In Extremo: Mais um álbum forte na discografia
Resenha - Quid Pro Quo - In Extremo
Por Vitor Sobreira
Postado em 05 de agosto de 2017
A banda alemã In Extremo já contabiliza um pouco mais de 20 anos de existência, e por consequência, uma discografia respeitável com 11 álbuns oficiais, mais alguns ‘ao vivo’ e acústicos.
Inicialmente praticando um Medieval/Folk Metal, com o tempo foram evoluindo em sua sonoridade, adicionando uma roupagem mais moderna do Rock e sutis pitadas de algo mais Alternativo. Também foram reduzindo aos poucos o lado Medieval, mesmo sem deixar de lado alguns conceitos líricos e de instrumentos como harpa, gaitas de fole, tambores e afins.
Lançado três anos após ‘Kunstraub’, ‘Quid Pro Quo’ saiu em 24 de junho de 2016, pela Vertigo Records, com 11 faixas e alguns bônus dependendo da versão. Com algumas novidades em seu característico e criativo Folk Metal/Rock, a banda convidou os conterrâneos Hansi Kürsch (Blind Guardian) na faixa "Roter Stern" e Marcus Bischoff e Alexander Dietz (ambos do Heaven Shall Burn) em "Flaschenteufel". Além disso, retornaram com composições em outras línguas, além do habitual alemão, como o estoniano em "Pikse Palve", o russo em "Чёрный ворон" (Corvo Negro) e do galês em "Dacw' Nghariad".
Apresentando uma variedade de muito bom gosto, músicas pesadas e dinâmicas, se aliam a outras mais acessíveis, mas todas com refrões fortes e as inspiradoras melodias dos instrumentos exóticos, fazendo com que a audição não soe cansativa. Contudo, a formula do In Extremo, por mais interessante que seja, infelizmente acaba atraindo o fantasma da previsibilidade em alguns momentos. Ainda como observação, percebe-se, juntamente com a nítida produção, uma atenção redobrada nas sessões rítmicas, ou se preferir, a popular "cozinha" – que apresentou mais velocidade e peso.
Iniciar o álbum com uma canção rápida, mas ao mesmo tempo com as belas notas da gaita de foles, sem dúvidas foi uma ótima aposta e "Störtebeker" foi a escolhida, sem contar que ainda possui um vídeo oficial. "Roter Stern" dá uma pausa na velocidade, mas o refrão forte ainda mantém o disco em alta, juntamente com a animada faixa título. "Pikse Palve" é a mais "Folk", e na maior parte de sua extensão de menos de quatro minutos, me lembrou um pouco a sonoridade dos alemães do Faun (onde inclusive, o vocalista "Das letzte Einhorn" já fez participações).
A direta "Flaschenteufel" faz um bom par com a carregada "Dacw' Nghariad", mas a desnecessária "Moonshiner", não permite que a seqüencia final fique completa, mas "Glück auf Erden" e "Чёрный ворон" logo resolvem isso. "Sternhagelvoll" encerra oficialmente o álbum e literalmente transparece isso com seu clima de despedida, sem maiores destaques e com aquilo de melhor a banda sabe fazer.
‘Quid Pro Quo’ é mais um forte trabalho na carreira dos alemães, com boas composições, produção e músicos entrosados que dão vida a esse curioso ‘Yin-Yang’ entre épico e atual. É uma experiência que é muito melhor compreendida, conhecendo e curtindo sua boa música!
Banda:
Das letzte Einhorn (vocal);
Van Lange (guitarra);
Die Lutter (baixo);
Specki T.D. (bateria);
Dr. Pymonte (Bagpipe, Harp, Shawm);
Flex der Biegsame (Bagpipe, Shawm);
Yellow Pfeiffer (Bagpipe, Shawm, Nyckelharpa)
Faixas:
01. Störtebeker
02. Roter Stern
03. Quid pro Quo
04. Pikse Palve
05. Lieb Vaterland, Magst Ruhig Sein
06. Flaschenteufel
07. Dacw' Nghariad
08. Moonshinder
09. Glück auf Erden
10. Чёрный ворон
11. Sternhagelvoll.
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