Brutal Morticínio: O primeiro despertar
Resenha - Despertar dos Chacais... O Outono dos Povos - Brutal Morticínio
Por Vitor Franceschini
Postado em 17 de fevereiro de 2015
Nota: 8
Apesar de atualmente estar divulgando seu segundo álbum, "Obsessores Espíritos das Florestas Austrais" (2014), foi o "Despertar dos Chacais..." que colocou o nome do Brutal Morticínio em voga. Lançado originalmente em 2008, o trabalho foi relançado em 2012 entre uma parceria de diversos selos e com a adição de bônus.
Os gaúchos de Novo Hamburgo primam por fazer um Pagan Black Metal com algumas influências de Death Metal e cantando em português. Este debut já deixa bem clara a intenção da banda e soa muito, mas muito interessante aos amantes do típico Metal extremo nacional.
Apesar de ser notada influências do Black Metal escandinavo, principalmente nas guitarras, as maiores referências aqui ficam por conta da particularidade do Metal extremo nacional criado no final dos anos oitenta e lapidado no início dos anos noventa. Mais positivo impossível.
Os riffs se mostram versáteis, pois ora soam ríspidos como pede o Metal negro, sendo que outrora pendem um pouco para a morbidez. O peso fica por conta da cozinha coesa e direta que não deixa lacunas. Destaque para faixas como A Eterna Marcha da Devastação, E a Morte Triunfa... e A Longa Noite dos Corvos (Civilização Cristã), mas confesso que me afeiçoei pelo álbum de uma forma em geral.
Inclusive pelas bônus que traz mais duas composições próprias (Evocando os Espíritos Obsessores das Florestas Austrais e Deusas Névoas das Profundezas), além de um cover sensacional para o clássico do Amen Corner, My Soul Burns In Hell. Um trabalho memorável que tem seu lugar no underground guardado para sempre.
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