Boris: Concorrendo com um dos melhores discos do ano
Resenha - Noise - Boris
Por Alisson Caetano
Postado em 30 de agosto de 2014
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Noise: n1 alarido, barulho, som. 2 clamor, vozearia. 3 rumor, escândalo vt+vi fazer barulho, alarde. Estilo musical que utiliza majoritariamente sons considerados, em circunstâncias comuns, desconfortáveis ou irritantes.
O nome do décimo nono disco de estúdio dos japoneses do BORIS chega até a ser irônico para quem já o ouviu com calma, pois, definitivamente o que se ouve em seus quase 60 minutos não chega nem perto das definições descritas acima.
Passeando livremente por estruturas psicodélicas, pitadas de stoner e até pop e shoegaze, é um trabalho que se difere por completo de qualquer disco anteriormente gravado pelos japoneses. O drone característico de seus discos mais lembrados quase não dá as caras aqui.
"Melody" é a definição perfeita da música que nomeia: extremamente melódica, de vocais doces e riffs marcantes, mas sem deixar de serem pegajosos, além de um clima space rock para arrematar o conjunto. "Vanilla" segue com uma pegada mais stoner, com os mesmos vocais pops e o clima psicodélico visto anteriormente.
"Ghost of Romance" é uma balada psicodélica de levada tranquila, vocais interpretativos e riffs novamentes remetendo a space rock, com influências diretas de DAVID GILMOUR.
"Heavy Rain" traz o contraste maravilhoso entre os riffs doom metal e o baixo monolítico com a delicada interpretação vocal de Wata, criando uma música com um clima perturbadoramente emocional.
Você pode até se assustar (assim como eu) com a introdução de "Taiyo no Baka", com toda a pinta de música pop da Disney. É só a introdução, pois acaba se convertendo em um bom pop rock suave e, claro, com a onipresente influência psicodélica.
A parte final do disco inicia-se com "Angel", com 16 minutos inspirados em PINK FLOYD, com passagens que inspiram contemplação pelas notas tiradas da guitarra até turbulências em suas partes mais pesadas, finalizando como um ciclo, exatamente de onde começou.
"Quicksilver" junta duas músicas em uma só. A primeira é um hardcore punk de andamentos velozes, vocais furiosos que servem de balanço para vocais melodiosos. A segunda parte é instrumental e apresenta um dos poucos momentos inspirados em drone do disco todo. Boa música que, mesmo destoando completamente do conteúdo anterior, não se mostra desnecessária.
A faixa que serve de encerramento é "Siesta", instrumental que segue os mesmos passos de "Angel", porém, dessa vez, mais soturna, fazendo uso de notas graves e toques sutis de percussão.
Quem conhecia de outras datas o BORIS pode até se surpreender com a sonoridade abordada em Noise, de longe um dos discos mais comerciais do grupo. Inegável é a sua qualidade, independente do gênero que ele se enquadre. Sentimental, psicodélico e repleto de passagens reflexivas, transformam esse disco, desde já, em um dos discos que terão presença quase certa em listas de melhores do ano.
Tracklist:
1. Melody
2. Vanilla
3. Ghost of Romance
4. Heavy Rain
5. Taiyo no Baka
6. Angel
7. Quicksilver
8. Siesta
Lineup:
Takeshi: baixo / guitarra / vocal
Atsuo: bateria / vocal
Wata: guitarra / vocal
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
A faixa do Iron Maiden que ficou com 5 minutos a mais do que eles imaginaram
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
O baterista que Phil Collins disse que "não soava como nenhum outro", e poucos citam hoje
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
Os "pais do rock" segundo Chuck Berry - e onde ele entra na história
Turnê atual do Dream Theater será encerrada no Brasil, de acordo com Jordan Rudess
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
Mark Morton, do Lamb of God, celebra sobriedade e explica por que ainda aborda o assunto
O álbum clássico do Iron Maiden inspirado em morte de médium britânica
A música do Machine Head inspirada em fala racista de Phil Anselmo
A lenda do Rock que cometeu um assassinato e teve os advogados pagos por Mick Jagger
Como surgiu o nome do AC/DC a partir de trocadilho com força da banda no palco?

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



