Púrpura Ink: A força do Hard Rock/Glam Rock
Resenha - Breakin' Chains - Púrpura Ink
Por Mario Rodrigues
Postado em 24 de abril de 2015
Quando se fala em anos 80 no Brasil, os fãs de Metal pensam apenas nas bandas de Metal mais agressivo. Sim, mas esquecem-se do legado de bandas de Hard Rock, AOR e Glam Metal daqueles tempos, da força de nomes como MOTLEY CRUE, BON JOVI, W.A.S.P., POISON, RATT, CINDERELLA e tantos outros que não pode ser ignorada. Tanto é que muitos nomes grandes estão voltando à ativa, e outros surgindo. E podemos afirmar que os sucessores da famosa Sunset Boulevard ou estão na Suécia (CRASHDIET, H.E.A.T., GEMINI FIVE, e outros) ou nas terras do Brasil. Sim, pois por aqui, nomes como GLITTER MAGIC, HARD DESIRE, SUPERSTITIOUS, FURIA LOUCA, SIXTY-NINE CRASH e muitos mais andam fazendo trabalhos sublimes. E mais um se junta a esta turma: o excelente quinteto PÚRPURA INK, de São Luís do Maranhão, que chega com seu primeiro álbum, "Breakin’ Chains".
A força do Hard Rock/Glam Rock, unida à espontaneidade do Rock’n’Roll e o peso do Hard Rock clássico é o que eles nos concedem. Só que esses sujeitos têm uma música envolvente, melodiosa, grudenta, com ótima técnica e maravilhosa. É algo abusivamente ótimo ouvir esta mistura de vocais melodiosos e com boa dose de agressividade (lembra bastante o jeitão de Vince Neil em algumas partes, só que mais melodiosa), belas guitarras (riffs certeiros, solos caprichados e mesmo alguns lindos duetos), baixo e bateria mostrando não só peso, mas uma técnica absurda (mas sem cair no erro dos excessos individuais), belas incursões de teclados, e adicione à mistura excelentes refrões e muita energia, garra e empolgação.
É a fórmula do sucesso, e de algo maravilhoso para nossos ouvidos.
A produção musical é de alto nível. Sim, cada instrumento está em seu devido lugar, soando pesado e limpo nas medidas certas. E assim, a música da banda é capaz de ser compreendida em sua plenitude.
O quinteto abusa de ser uma ótima banda, desfilando composições bem arranjadas e espontâneas. Nada aqui soa forçado, buscando ser aquilo que não é. A música deles fala direto ao coração, com um dinamismo absurdo.
A pesada e grudenta "Breakin’ Chains" começa o disco de maneira perfeita, com andamento envolvente, refrão grudento e vocais muito bem encaixados, para em seguida, vir um murro na cara na forma de um Hardão/Sleazy ganchudo de categoria em "Lifestyle", uma faixa mais seca e agressiva, ótima presença backing vocals perfeitos, baixo à lá Steve Harris, e guitarras fazendo bases, solos e duetos com uma categoria absurda.
Em "Higher Ground", temos um início mais etéreo, com bela presença de teclados e baixo, para então ganhar peso, com um andamento em tempo médio e presença de belos momentos mais limpos, uma música que chega bem perto do AOR, com presença marcante de baixo e bateria, e ótimos corais. Em "Kate", temos um groove mais forte, além de um feeling moderno, onde as guitarras dão peso e melodia nas doses devidas.
"Let Me Stay" é uma semi-balada instrospectiva e bluesy, com toques de Hard setentista, bem envolvente, onde os vocais mostram boa versatilidade. Em "The Enemy", o lado mais Heavy Metal da banda fica claro, mas sem perder a pegada Hard grudenta da banda, mostrando um trabalho de guitarras bem instigante.
A mais amena e bem acessível "Flying Away" é tão bem feita que poderia figurar nos antigos comerciais de cigarros, onde todos conhecemos certos hits do AOR/Hard nos anos 80, com teclados dando uma climática ótima e a base rítmica mostrando-se firme, e os mesmo elementos se repetem em "Rose With Thorns", cheia de melodias certeiras, backing envolventes e lembrando o jeito europeu de fazer Hard/AOR.
Em "Bitter Wishes", novamente o jeitão mais moderno e cru do Hard’n’Roll se faz presente. E fechando com chave de ouro, a belíssima e melodiosa "Something to Believe", que não é uma balada, mas outra faixa extremamente acessível ao grande público, com refrão excelente, e a banda toda em grande forma.
Uma excelente banda, que chega na hora certa. E como dito no início, são herdeiros mais que dignos daquela música excelente feita nos 80, mas sem soar retro ou cheia de mofo. Aqui, neste álbum, pulsa vida, e muita.
O CD possui cópias físicas disponíveis, mas também pode ser ouvido (e adquirido) em várias plataformas digitais na internet, que pode encontrar abaixo conforme seu desejo.
Verdade seja dita: o estilo está em ótima fase no Brasil, e o PÚRPURA INK é um de seus melhores nomes.
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