Matérias Mais Lidas


Stamp
Summer Breeze 2024

Amorphis: Elegy se alterna entre momentos bons e mornos

Resenha - Amorphis - Elegy

Por Marcio Machado
Postado em 17 de junho de 2019

Nota: 6 starstarstarstarstarstar

Em seu terceiro disco, o Amorphis trazia em sua formação algumas novidades. Houve a saída do tecladista Kasper Martenson e a chegada de Kim Ratala, o baterista Jan Rechberg fora substituído por Pekka Kasari, mas a principal mudança é que agora a banda seria um sexteto, com o vocalista Pasi Koskinen dividindo as vozes com o então guitarrista Tomi Koivusaari. Dessa formação surgiu, "Elegy".

Amorphis - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Dessa vez, o Amorphis quis trazer em suas letras um pouco do folclore finlandês, especificamente se baseando em contos do livro Kanteletar, que trata sobre milênios da cultura da Finlândia através de poemas folks.

"Better Unborn" é quem se encarrega de abrir o disco, (e no ritmo que daria rumo a musicalidade do Amorphis até dias de hoje) e já abre com tons de guitarras evocando algo como um kântele e logo entra o peso da banda toda. A voz gutural de Tomi da as caras e aí já há um pequeno escorregão que irá perdurar no disco todo, esses vocais sofreram na mesa de mixagem e se encontram meio enrolados na audição. Diferente da parte limpa do novato Pasi que logo chega soltando o gogó e se assemelha em momentos com um James Hetfield em sua juventude. A música é uma boa abertura, tem um refrão bem construído.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

A próxima faixa abre invocando de longe com algo do Iron Maiden em suas guitarras, "Against Windows" é a da vez. Novamente a dobra dos vocais se encontra bem dividida por aqui e Pasi mostra os primeiros indícios de uma voz mais agressiva, mais gritada, mostrando ser um cara versátil na sua proposta. Há um solo rápido e que se encaixa bem dentro da faixa e segue sem muitas mudanças.

"The Orphan" começa com ares bem prog, com teclados e guitarras climáticas. E assim ela se segue bem calma, numa proposta "viajante", ganhando camadas a cada passagem, fica um pouco mais pesada em sua metade e segue num solo sem fim até o encerramento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Seguindo com mais ânimo que a anterior, "On Rich and Poor" começa rápida, e cai num seguimento mais cadenciado. E muito bacana a proposta da voz limpa se integrar à esse ritmo. Elementos do prog metal dão as caras por aqui. É uma faixa boa, mas em alguma momento, nem na metade do disco parece que já ouvimos isso anteriormente.

"My Kantele" já começa toda arrastada ao melhor estilo doom metal. Aqui sim as coisas parecem se encaixar de forma correta. Logo ela vira algo mais cadenciado, cheia de teclados novamente com cara de prog. Ela segue assim até seu final e se faz muito bem, é das melhores até então. Seu final é bastante climático e muito bem amarrado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Abrindo bastante pesada e rápida está "Care", que chega mostrando vontade de aparecer. As vozes guturais são quem abrem as linhas, e logo a faixa da uma virada para algo mais folk tradicional, o que impressiona bastante dentro dessa mistura e até uma pequena passagem de música eletrônica aparece por aqui. O solo é muito bem feito e da liga em tudo que ouvimos. Também candidata a listar entre melhores.

"Song of the Troubled One" é a seguinte. Aqui as coisas são diretas, passagens de bateria rápidas, guitarras dobradas e alternando entre acordes e bases pesadas e a voz de Tomi se rasgado sobre tudo. Há também bastante teclados dando ares climáticos e embalando a faixa toda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Continuando agora embalado por violões, Pasi surge cantando em "Weeper on the Shore" logo alternando para um momento mais pesado em seu seguimento. Há umas passagens quebradas em sua metade que mostram uma boa conversação entre os músicos.

A faixa título chega perto do fim do disco. "Elegy" começa com teclados, calma e assim se segue até seu final sem muitas alternadas em sua progressão. A faixa é extremamente longa, com seus quase 8 minutos e dentro desse tempo não apresenta tanto para se ter essa longa duração.

Há duas faixas que encerram o disco, uma instrumental "Relief" que sinceramente não sei o porque dela aparecer ali, e uma versão acústica de "My Kantele" que não acrescenta muito, apesar de bem feita.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

"Elegy" acaba por se alternar entre momentos bons e mornos. Não é um disco que irá arrancar suspiros a não ser dos mais ardorosos pelo som do Amorphis, para os demais, há boas passagens aqui e ali mas nada tão surpreendente ou que irá mudar vidas.

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bruce Dickinson
Jethro Tull

Grave Digger: Ceifando a vida dos incrédulos da Terra Santa

Resenha - Aurora do Triunfo Herétiko - Sevo

Resenha - Black Bible - Judas Iscariotes

Resenha - Master Executor - Warfield

Resenha - Ocean - Holdark

Resenha - SupremeInstinctNumb - Malice Garden

Varathron: A hegemonia do caos

Resenha do álbum "Eu Sou a Derrota", da banda Sangue de Bode

Resenha - Gates Of Metal Fried Chicken Of Death - Massacration

Guns N' Roses: Resenha de "Chinese Democracy" na Rolling Stone

Dream Theater: Falling Into Infinity é um álbum injustiçado?

Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Marcio Machado

Estudante de história, apaixonado por cinema e o bom rock, fã de Korn, Dream Theater e Alice in Chains. Metido a escritor e crítico.
Mais matérias de Marcio Machado.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS