RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

O dia em que um ex-jogador do Flamengo tomou umas e resolveu ir à casa do vocalista do The Smiths

Como Bruce Dickinson literalmente deu o sangue para que o Iron Maiden atingisse o estrelato

Violator anuncia novo álbum, "Unholy Retribution"

Para guitarrista do Korn, morte de Ozzy foi antecedida pela "bondade de Deus"

Esposa de Mike Portnoy odeia música progressiva; "Nunca consegui convertê-la"

Angra presta homenagem a Ozzy Osbourne com "No More Tears" em Brasília; assista

Ozzy Osbourne sobre seu encontro com o presidente George W. Bush: "Ele era um c*zão"

Renato Russo e Clube da Esquina estiveram próximos de gravar álbum juntos?

Ozzy Osbourne achou que tour ao lado do Mötley Crüe fosse acabar em tragédia

A característica do Black Sabbath que deixava o lendário Ozzy Osbourne orgulhoso

Prefeito é multado por usar carro oficial para ir a show do AC/DC na Alemanha

Prika Amaral conta como teve sua moto roubada por um ladrão de banco

Para Scott Ian, Black Sabbath é a raiz da "árvore do heavy metal"

O clássico do Rush que fez o jovem Mike Portnoy entrar de cabeça no rock progressivo

Ozzy Osbourne não entendia por que o Black Sabbath se tornou uma banda tão grande


Björk: Música Como Aplicativo

Resenha - Biophilia - Björk

Por
Postado em 25 de maio de 2018

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Em 2010, Björk anunciou que usaria um iPad para compor seu próximo álbum. O ambicioso projeto envolvia cientistas e a criação/adaptação de instrumentos musicais. As canções funcionariam como aplicativos pra iPhones e IPad.

Em outubro de 2011, saiu o resultado. A despeito do perigo de frieza ou esterilidade, a islandesa não caiu na armadilha de desumanizar sua obra. Até no título – Biophilia – o álbum celebra o amor, a vida e respira energia boa, poesia e humanidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Congregando ciência, tecnologia, o individual e o universal, Björk dá aula-magna de cosmogonia, que, não por acaso, é título de uma das faixas mais belas, com clima eclesiástico, mas que se encerra com a melodia evaporando-se no éter, depois de haver nascido de um coral sem melodia. Caos silencioso – harmonia – caos silencioso, nos lembrando do surgimento e da transitoriedade das coisas. Biophilia requer repetidas audições atentas e cientes de que o emocional não implica ausência de racionalidade e planejamento.

Moon abre o álbum, e seu minimalismo de harpa criada especialmente para o projeto remete a Vespertine (2001). Coral e clima esparso replicam a sensação de falta de gravidade, na qual flutua o ondulado vocal de Björk, por si só capaz de sustentar faixas inteiras, como Hollow, onde não há propriamente melodia, mas climas e sonoridades. Em Virus, é sua voz élfica que constrói a linha melódica, digamos, assobiável, dum fundo delicado, tão falsamente simples como uma capa de proteína, essência de um vírus.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Crystalline nos pede para ouvir cristais crescendo, enquanto a melodia progressivamente coloca "pedras" protuberando no caminho, sob forma de pequenas erupções de electronica. De repente, elas se tornam muito barulhentas, como se cristais de rocha pipocassem do chão com violência, numa esporro drum’n’bass, que relê a sonoridade de Homogenic (1997). Ciclos, como a ordem das canções, que, na versão sem bônus do álbum, começa com a lua e termina em solstício.

Com letras citando figuras geométricas, histórias da criação do universo, comparando o amor a vírus ou a placas tectônicas, Biophilia une ciência, tecnologia, espiritualidade, sexualidade e emoção sem nunca perder a simplicidade ou soarem pretensiosas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Apenas artistas perturbadores e inovadores como Björk são capazes de prover beats, chips e octágonos com coração e generosidade.

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeRogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Roberto Rillo Bíscaro

Roberto Rillo Bíscaro é professor universitário e edita o Blog do Albino Incoerente desde 2009.
Mais matérias de Roberto Rillo Bíscaro.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS