Whyzdom: uma bendita surpresa auditiva lançada em 2015
Resenha - Symphony for a Hopeless God - Whyzdom
Por André Floyd
Postado em 04 de maio de 2017
O metal sinfônico é um estilo que senão tomarmos cuidado ele nos parece um "cavalo paraguaio", ou seja, empolga bastante inicialmente com as grandes canções e álbuns de gigantes do gênero como Epica e Nightwish, encabeçados por grandes músicos e arranjadores tais como Mark Jansen e Tuomas Holopainen, além das musas ao microfone, como Simone Siomons e Floor Jansen, além de também correndo por fora, grandes talentos como Therion, Edenbridge, Xandria, Sirenia, a finada Stream of Passion e algumas outras.
Acontece que o leque de opções vai minguando, nem tanto pelo número de bandas dessa categoria, mas pela mesmice que vão ficando as sonoridades das mesmas, que pelo que venho percebendo desde que comecei a pesquisar melhor o estilo, caem sempre na britadeira contínua e pouco melódica na quase totalidade das músicas, pouquíssima elaboração, mais gritaria, sobretudo o gutural e praticamente sem variações de cadências, tanto dentro de uma mesma música como entre faixas diferentes. Isso sem falar que o tal "sinfônico", que deveria remeter o ouvinte à atmosfera mais erudita, geralmente cai na água com açúcar de uma base de teclado mequetrefe, apenas como pano de fundo para a maçaroca das guitarreiras e cantos cavernosos, deixando à prima-dona com a ingratíssima missão de entoar algo melódico.
Pois bem, o bom é quando eu começo a perder as esperanças, me chegou aos ouvidos via Spotify o som da banda francesa Whizdom, mais uma bendita surpresa auditiva, através do álbum de 2015, "Symphony for a Hopeless God", o último lançado e o primeiro com a nova vocalista Marie Mac Leod, a terceira a assumir o microfone.
Este disco trouxe os elementos em crescente escassez no gênero: elaboração, músicas cadenciadas, uma atenção maior ao lirismo e melodia, sobretudo às partes orquestradas, ainda que sendo feitas em sintetizadores.
Três faixas já evidenciam o supracitado: as duas primeiras, "While the Witches Burn" e "Tears of a Hopeless God" e a quarta canção do disco, "Eve's Last Daughter".
A sexta canção "The Mask" é um espetáculo à parte, com direito a solo de baixo do competente Tristan Demurger sequenciado de acordes de violões manuseados pelo chefe, o guitarrista Vynce Leff acompanhado de Régis Morin, também nas seis cordas.
Outro destaque é a oitava música deste trabalho, "Waking Up the Titans", cuja introdução orquestrada dá o tom certo para a excelente música a se desenvolver com as guitarras entoando um riff e sequencia concomitantemente ao coral, eis que chega a voz maviosa da soprano Marie completando todo o processo harmônico.
Para fechar os trabalhos, "Pandora's Tears" nos embala com ritmo lépido, mas sem a britadeira lá de cima. Aqui é música, com plena qualidade, variando o andamento, o canto e felizmente com solo de guitarra presente.
Tão acostumado às bandas da Holanda, Alemanha e dali pra cima, eu nunca suspeitei que a França tivesse tão categórico grupo de tal estilo.
O Whyzdom felizmente me abriu os ouvidos e a atenção para o peso-lírico parisiense.
Tracklist:
1. While the Witches Burn 06:53
2. Tears of a Hopeless God 06:40
3. Let's Play with Fire 05:51
4. Eve's Last Daughter 05:55
5. Don't Try to Blind Me 04:09
6. The Mask 06:27
7. Asylum of Eden 06:09
8. Waking Up the Titans 07:16
9. Theory of Life 05:18
10. Where Are the Angels 05:17
11. Pandora's Tears 06:42
OUÇA AQUI:
https://open.spotify.com/album/51IpJsyX6Un9slEw80Rt7J
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
Bloodbath anuncia primeira vinda ao Brasil em 2026
A banda que gravou mais de 30 discos inspirada em uma única música do The Doors
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
Regis Tadeu esculhamba "Atlas" e "Nothin", as duas músicas "novas" do Guns N' Roses
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Como foi primeiro encontro entre Zé Ramalho e Raul Seixas e qual impressão do paraibano
O motivo pelo qual Erasmo Carlos recusou gravar música de Serguei nos anos 60
A música que vocalista não queria gravar e se tornou um clássico do rock brasileiro


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



