Raptore: tão Metal quanto um carro em chamas caindo do penhasco
Resenha - Rage 'n' Fever - Raptore
Por Willba Dissidente
Postado em 10 de setembro de 2016
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Heavy Metal tradicional, sinônimo de oitentista, com muita influência e respeito pelos anos 1970. Essa simples frase, mas tão tocante quanto um solo de Michael Schenker, resume a proposta da banda argentina RAPTORE. Vindos da cidade de La Plata (interior de Buenos Aires província), não estamos falando de um grupo velho, mas sim de jovens de calça apertada que começaram uma banda em há quatro anos e agora brindam os headbangers com seu full-length. Espere o som clássico para quem curte bater cabeça com cintos de bala, arrebite, jaqueta, colete jeans e tênis branco de cano alto. A única diferença do Raptore para o som clássico do metal argentino é que o grupo canta em inglês, o que deve arrebatar ainda mais fãs no Brasil.
"Rage 'n' Fever" é o segundo registro fonográfico do RAPTORE, sucedendo a demo "Demo 2014" (que só tinha duas músicas). As canções de então foram reaproveitadas e ganharam o mesmo punch e produção impecável de todos os temas de "Rage n Fever", que inclusive mostra uma banda bem mais entrosada que outrora. O que encontramos, basicamente, nesses 36 minutos que compõe o cd? Bateria dinâmica (não burocrática, porém reta), baixo com timbre monstruoso pulsando na cabeça, boas bases de guitarra, pré-refrão e refrão grudentos. É um prato cheio para fãs de ACCEPT, SKULL FIST e JUDAS PRIEST. Fãs de KISS e THIN LIZZY, os solos de guitarras primam pelo melodia sem perder de vista a técnica - não daqueles chatos que saem acertando tantas notas quanto possível sem se importar em ter harmonia. Até então, poderíamos estar descrevendo (genericamente) um disco do SKULL FIST ou ENFORCER, mas o RAPTORE tem nos vocais de Nico Cattoni um trunfo: o moço canta rasgado sem abusar das notas agudas, mas as alcançando sem soar forçado. As letras são em inglês e rimadas.
A faixa título, que dá início ao trabalho, já comprova nosso capítulo anterior inteiro. Não é a mais empolgante do CD, mas abre espaço para "Night On Fire", com muita influência de BLITZKRIEG e um dos riffs mais fuderosos da bolacha. Junto com a faixa título, a próxima, "My Own Grave" também estava na demo. O RAPTORE segue no esquema de Heavy Metal tradicional, aqui com estrutura semelhante às músicas do GRIM REAPER no disco "Rock You To Hell", iniciando no solo de guitarra. Aqui temos também o refrão mais cativante e encerramento à la ARIA. "The Flame" é uma semi-balada cuja introdução lembra muito o dedilhado de "I Still Love You" do KISS, só que depois ficando pesada e também com guitarra dobrada.
"Evil Hand" e "Runner of Death" são as apostas mais Thrash / Speed Metal do disco. A primeira abre com riff recordando "Na sluzhbe sily zla" do ARIA, abertura do disco Geroj Asphalta (1987), sendo uma das mais pesadas. Já a segunda é uma caceta em que os solos, riffs e refrão reverberam nos ouvidos qual uma chinelada deixa a pela vermelha. Para ressaltar a fissura ainda temos aquela paradinha clássica e matadora de baixo e bateria que o pessoal ama para abrir rodas ao vivo. O fechamento é com a cadenciada e ACCEPTica "Back in the Oven". Heavy oitentista reto com uma variação bem vinda no final, acelerando a pauleira sob o comando do baixista Michael Amir. O solo de guitarra dela abusa dos arpejos e fecha o disco muito bem em um fade de guitarras.
O RAPTORE possui outra faixa bem cadenciada e influenciada por ACCEPT, novamente à la "Russian Roulette". Destaque absoluto do trabalho, Time Has Come, além de ser faixa de maior duração, é onde encontramos a linha de baixo mais maneira, além do solo de guitarra mais trabalhado. Se foi difícil dar medalha de ouro nesses quesitos, o tema possui aqueles "Hey! Hey!" finalizando, novamente para os banguers socarem o ar com força ao vivo. É um disco que mesmo após sucessivas audições, quem ama de verdade O Heavy Metal não tem o que reclamar.
"Rage 'n' Fever" vem embalado em embalagem de acrílico contendo encarte de seis páginas com letras e fotos. O cd é prensado original. Enfim, um disco que é um verdadeiro estandarte da chamada N.W.O.T.H.M. (New Wave of Traditional Heavy Metal). Se os maiores representantes dessa ceara são AMBUSH, EVIL INVADERS, RANGER, STALLION etc, além dos grupos supra-citados, e nenhum latino, o RAPTORE vêm para mostrar nosso valor ao movimento.
O disco é importado (pode ser ouvido inteiro pelo youtube), mas foi disponibilizado no Brasil pela Arthorium Records, podendo ser adquirido por R$30,00 mais frete pelos endereços abaixo:
http://arthorium.com/store/raptore_rage-n-fever
https://www.facebook.com/ArthoriumRecords/
RAPTORE:
Nico Cattoni - Voz, guitarra
Ignacio Irigoin - guitarra
Michel Amir - Baixo
German Bobb - bateria
Discografia:
Demo 2014 (demo, 2014)
Rage N Fever (full length, 2016)
RAPTORE "Rage n Fever" - Metal Command Records - Importado - 2016 - 35"49"".
01 . Rage n' Fever (04:11)
02 . Night on fire (03:40)
03 . My Own Grave (04:00)
04 . Evil Hand (03:50)
05 . Time Has Come (06:29)
07 . Runner of Death (03:43)
08 . Back in The Oven (05:42)
Luis Alberto Braga Rodrigues | Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
A maior banda, música, álbum e vocalista nacional e gringo de 1985, segundo a Bizz
O clássico álbum ao vivo "At Budokan" que não foi gravado no Budokan
Os dois discos do ELP que Carl Palmer disse que deveriam virar vasos
Queen: Bowie, Mercury e a história de Under Pressure
Os álbuns dos Beatles mais possuídos (e os mais cobiçados) pelos colecionadores de discos
Dave Grohl explica porque não toca clássicos do Nirvana ao vivo


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


