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Joe Satriani: O guitarrista de rock instrumental mais prolífico

Resenha - Shockwave Supernova - Joe Satriani

Por Ricardo Pagliaro Thomaz
Postado em 24 de julho de 2015

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Joe Satriani tem se mostrado ultimamente talvez o guitarrista de rock instrumental mais prolífico do cenário. É impressionante como o cara produz novas obras! A última que ele lançou data de 2013, o disco Unstoppable Momentum. Claro, nem sempre o cara está inspiradíssimo e ultimamente ele vem se detendo a repetir fórmulas que já trabalhou, mas sempre traz uma ou outra ideia nova no campo da harmonia e dos arranjos onde ele demonstra grande força. De qualquer forma suas composições continuam arrojadas e interessantes. Vamos conferir o novo trabalho.

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A ilustração de capa é simplesmente sensacional, como eu não via há tempos em um disco do Satriani, totalmente trabalhada. Detalhe que desta vez a ilustração vai além. A capa é toda brilhosa, realçando os detalhes, e na capa da frente, o nome de Satch é cortado, de forma que ilustra pequenos detalhes da capa interna em um trabalho primoroso de produção da embalagem, que é daquelas de papel grosso, que eu não sou muito chegado, mas dessa vez pelo menos os caras foram cuidadosos o bastante para colocar uma embalagem extra por dentro para guardar o CD, e não apenas tacar ele lá dentro correndo o perigo de riscar o laser. Grande trabalho que só valoriza mais o disco do guitarrista.

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Vamos então falar das músicas do disco. A faixa de abertura, que carrega o título do álbum, já demonstra essa repetição de fórmula que falei antes, mas é uma faixa de abertura bacana. O refrãozinho da música com a guitarra slide e seus modos lídios são contagiantes e fazem você assobiar a música na cabeça. Satch ainda continua com sua bem conhecida habilidade de compor algo só com instrumentação, sem sequer abrir a boca para cantar uma nota, e ainda assim te deixar cantarolando a música.

Da mesma forma ele também consegue compor temas climáticos, dosando no shredding e usado-o na hora certa de fazer a guitarra transpirar, como é o caso da linda "Lost in a Memory" e na intimista "All of My Life" que tem cara de tema latino; o guitarrista quando quer ser intimista mostra que funciona até mesmo sem sua banda, como é o caso da doce "Butterfly and Zebra", que parece uma canção de ninar acompanhada ao teclado. Mas o tema climático que mais apreciei no álbum foi a faixa que fecha o disco, "Goodbye Supernova", que quando ouço imediatamente imagino uma viagem interplanetária dentre os arranjos de Satch e dos teclados de Mike Keneally.

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Vamos falar das experimentações e ideias novas. Ouça por exemplo "Crazy Joey" e perceba como o cara sutilmente funde o seu shredding à escalas pentatônicas de blues compondo uma malha sonora bastante variada em uma batida que quase lembra um reggae, coisa que só um talento puro como ele poderia escrever. E logo após ela, confira "In My Pocket" o blues funkeado onde Satch cria combinações bem interessantes em meio a um refrão bem pegajoso, tudo regado à entremeios com solinho de gaita, muito bem executado. E falando em blues, Satch capricha nesse gênero também ainda com a boa "San Francisco Blue", mais tradicional, mas com toques pessoais do guitarrista.

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Agora tem uma faixa aqui que é uma experimentação e tanto do careca que parece o Surfista Prateado: "On Peregrine Wings", uma das faixas mais interessantes em anos do cara, com um pequeno detalhe: o ritmo é característico de baião! Sim, baião, com sino e tudo mais! É um Rock-Baião, muito bem escrito e com passagens excelentes. Eu não morro de amores por ritmos de baião, mas sei identificar uma boa composição quando vejo uma, e esta faixa com toda certeza é um grande destaque, não sei dizer se o lance do baião foi intencional, mas que ficou muito legal, ficou.

Outras composições aqui são repeteco do que já vimos em outros trabalhos do guitarrista, mas não sem ter alguns lances interessantes que o cara trabalha de maneira diferente, como na ótima "Keep on Movin'" em que o cara mete a mão na guitarra sem dó, ou em "A Phase I'm Going Through" que parece muito com "Why" do álbum The Extremist (1992). Talvez a que tenha sido um repeteco mais proposital dentre as faixas do álbum tenha sido "Stars Race Across the Sky", uma vez que não se pode ignorar a semelhança de nome, rítmica e de arranjo com a faixa "Clouds Race Across the Sky" do álbum Engines of Creation (2000).

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Enfim, dentre uma boa porção de ideias novas, experimentações e repetecos de temas, e contando com um timaço de músicos de apoio, incluindo o multi-instrumentista Mike Keneally e os músicos Marco Minnemann e Bryan Beller da banda The Aristocrats, ainda com a regular co-produção de John Cuniberti e Mike Fraser, Satriani escreve mais um álbum instrumental para ser apreciado não somente pelos instrumentistas, mas também pelo público de forma geral, uma vez que sua música, seu estilo vai muito além do que a simples demonstração técnica de recursos que um guitarrista pode proporcionar. Recomendado!

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Shockwave Supernova (2015)
(Joe Satriani)

Tracklist:
01. Shockwave Supernova
02. Lost In A Memory
03. Crazy Joey
04. In My Pocket
05. On Peregrine Wings
06. Cataclysmic
07. San Francisco Blue
08. Keep On Movin'
09. All Of My Life
10. A Phase I'm Going Through
11. Scarborough Stomp
12. Butterfly and Zebra
13. If There Is No Heaven
14. Stars Race Across The Sky
15. Goodbye Supernova

Selo: Legacy Recordings / Strange Beautiful Music/ASCAP/Kobalt

Discografia anterior:
- Unstoppable Momentum (2013)
- Black Swans and Wormhole Wizards (2010)
- Professor Satchafunkilus and the Musterion of Rock (2008)
- Satriani Live! (2006)
- Super Colossal (2006)
- Is There Love in Space? (2004)
- Strange Beautiful Music (2002)
- Additional Creations (2000) - EP
- Engines of Creation (2000)
- Crystal Planet (1998)
- Joe Satriani (1995)
- Time Machine (1993)
- The Extremist (1992)
- Flying in a Blue Dream (1989)
- Dreaming #11 (1988) - EP
- Surfing with the Alien (1987)
- Not of This Earth (1986)
- Joe Satriani (1984) - EP

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Site oficial:
http://www.satriani.com

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Sobre Ricardo Pagliaro Thomaz

Roqueiro e apreciador da boa música desde os 9 anos de idade, quando mamãe me dizia para "parar de miar que nem gato" quando tentava cantarolar "Sweet Child O'Mine" ou "Paradise City". Primeiro disco de rock que ganhei: RPM - Rádio Pirata ao Vivo, e por mais que isso possa soar galhofa hoje em dia, escolhi o disco justamente por causa da caveira da capa e sim, hoje me envergonho disso! Sou também grande apreciador do hardão dos anos 70 e de rock progressivo, com algumas incursões na música pop de qualidade. Também aprecio o bom metal, embora minhas raízes roqueiras sejam mais calcadas no blues. Considero Freddie Mercury o cantor supremo que habita o cosmos do universo e não acredito que há a mínima possibilidade de alguém superá-lo um dia, pelo menos até o dia em que o Planeta Terra derreter e virar uma massa cinzenta sem vida.
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