Casa das Máquinas: Inovações e nostalgias
Resenha - Ensaio 2007 - Casa das Máquinas
Por Rafael Lemos
Postado em 06 de abril de 2016
Nota: 9 ![]()
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A banda Casa das Máquinas, após um longo intervalo de quinze anos, se reuniu novamente para uma nova apresentação. Ao mesmo tempo que o público se surpreendeu com a volta, a banda se surpreenderia com a resposta positiva do público que, em grande quantidade, adorava o som dos caras. Essa volta, que era pra ser provisória, se tornou definitiva e, quatro anos depois, sairia um cd promocional, em quantidades limitadas de 500 cópias, chamado " Ensaio 2007". Esse álbum era pra ser vendido somente no festival Psicodália de 2008. Como não esgotaram as vendas lá, podia-se adquiri-lo em outros shows da banda, que foi onde consegui o meu cd, no caso quando se apresentaram em minha cidade, Votorantim, em 2013.
A formação era curiosa: da galera antiga, tinha os bateristas Marinho e Netinho, além do Mário Testoni nos teclados, enquanto os novos membros eram também músicos de peso. Pra guitarra, chamaram o conceituado Faiska, que é muito reconhecido entre quem toca guitarra e acompanha publicações voltadas a ela. E pro baixo e vocal entrou Andria Busic, reconhecido internacionalmente por fazer parte do Dr. Sin.
O resultado foram novas roupagens pra seis clássicos da banda, onde podemos perceber os arranjos antigos nas baterias e no teclado e o peso adicional trazido pelo baixo e guitarra (esta, pouco expressiva em suas gravações originais).
A voz do Andria encaixou como uma luva no som do Casa das Máquinas, pois é melhor e mais agradável do que a de qualquer vocalista que passou pelo grupo. Em momentos como em "Dr. Medo" (infinitamente melhor do que a original) e "Casa do Rock", podemos sentir que estava literalmente se sentindo em Casa, se me permitem o trocadilho.
Faiska não deixou por menos e mandou bases consistentes e solos bem executados em "Vale Verde" e "Lar de Maravilhas". Dos músicos veteranos, elogios seria chover no molhado. O que se pode dizer de pessoas como eles, que transpiram emoção em cada segundo de execução em seus instrumentos? Mário Testoni nos leva de volta a 1972, com seus solos inspirados em Rick Wakeman, Keith Emerson e muito John Lord, enquanto Marinho e Neto nos convidam a ritmos nostálgicos em batidas ritmadas.
O cd, sendo um mini-album, só possui um encarte frente e verso impressa, sem informações técnicas, letras, fotos e nem mesmo nome da banda. Na capa, foi legal terem incluído "edição limitada" embaixo do nome do disco, reforçando a sua raridade para dias futuros.
Era meio que pensável que essa formação nao duraria muito porque o Andria sempre foi muito ocupado com o Dr. Sin. Além dele, Faiska também saiu, pois também é ocupado com aulas e workshops. Deveriam ter gravado algo novo com essa formação, um disco de inéditas.
A banda não parou e, felizmente, continuam com shows e projetos, sendo parte da história viva do Rock nacional. A formação atual é igualmente ótima, com um vocalista potente e técnico chamado João Luiz, integrante do King Bird, dono de um carisma ao vivo e de uma presença de palco marcante. Esse caea canta demais! Além dele, do Marinho e do Mário, mas sem o Netinho, temos também o guitarrista Marcelo Schevano, do Patrulha do Espaço, e o baixista Fábio César, também do King Bird.
Prometeram um novo cd "Ensaio" há alguns anos já mas acho que seria mais interessante um álbum com músicas novas para continuar construindo os tijolos da Casa das Máquinas. Enquanto isso, vamos comparecer em seus shows e nos divertindo com seus excelentes clássicos.
Faixas:
01- Vale Verde
02- Dr. Medo
03- Lar de Maravilhas
04- Casa de Rock
05- Pra cabeça
06- Vou morar no ar
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