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Korn: em 2002, a transição e afirmação da banda

Resenha - Korn - Untouchables

Por Marcio Machado
Postado em 25 de setembro de 2018

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Em 2002, o Korn já havia consolidado sua carreira, a recepção do disco anterior, de 99, "Issues" havia sido muito boa, a banda já tinha tanto apreciadores quanto detratores. E foi nesse ano que a banda lançou o que para muitos e inclusive o próprio Jonathan Davis, o melhor álbum, o "Untouchables". Realmente se trata de um trabalho gracioso, seja pela produção milionária, pelo amadurecimento da banda, a mudança vocal de Davis e até um rompimento com a sonoridade feita até o 4° disco. Havia menos quebras de baixo e bateria, menos "barulhos" de guitarra, e no lugar, uma sonoridade mais pesada e dinâmica, mas ainda sendo o Korn.

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"Here to Stay" abre o trabalho com muito peso, guitarras de 7 cordas dobradas em perfeita harmonia entre Munky e Brian, e a cozinha de David Silveria e Fieldy é perfeita. A dinâmica da bateria é divina com uma efeito de "hit-hat" de chimbal que marca tudo. Quando Jonathan entra, vemos a diferença de seu vocal, este sai da voz mais "sofrida" dos discos anteriores e vem num tom mais grave, carregando uns drives, mas sem perder sua tão forte identidade, o refrão é ótimo. A segunda metade conta com versos insanos e muito, muito peso. É uma das melhores aberturas do Korn, pau a pau com "Blind" do homônimo e "Insane", do "Serenity of Suffering"

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Voltando um pouco aos efeitos, assim se inicia "Make Believe", começa um tanto "espalhada", devido à seu ritmo quebrado, porém, na ponte pro refrão, as coisas se acertam e segue pra um refrão grande e muito bem executado pela banda, detalhe para a dinâmica de notas das guitarras e o peso da bateria aqui. As coisas se acalmam um pouco na segunda parte em uma determinada passagem, até Davis explodir com sua voz marcante e fazer um grande verso.

"Blame" começa cheia de groove e com muito peso e destaque para o baixo. Aqui Jonathan volta a cantar em seu modo habitual por certo tempo, até entrar no refrão mostrando o quanto sua voz pode atingir, o refrão gruda fácil, mesmo com todo seu peso.

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"Hollow Life" é das músicas emblemáticas que o Korn sempre faz questão de colocar em suas obras. Cheia de peso, com vocal um tanto marcante e carregada de sentimentos, aborda a melancolia típica que Jonathan sempre tratou em suas letras. Tem uma levada um tanto cadenciada e densa, entra como uma das melhores do disco. O trabalho vocal é divino de tanta emoção que é cantado.

O peso continua a toda com "Bottled Up Inside", que tem um introdução espetacular, a marcação de baixo é grandiosa. A parte vocal, novamente merece destaque, Jonathan está em plena forma e com uma voz um tanto estridente, mas muito bem administrada, sabendo exatamente o que está fazendo. É lindo quando a banda entra nessa sintonia de peso e melodia e cria esses trabalhos excepcionais e tão autênticos.

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"Thoughtless" é mais uma das bem características do Korn. É pesada, arrastada, tem uma letra um tanto forte e Davis transborda raiva e agonia. O refrão é ótimo, pega fácil, mesmo com o peso, soa um tanto radiofônico devido a melodia muito bem executada. Nessa faixa temos as scats marcantes do vocalista que são um tanto insana. Se tornou um clássico da banda, inclusive, ganhando um cover do Evanescence numa roupagem à Amy Lee, que é fã declarada da banda.

Aqui voltamos de novo a introdução com guitarras de efeitos e andamento mais lento em seu começo. A voz soa mais calma nos versos, até ir para um crescendo e chegar na fúria do refrão. "Hating" é cheia de vocais sobrepostos, cozinha cheia de groove. A segunda parte explode numa passagem furiosa de guitarras e voz. Das melhores.

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"One More Time", soa um pouco como o Korn flertando com um rock mais pop. Isso de modo algum é dito aqui em tom perjorativo, trata-se de uma faixa muito boa, cadenciada e com certo peso, mas ainda assim, soa mais branda dentre as demais, o refrão é harmonioso e não só ele mas a canção toda pega muito fácil. As variações vocais também chamam bastante atenção aqui na versatilidade.

Já "Alone I Break" causa certo espanto. Se a faixa anterior abrandava as coisas, está acaba por soar como uma espécie de balada dentro dos padrões do Korn. Ela é bastante calma, sem nenhuma explosão em seu andamento, mas é uma das mais melancólicas que a banda já criou. Jonathan da bastante ênfase em seu trabalho vocal, hora de forma sussurrada, hora com bastante potência e marcante. O trabalho das guitarras também é maravilhoso e como se completam esses dois. Como é divino ouvir a tristeza entoada nesses moldes.

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De volta ao peso, "Embrace" faz isso muito bem. Sua introdução é um tanto agressiva, e a voz de Jonathan aqui soa quase como um gutural, o refrão é um tanto arrastado e em tons bem altos. A dinâmica continua por quase toda a faixa, até uma passagem mais calma que descamba em mais peso.

"Beat it Upright" continua com o peso, sua introdução é um loop hipnótico de peso, cheia de arpejos. O refrão extrai um tanto da voz do frontman e de novo vemos o Korn numa harmonia perfeita. A música é uma loucura só em todos os momentos, cada um literalmente se exaltando em seu posto, toda essa baderna resulta numa fantástica explosão musical que expolga e nos joga no bate cabeça sem dó.

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Com um leve flerte com o Sepultura da fase "Roots", "Wake Up Hate" é rápida e pesada em seu início, cai um pouco em seus versos e explode de novo num refrão furioso. A passagem mais lenta em sua segunda parte acaba quebrando o impacto da faixa que podia ser melhor, mas ainda assim, é um bom resultado que se tem no final.

"I'm Hiding" é um sobe e desce em sua concepção. Tem um refrão muito bom, porém fica em cima do muro e acaba não indo pra lugar nenhum, mas ainda assim, é muito boa mesmo que só por apreciação da voz, na ponte, Jonathan parece um louco insano berrando para as pessoas.

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Finalizando o disco, "No One's There" é na verdade o último grande encerramento do Korn em um disco até os dias de hoje. A faixa é grande no seu todo, extremamente carregada e tem um trabalho da banda toda que soa impecável. Claro que de novo, há de ressaltar o trabalho vocal e toda sua dramaticidade, é incrível a passagem após o segundo refrão onde Jonathan vai em crescendo deixando seus sentimentos aflorarem e sua voz ecoar em todos os cantos dali. É uma das composições favoritas dos fãs da banda e não a toa, entra fácil no Hall das várias emblemáticas que a banda tem. Há ainda uma faixa secreta pós esta, se trata de um remix de "Here to Stay", dando um gostinho de música eletrônica que viria ser o foco da banda anos mais tarde.

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"Untouchables" é sem dúvidas um dos melhores discos da primeira década dos anos 2000, não a toa entrando em 2° lugar na Billboard 200 em sua estreia. Mostra a banda em seu ápice, em toda sua concepção e em transição, se colocando e se afirmando no lugar das bandas principais da cena metal. É um petardo a ser ouvido e ouvido por várias vezes sem se perder o brilho nunca, e como demorou para os caras conseguirem fazer algo desse porte novamente, somente com S.O.S o feito se repetiu depois de uma longa fase morna. Que continue no que sabem fazer de melhor, pois essa fórmula, ah eles sabem muito bem! Vida longa ao Korn!

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Sobre Marcio Machado

Estudante de história, apaixonado por cinema e o bom rock, fã de Korn, Dream Theater e Alice in Chains. Metido a escritor e crítico.
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