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Pink Floyd: EP traz as primeiras gravações da banda

Resenha - 1965: Their First Recordings - Pink Floyd

Por Ricardo Pagliaro Thomaz
Postado em 09 de dezembro de 2015

Como é que ninguém ficou sabendo disso? Se não é uma notícia que eu por acaso ouço por aí faz pouco tempo, quase perco! Enfim, o Pink Floyd está seguindo a mesma proposta que o Dire Straits seguiu este ano, de lançar um EP com suas primeiras gravações e faz o mesmo aqui neste 1965: Their First Recordings, lançado agora em Novembro de 2015. É, parece que após o fim, as bandas se sentem inclinadas a limpar seus vaults de material nunca antes lançado. Estas gravações foram feitas, pasmem, em 1965, mas só viram a luz do dia agora! E eis que Syd Barrett levanta de sua cova para nos brindar com músicas inéditas.

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O encarte do EP foi lançado tanto em vinil quanto em CD, mas para melhor efeito nostálgico, é mais bacana e interessante ir atrás dos vinis, e de mais a mais, até agora eu só achei os vinis a venda. As ilustrações nos mostram a banda em iniciozinho de carreira, com aqueles ternos britânicos ainda dos anos 60, tentando passarem a imagem de bons moços. Basicamente, as músicas são divididas em dois vinis, com três músicas em um e mais três em outro, que não passam da média de 3 minutos de duração.

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No primeiro, lado A, temos a faixa "Lucy Leave" e no lado B encontramos as faixas "Double O Bo", se referindo claramente ao espião britânico que na época era interpretado por Sean Connery, e "Remember Me", todas elas faixas blues, bem remanescentes do som que bandas como os Yardbirds e os Rolling Stones praticavam na época, sendo a terceira a mais acelerada. Todas as três, escritas por Barrett, como se bem nota nas melodias.

No segundo vinil, lado A, nos deparamos com uma faixa não tão distante da proposta do Floyd dos primórdios, só mais arranjada com vocais de fundo femininos, "Walk With Me Sydney", escrita por Roger Waters; no lado B, temos uma de Barrett, "Butterfly", que tem bem aquela característica do blues psicodélico do Floyd destes tempos e por fim, uma composta por Slim Harpo, "I'm a King Bee", que é uma cover do Floyd do músico em questão que ficou conhecido pelo seu chamado swamp blues, um subgênero de slow blues que foi muito popular nos anos 1950. Tem até som de gaita no fundo, o que confere a ela a atmosfera de blues puro sangue.

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Fiquei muito feliz com a surpresa! Este EP foi lançado na Europa, meio na surdina, o que significa que é impossível achá-lo no Brasil no momento. Para se ter uma ideia, nem na Amazon.com eu achei vendendo! Porém, há ofertas do EP no eBay.com, a preços módicos que variam de 200 a quase 800 reais. Quem puder pagar este preço, poderá aí completar sua coleção do Floyd com as primeiras gravações da banda de 1965, que não estão inclusas em qualquer outro disco de coletânea ou algo do tipo. Se você puder achar e for fã colecionador do Floyd, eu recomendo que dê uma olhada no lindo material.

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1965: Their First Recordings (2015)
Pink Floyd

Tracklist:
EP 1:
- Lado A:
01. Lucy Leave
- Lado B:
01. Double O Bo
02. Remember Me

EP 2:
- Lado A:
01. Walk with Me Sydney
- Lado B:
01. Butterfly
02. I'm a King Bee

Selo: Parlophone

Pink Floyd é:
Syd Barrett: voz, guitarra
Rado Klose: guitarra
Roger Waters: baixo, voz
Richard Wright: teclados
Nick Mason: bateria

Discografia anterior:
- The Endless River (2014)
- The Division Bell (1994)
- A Momentary Lapse of Reason (1987)
- The Final Cut (1983)
- The Wall (1979)
- Animals (1977)
- Wish You Were Here (1975)
- The Dark Side of the Moon (1973)
- Obscured by Clouds (1972)
- Meddle (1971)
- Atom Heart Mother (1970)
- Ummagumma (1969)
- More O.S.T. (1969)
- A Saucerful of Secrets (1968)
- The Piper at the Gates of Dawn (1967)

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acienciadaopiniao.blogspot.com.br

Site oficial:
http://www.pinkfloyd.com

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Sobre Ricardo Pagliaro Thomaz

Roqueiro e apreciador da boa música desde os 9 anos de idade, quando mamãe me dizia para "parar de miar que nem gato" quando tentava cantarolar "Sweet Child O'Mine" ou "Paradise City". Primeiro disco de rock que ganhei: RPM - Rádio Pirata ao Vivo, e por mais que isso possa soar galhofa hoje em dia, escolhi o disco justamente por causa da caveira da capa e sim, hoje me envergonho disso! Sou também grande apreciador do hardão dos anos 70 e de rock progressivo, com algumas incursões na música pop de qualidade. Também aprecio o bom metal, embora minhas raízes roqueiras sejam mais calcadas no blues. Considero Freddie Mercury o cantor supremo que habita o cosmos do universo e não acredito que há a mínima possibilidade de alguém superá-lo um dia, pelo menos até o dia em que o Planeta Terra derreter e virar uma massa cinzenta sem vida.
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