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Napalm Death: Mais direto, agressivo e ensurdecedor

Resenha - Apex Predator - Easy Meat - Napalm Death

Por David Torres
Postado em 02 de fevereiro de 2015

Após um hiato de três anos após o lançamento do ótimo "Utilitarian", em 2012, os ingleses do Napalm Death entram em estúdio novamente e nos brindam com mais um brilhante e pesadíssimo trabalho, "Apex Predator – Easy Meat". Lançado hoje, 27 de janeiro de 2015, através da Century Media Records e produzido por Russ Russell (guitarista das bandas Absolute Power e Tronos, ex-Meathook Seed e que já realizou "Backing Vocals" em dois álbuns do Evile), esse é o décimo quinto álbum de estúdio do Napalm Death e a truculência e a brutalidade, marcas registradas da banda, estão mais vivas do que nunca para a felicidade dos fãs. Vale destacar a criativa arte de capa elaborada por Frode Sylthe, que já concebeu artes para as bandas At the Gates, Saturnus e The Haunted.

Napalm Death - Mais Novidades

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O trabalho se inicia com a progressiva e climática introdução cujo título é o mesmo do álbum, "Apex Predator – Easy Meat". Seguindo a linha de faixas introdutórias e experimentais concebidas pela banda ao longo dos anos, a composição já prepara os ouvintes para o massacre desenfreado que está por vir. Eis que a devastação se inicia com a brutal "Smash a Single Digit", faixa que já recebeu um videoclipe bem interessante e criativo, com direito a animação. A linha da composição não poderia ser diferente do que já estamos acostumados quando se trata do Napalm Death, não é mesmo? "Riffs" pesadíssimos e "Backing Vocals" histéricos de Mitch Harris, urros sempre esmagadores de Mark "Barney" Greenway e uma "cozinha" suicida e explosiva formada pelo baixista Shane Embury e o baterista Danny Herrera. Sem deixar a peteca cair, as palhetadas de Mitch Harris e os "blast beats" de Danny Herrera iniciam a igualmente explosiva "Metaphorically Screw You", um assalto sonoro recheado de viradas bruscas de ritmo que são capazes de deixar quaisquer desavisados com os pescoços doloridos por dias.

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A bateria de Herrera inicia a fabulosa "How the Years Condemn", uma faixa que já nasceu grande com o seu título forte e moedor de ossos cuja simples pronúncia pela voz urrada de "Barney" é capaz de fazer o chão ruir terrivelmente. É certamente uma das melhores do álbum! "Stubborn Stains" não faz por menos e é mais uma pancada certeira nos tímpanos (e por que não dizer nos estômagos?) de todos os ouvintes. A sexta faixa é "Timeless Flogging", uma música que possui uma pegada sutilmente mais cadenciada em seu início, entretanto, se você pensa que não há espaço para mais pancadaria, pense duas vezes, pois a matança em forma de música não termina nunca!

A atmosférica "Dear Slum Landlord..." também merece atenção. Essa faixa segue a linha de composições da banda que possui um andamento arrastado e que beira uma fusão de Doom com Death Metal, permitindo inteligentes alterações de vocais, que, assim como em álbuns anteriores gravados pelo Napalm Death, são encaixadas com perfeição e sem jamais soarem incômodas ou forçadas. Uma ótima "viagem" musical e mais um destaque desse petardo! "Cesspits" retoma a linha mais tradicional de som da banda com potência total. As palhetadas e os "Backing Vocals" de Mitch Harris estão ainda mais implacáveis e intercalam perfeitamente os urros guturais de "Barney" Greenway. Sem perder tempo, a mortal "Bloodless Coup" entrega aos ouvintes toda a desgraceira sonora que anseiam.

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"Beyond the Pale" e "Stunt Your Growth" possuem interessantes variações de andamento em determinados momentos e mantém o padrão de qualidade do álbum intacto. Mais uma vez, temos uma legítima aula de música extrema. É impressionante como esses britânicos não perdem a mão mesmo depois de todo esse tempo! Os "riffs" iniciais de "Hierarchies" lembram composições anteriores da banda e são ligeiramente grudentos. Essa composição é sutilmente mais leve que a maioria das outras faixas, porém é mais um destaque desse trabalho, apresentando um momento bastante climático próximo ao seu fim, com vozes limpas mais uma vez inseridas de forma sábia e um bom solo do guitarrista convidado John "Bilbo" Cooke (Corrupt Moral Altar, Out for Blood, Vicious Bastard, War of the Second Dragon, ex-The Atrocity Exhibit).

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Os "blast beats" e toda a truculência de "One-Eyed" e "Adversarial / Copulating Snakes" se incubem de encerrar esse décimo quinto registro de estúdio do Napalm Death de forma magnífica. Vale mencionar que, assim como em trabalhos anteriores do grupo, existem faixas-bônus lançadas para esse trabalho. Uma delas, aliás, "Oh So Pseudo", foi executada ao vivo em shows da banda realizados no exterior no final de 2014. "Apex Predator – Easy Meat" mantém o padrão de qualidade do Napalm Death, especialmente levando em consideração a sequência matadora de álbuns que a banda lançou de 2000 para cá. Mitch Harris está executando cada vez mais os seus escandalosos "Backing Vocals", a "cozinha" de Shane Embury e Danny Herrera é um caos sem limites e muito bem conduzido e os tão conhecidos vocais de Mark "Barney" Greenway estão ainda mais monstruosos e brutais. Fãs da banda e de Metal Extremo em geral não vão se desapontar!

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01. Apex Predator – Easy Meat
02. Smash a Single Digit
03. Metaphorically Screw You
04. How the Years Condemn
05. Stubborn Stains
06. Timeless Flogging
07. Dear Slum Landlord...
08. Cesspits
09. Bloodless Coup
10. Beyond the Pale
11. Stunt Your Growth
12. Hierarchies
13. One-Eyed
14. Adversarial / Copulating Snakes (Faixa 16 na edição Mediabook)

Faixa-Bônus das Edições em Fita Cassete e LP:
15. Critical Gluttonous Mass

Faixa-Bônus da Edição Digipak Norte-Americana:
15. Oh So Pseudo

Faixas-Bônus da Edição Mediabook
14. What is Past is Prologue
15. Oh So Pseudo
16. Adversarial / Copulating Snakes
17. Clouds of Cancer / Victims of Ignorance (G-ANX cover)

Mark "Barney" Greenway (Vocal)
Mitch Harris (Guitarra)
Shane Embury (Baixo)
Danny Herrera (Bateria)

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Músico Convidado:
John "Bilbo" Cooke (Solo de Guitarra na Faixa 12)

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Sobre David Torres

Formado em Propaganda & Marketing, se autodenomina "Fanfarrão" graças ao seu senso de humor e modo de enxergar o mundo à sua volta. Apaixonado por filmes de terror, quadrinhos e bandas como D.R.I., Faith No More e Napalm Death, escreve também para o blog Blasting Noise Fanzine. Possui muitos sonhos, dentre eles dar início a um projeto de grindcore.
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