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Coletânea Roadie Metal: Total apoio ao Metal nacional!

Resenha - Volume 8 - Coletânea Roadie Metal

Por Vitor Sobreira
Postado em 01 de outubro de 2017

Sim, as coletâneas ainda têm um importante papel na propagação da música, especialmente no meio do Heavy Metal e do Rock! Mesmo com as inúmeras facilidades proporcionadas pela internet, por que abrir mão dessa divulgação coletiva e material, se todos podemos ser beneficiados com os dois lado dessa moeda?

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Assim sendo, o apresentador do programa de (web)rádio Roadie Metal, A Voz do Rock, e criador do site e acessória de imprensa de mesmo nome, Gleison Júnior, buscou nessa tradicional alternativa, apoiar e propagar a cena metálica brasileira, dando espaço para novas bandas, outras nem tão novas assim e também para aquelas com seu nome já consolidado. O trabalho deu tão certo, que rapidamente chegou na sua oitava edição, em 2016, apresentando um material profissional, em formato digipack/duplo, interessante arte gráfica de Marcelo Nespoli, encarte contendo algumas informações sobre os participantes e nada menos do que 33 bandas, de várias vertentes da música pesada nacional. Ah, e um detalhe importante: as coletâneas não são comercializadas, mas sim distribuídas à imprensa especializada, parceiros e também são sorteadas no programa!

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O primeiro CD, começa com muito Death/Thrash Metal, com as conhecidas bandas Claustrofobia e Torture Squad – que surpreende com "Return of Evil", mas é de se ressaltar que é uma faixa demasiadamente longa, com sete minutos, e que careceu de uma melhor edição final – e Necrofobia. O Death Metal dá as caras com um dos grandes destaques do volume, a banda paranaense Death Chaos, bem como o Thrash afiado do Jailor (cuja faixa conta com um interessante solo de baixo). Praticando uma sonoridade mais trabalhada , o Hunger, de Indaiatuba/SP, também representou o Thrash, moderno e com diferentes nuances, tais quais alguns arranjos de violino e violoncelo!

Dando seqüência, temos músicas com uma produção abafada, que contrastaram com as anteriores, mas musicalmente, não decepcionam… É o caso de Stoned Bulls, Burnkill e Terrorsphere. Unindo diferentes elementos do Prog, do Death e algo mais, o Crookhead, que com um maior cuidado, tem tudo para chamar mais a atenção em trabalhos vindouros. Apostando no Heavy/Doom, o Fallen Idol é uma das bandas que já contam com álbum lançado e um dos destaques imediatos. Com mais velocidade e aura malévola, o Tormentor Bestial apresenta seu Heavy/Thrash, até que chega o Dying Suffocation unindo Death e Doom. Calcado entre o Thrash/Death/Black, o Voiden aos poucos nos conduz ao final desta primeira parte, que ainda conta com os cariocas do Quintessente (ótima música, mas a produção…) e o profundo Haumette.

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Se o ouvinte se surpreender com esse disco 01, então que se prepare para o 02! E não é pra menos, pois novamente o início já segue em alta, com a Black Triad remetendo discretamente ao imortal Motörhead e a especial homenagem à Roadie Metal, por conta dos promissores mineiros da Apple Sin. O Heavy Metal segue firme com o Rising, em "Roadie to Metal, com os riffs cortantes dos maranhenses do Brutallian e as nuances trabalhadas do Heaven´s Guardian, de Goiânia/GO. Em seguida surge o Super Over, cantando em português e mais voltado ao Rock’n’Roll pesado. Variedade é algo que nunca pode falar na música, principalmente em uma compilação, então o DarkShip além de manter o ritmo eclético da proposta, apresenta seu trabalhado Metal com diferentes influências em "Prison of Desire".

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Rapidamente, chegamos a metade do CD, com a interessantíssima "Giant", da banda paraense Soledad – facilmente outra dos destaques da edição. Voltando ao Rock em português temos o Moby Jam, que pula para o Heavy dos paulistas Sickymind e chega à sonoridade atual e carregada do Oni. Aliás, Ariel/Kaliban com "À Morte", as melodias e vocais femininos da Blancato, também são em nossa língua pátria.

Neogenese, com "Oceans of Time", também representou o Heavy Metal em uma composição muito boa, mas é mais um caso de que careceu daquele toque final extra. Vindo da cidade de São Paulo, o solitário músico Robert Guimarães, não se prendeu especificamente em algum estilo, mas transitou entre o Heavy e o Rock com o High Moonlight. Finalizando a audição, Brvto Amor e The Walkins são um pouco mais voltados ao Rock nacional, e podem agradar quem curte a vertente.

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Em suma: O ótimo trabalho da Coletânea Roadie Metal – tanto este Volume 8, quanto qualquer outro já lançado – merece ser ouvido e apreciado. E por isso, fica aí a dica: apoie você também, o Metal feito em nosso país!

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CD 01 – Bandas/Faixas:
01. Claustrofobia – Metal Maloka
02. Torture Squad – Returno of Evil
03. Necrofobia – Membership
04. Death Chaos – From the Dead They Will Rise
05. Jailor – Stats of Tragedy
06. Hunger – Demons in White
07. Stoned Bulls – Good for Shit
08. Burnkill – Guerra e Destruição
09. Terrorsphere – Assassinos
10. Crookhead – Via Crucis
11. Fallen Idol – The Boy and the Sea
12. Tormentor Bestial – Demon of Pervertion
13. Dying Suffocation – Deathbed
14. Voiden – Antares
15. Quintessente – Towards Eternity
16. Haumette – Changed Heart

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CD 02 – Bandas/Músicas:
01. Black Triad – R.I.P.
02. Apple Sin – Roadie Metal
03. Rising – Road to Metal
04. Brutallian – Blow on the Eye
05. Heaven’s Guardian – Dream
06. Super Over – Esquema
07. DarkShip – Prison of Dreams
08. Soledad – Giant
09. Moby jam – Homem de Gelo
10. Sickymind – Question of Honor
11. Oni – Pedaços
12. Ariel/Kaliban – À Morte
13. Blancato – Laís
14. Neogenese – Oceans of Time
15. High Moonlight – Inovaya
16. Brvto Amor – Vidas
17. The Walkins – O Sinal.

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Sobre Vitor Sobreira

Moro no interior de Minas Gerais e curto de tudo um pouco dentro do maravilhoso mundo da música pesada, além de não dispensar também uma boa leitura, filmes e algumas séries. Mesmo não sendo um profissional da escrita, tenho como objetivos produzir textos simples e honestos, principalmente na forma de resenhas, apresentando e relembrando aos ouvintes, bandas e discos de várias ramificações do Metal/Heavy Rock, muitos dos quais, esquecidos e obscuros.
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