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Behemoth: abrindo novos caminhos dentro do estilo

Resenha - I Loved You at Your Darkest - Behemoth

Por Carlos Henrique Schmidt
Postado em 10 de outubro de 2018

Nota: 6 starstarstarstarstarstar

Eis que após muitas especulações e marketing ("não sei se haverá outro disco") surge o décimo primeiro disco dos poloneses do BEHEMOTH, "I Loved You at Your Darkest" ou ILYATYD.

Behemoth - Mais Novidades

O disco contém 12 faixas e pode ser divido em duas partes bem específicas, a primeira contém as faixas mais fortes do disco e a segunda, as medianas.

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Após a intro, inicia a ótima e já conhecida "Wolves of Siberia" que mostra que Nergal e sua trupe não perderam a mão para compor faixas agressivas.

"God=Dog", é o primeiro single do álbum, e apesar do título fraquíssimo, é a faixa mais experimental em todos os aspectos já criada pelo Behemoth trazendo andamentos e vocalizações incomuns, além o coro das crianças acompanhando Nergal durante a música. Se você sobreviver a este som, nada soará estranho no disco.

Importante salientar com relação aos coros, a banda os utiliza em várias faixas do álbum e realmente cria uma atmosfera bastante interessante.

"Bartzabel" podemos dizer que é a primeira balada Death/Black Metal do mundo. É uma ótima faixa, com um incrível solo e belas vocalizações e certamente um dos grandes destaques deste disco. Os solos neste disco tendem a ser bastante interessantes, quase todos eles soam mais rock’n’roll e cheios de carga melódica do que tipicamente metal. "Bartzabel" é quase totalmente acústicas, aliás quase todas as faixas contém elementos acústicos, Nergal havia afirmado que não usava muito mais a guitarra para compor mas sim o violão, talvez uma explicação para isso.

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Aqui encerra-se o que classifiquei a primeira parte do disco, a partir dai não existem faixa que eu poderia dizer que se destacam muito, talvez "Havohej Pantocrator" é interessante e tem uma sonoridade bem melancólica, mas uma letra fraquíssima e para fechar o disco temos a instrumental "Coagula".

Então para quem acompanhou o BEHEMOTH ao longo dos anos, em especial na década passada, esqueça aquele Death/Black brutal com dezenas de riffs por minuto, o BEHEMOTH de hoje está mais refinado e simples, mas nunca negando suas raízes.

ILYATYD não é um disco facilmente digerível e nem seu melhor trabalho, mas mostra que BEHEMOTH tem muito ainda a mostrar para o mundo do metal. Na minha opinião, é um dos discos mais experimentais e ousados do Behemoth desde Grom e, assim como Grom, ele tende a não ser bem aceito por todos. Ele aprimora o estilo iniciado em "The Satanist", não o supera, mas conduz para outros caminhos ainda não trilhados pela banda.

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Nergal é uma artista que não tem medo de ousar, nem todos vão entender ou aceitar este álbum, mas ele não parece se importar muito com isso e nem deveria, pois a arte é a visão do artista não dos críticos.

Destaques: Wolves of Siberia, God=Dog, Ecclesia Diabolica Catholica, Bartzabel, Coagula

1. Solve
2. Wolves ov Siberia
3. God = Dog
4. Ecclesia Diabolica Catholica
5. Bartzabel
6. If Crucifixion Was Not Enough…
7. Angelvs XIII
8. Sabbath Mater
9. Havohej Pantocrator
10. Rom 5:8
11. We Are the Next 1000 Years
12. Coagvla
13. O Pentagram Ignis (Japão)

Wolves ov Siberia

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God = Dog

Bartzabel

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Sobre Carlos Henrique Schmidt

Graduado em Computação e Administração, a paixão pela música pesada surgiu nos primeiros anos da adolescência e permanece até os dias de hoje. Apesar da preferência pelos estilos mais x-tremos da música pesada (Black, Death, Grind), o seu universo musical não limitado por estes rótulos, mas pelo que a música em si transmite.
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