Aeon Prime: Metal atual e dinâmico
Resenha - Future Into Dust - Aeon Prime
Por Vitor Sobreira
Postado em 26 de outubro de 2017
Vindos da maior metrópole da América Latina, São Paulo, o Aeon Prime está na luta desde 2009. Lançando o EP ‘The Poet and the Wind’ no ano seguinte, a banda retornou apenas cinco anos depois, com o álbum oficial ‘Future Into Dust’, igualmente lançado de maneira independente – algo bem usual atualmente. A sonoridade é trabalhada, e busca seu porto seguro na modernidade do Heavy Metal, com inserções diferenciadas para enriquecer sua musicalidade.
Dois anos já se passaram do lançamento deste álbum, que aparenta ter saído outro dia mesmo. Um dos motivos apontados, vem a ser a inquestionável qualidade de áudio, que ficou sob os cuidados de Pedro Esteves (guitarrista da banda Liar Symphony) no Estúdio Masterpiece, em Guarulhos/SP. Sabe quando se pega um ‘play’ para ouvir, e logo percebe nitidez e equilíbrio entre os instrumentos? Então pode ter certeza que isso será presenciado em ‘Future Into Dust’. Logicamente, os integrantes também merecem as congratulações por suas performances, mostrando que estavam seguros em registrar seu primeiro disco completo, e buscando o melhor de si nas composições e execuções. Passando pelo vocal bem limpo de Michel, pelas linhas de baixo de André e pelas constantes guitarras de Yuri e Felipe, tudo foi bem pensado. Em relação às partes de bateria, Anderson Alarça, também integrante do Liar Symphony, foi o escalado para a missão e deu conta do recado.
Como dito acima, o som é amparado especialmente pelo Heavy Metal mais atual, pesado e com aquela pegada Tradicional em um momento ou outro, bem como elementos um pouco mais refinados e até mesmo acessíveis, porém não se prendendo exclusivamente ao estilo citado e deixando a criatividade fluir. Já pela questão visual, a arte de capa ficou muito interessante, com um teor visualmente reflexivo e profissional, onde Ed Anderson, o responsável, soube bem o que fazer.
Apesar de tudo ser muito bem executado e produzido, um detalhe saliente me chamou a atenção: a extensão das músicas! Não que isso seja um problema, mas apenas duas apresentam duração pouco inferior a 5 minutos, e as restantes, desse tempo pra cima. Mesmo com variação e tudo mais, às vezes fica-se com a impressão de que a música poderia ter sido encerrada em determinado ponto, mas ela continua! Uma pequena atenção extra, na hora da edição final, teria sido louvável para os envolvidos terem analisado melhor esse aspecto, e saber a hora de "pisar no freio"…
Da abertura "Coliseum" à razoavelmente épica "The Commandments", "Deadly Sacrifice" e o interessante encerramento com "In The Dephts of Me", que conta com refrão forte e algumas linhas de guitarra em uma vibe mais Rock’n’Roll – as que mais gostei – ouvimos uma banda criativa e com uma boa proposta, que pode e deve continuar seguindo cada vez mais em frente e lançando mais trabalhos. Por isso, Leitor, não deixe de conhecer mais um nome de nosso imenso cenário brasileiro!
Formação:
Michel de Lima (vocal);
Yuri Simões (guitarra);
Felipe Mozini (guitarra);
André Fernandes (baixo)
Faixas:
01. Coliseum
02. Future Into Dust
03. Revolving Melody
04. Ghost
05. The Commandments
06. Deadly Sacrifice
07. About Dreams and Lies
08. Newborn Star
09. In Gold We Trust
10. In Depths of Me.
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