Buck-Tick: Sakurai e cia fazendo fãs venderem rins pela arte.
Resenha - Number 0 - Buck Tick
Por Rafael Carnovale
Postado em 08 de abril de 2018
Nota: 8 ![]()
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Não é de hoje que os japoneses do Buck Tick, percursores do J-Rock e do Visual Key (quem não conhece a história da banda sugiro procurar no Youtube por seus vídeos, e constatar a mudança ocorrida em quase 31 anos de carreira) mantém uma rotina espartana em seus trabalhos: lançam um novo trabalho ("Atom Miraiha No.9" é de 2016), excursionam promovendo o álbum, fazem seus shows especiais e/ou comemorativos ("The Parade 30th Aniversary" e "The Day In Question" em 2017) e se preparam para um novo álbum. A banda mantém uma zona de conforto, e lida muito bem com ela, tendo aprovação massiva dentro do Japão e até fora do país, vide os fã clubes do Equador e México. Sem contar que "Atom Miraiha No.9" ganhou um DVD/CD com um dos shows da turnê.
Eis que 2018 traz a tona o novo álbum, "No. 0". Inicialmente como de costume o single "Babel" foi lançado, e repercutiu muito bem, trazendo um pop rock bem azeitado com boas guitarras e o vocal a lá David Bowie de Sakurai Atsushi. Já o CD completo nos mostra uma banda saindo um pouco dessa zona, a começar pela pesada e moderna "Reishiki Jyusan Gata", com guitarras bem sintetizadas e peso que chega a flertar com o doom metal. "Bishuu Love" e "Gustave" já nos traz o Buck Tick de sempre, mas bem mais moderno do que o trabalho anterior, sendo músicas que devem repercutir bem ao vivo. A banda apresenta a bonita balada "Ophelia" que merece aplausos.
Outros destaques ficam para a pop cativante "Moon Sayonara Wo Oshiete", a forte "Salome Femme Fatale" (com belas guitarras a cargo de Imai Hisashi e Hoshino Hideiko, a soturna "Guernica No Yoru" e a épica "Tanai Kaiki", que encerra o trabalho em grande estilo. Bolas fora que merecem citação são "Barairo Jujidan Rosen Kreuzer", "Hikari No Teikoku" e "Nostalgia Ita Mekanikarisu", tentativas de modernizar demais o som do Buck Tick que não empolgam, fora o dueto entre Sakurai e Imai em "Igniter", que pouco acrescenta.
A banda está bem azeitada, com a experiência de sempre, com a cozinha de Higuchi Yutaka (baixo) e Yagami Toll (bateria) dando as músicas a medida exata para que as mesmas soem coesas e firmes. O saudável caso de saber o que a música pede e não exagerar. No geral um bom álbum, não superando seu antecessor, mas tornando-se uma peça valorosa na discografia do Buck Tick. Resta saber quando a banda e seu "staff" olharão para os fãs latino-americanos, porque para você comprar o CD terá que empenhar um rim.... mesmo que valha a pena.
2018 – VICTOR ENTERTAINEMENT
Site Oficial:
http://www.buck-tick.com
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