pelo blog Sinfonia de Ideias. Apaixonado por livros, ciências, cultura pop, games, viagens, ufologia, e, é claro, música: rock, metal, pop, dance, folk, erudito e todos os derivados e misturas. Toca piano e teclado nas horas livres.
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