Dark Tower: "Eight Spears", um disco dinâmico do início ao fim
Resenha - Eight Spears - Dark Tower
Por Fabio Reis
Postado em 07 de dezembro de 2016
Se por um acaso você gosta de Metal Extremo executado com qualidade muito acima da média, a Dark Tower é a uma banda que não pode passar despercebida, certamente é um dos nomes de maior potencial em todo o cenário nacional e por que não, mundial. O grupo original do Rio de Janeiro, foi formado em meados de 2006 e após o lançamento de uma Demo Tape ("Specters Arrival") e dois ótimos EP's ("Lord ov the Vastlands" e "Retaliation"), debutaram com o álbum "...Of Chaos And Ascension" (2013), demonstrando toda a sua capacidade técnica, criativa e causando rebuliço em todo o underground.
Com a resposta extremamente positiva de seu registro de estréia, a Dark Tower despertou grande expectativa para o lançamento do segundo full. Se "...Of Chaos And Ascension" já conseguiu chamar a atenção, o que podemos constatar ao fazer a audição do novo trabalho. é que "Eight Spears" supera qualquer previsão por mais otimista que pudesse ser e eleva a musicalidade do grupo a patamares inimagináveis. Todas as principais características encontradas no debut, aparecem no disco ainda mais evidenciadas, as composições estão com mais identidade, percebe-se uma evolução inquestionável e afirmo com total segurança, estamos diante de um dos nomes com maior possibilidade de alçar voos mais altos e conquistar o mercado internacional.
"Eight Spears" é mais visceral, mais agressivo, melhor produzido e ainda conta com performances irrepreensíveis por parte de todos os integrantes. A versatilidade da dupla de guitarristas formada por Raphael Casotto e Rafael Morais impressiona, pois além da rifferama e das linhas insanas, os caras ainda conseguem imprimir uma dose de melodia em cada uma das faixas, trazendo mais um diferencial para a sonoridade da Dark Tower. O baixista Rodolfo Ferreira e o baterista Jean Secca são os responsáveis por uma das cozinhas mais infernais dos últimos tempos, os músicos esbanjam talento e técnica com viradas sensacionais e esbanjam uma precisão cirúrgica. Por último, Flávio Gonçalves é perfeito em sua proposta, gritando e urrando como poucos, o vocalista alterna de forma impecável entre o gutural e o rasgado.
Temos participações especiais bem interessantes e músicos como Felipe Eregion (Unearthly), Guilherme Sevens (Painside), Pedrito Hildebrando (Vociferatus) e Rodrigo Garm (Pagan Throne), engrandecem muito o trabalho, fazendo com que a alta gama de variações contidas no mesmo, não deixem que "Eight Spears" caia na mesmice e seja um disco dinâmico do início ao fim.
Faixas como "Destroy The House Of Ha'shem", "The Legion Marches On", "On Darkest Wings", "Haeretic" e a faixa título, trazem o melhor do Black/Death Metal em composições fantásticas que beiram a perfeição. Tudo é muito equilibrado, muito acertado e este é um álbum apenas de pontos altos, há inúmeros momentos marcantes e passagens que se destacam. As orquestrações, uma característica forte da banda, estão mais contidas e devido a isso, a brutalidade e a crueza ganham mais espaço. Esta se mostrou uma escolha bem acertada, já que "Eight Spears" se encaixa como uma luva entre os melhores do ano no estilo.
O segundo disco da Dark Tower foi lançado no dia 07 de outubro via Black Legion Prods e Lab 6 Music, tem sido muito bem recebido pela imprensa especializada e vem colecionando resenhas positivas. Se você é fã de Metal extremo de alta qualidade, este álbum deve se tornar prioridade em suas audições e presença garantida na sua coleção. Altamente recomendado!
Integrantes:
Flávio Gonçalves (vocal)
Raphael Casotto (guitarra)
Rafael Morais (guitarra)
Rodolfo Ferreira (baixo)
Jean Secca (bateria)
Faixas:
1. Eight Paths - Initiation
2. Destroy the House of Ha'shem
3. Burn the Pyre
4. The Legion Marches On
5. Nameless Servants of Damnation
6. On Darkest Wings
7. Haeretic
8. Eight Spears
9. Blood Harvest
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