Unisonic: Mais Metal, mas sem deixar de lado o Hard Rock
Resenha - Light Of Dawn - Unisonic
Por Fabio Reis
Postado em 07 de agosto de 2014
O Unisonic, como todos sabem, foi formado em 2009 pelo ex-Helloween Michael Kiske, os membros do Pink Cream 69, Dennis Ward e Kosta Zafiriou, além de Mandy Meyer do Krokus. Pouco antes das gravações do "Debut" auto intitulado "Unisonic" (2012), Michael Kiske convidou para integrar o grupo, nada menos que uma das figuras mais importantes e respeitadas do cenário mundial: Kai Hansen.
Com um "Line Up" como esse, a expectativa para o primeiro lançamento era bem grande e a banda não decepcionou. Nos brindou com um álbum muito bom, onde a sonoridade pendia mais para o Hard Rock do que para o Metal propriamente dito. Este fato em nenhum momento comprometeu a qualidade do trabalho, que agradou tanto os fãs antigos do Helloween, como também conquistou novos ouvintes.
Na turnê de divulgação, tocaram por diversos locais do mundo e foram atrações nos principais festivais europeus, executando ótimos covers do Helloween além das faixas de seu primeiro registro. A recepção por parte do público e da media foi extraordinária e Michael Kiske depois de muito tempo afastado do Metal e da música pesada em geral, finalmente fazia o seu retorno oficial ao estilo que o consagrou.
Neste novo álbum, ao contrário do que se imaginava, o principal compositor e responsável pelas canções serem mais rápidas foi Dennis Ward. Kai apenas incluiu alguns arranjos e participou do processo de produção. Não compôs sequer uma música por que encontrava-se ocupado com o Gamma Ray e se mais recente lançamento.
Ao começar a audição de "Light Of Dawn" fica logo evidenciado que se trata de um registro de Power Metal. Após a breve introdução "Venite 2.0", "Your Time Has Come" explode nos alto falantes e de cara já nos remete aos clássicos "Keeper Of The Seven Keys", uma faixa de abertura ultra veloz com um grande refrão e solos matadores. A terceira canção, "Exceptional" é um Hard Rock de primeira linha, onde Kiske exibe toda a sua técnica vocal, mostrando mais uma vez por que é considerado uma das melhores vozes do estilo.
Seguindo, temos "For The Kingdom", o primeiro "single" do trabalho, novamente com uma musicalidade que nos faz lembrar do Helloween. Faixa veloz, com um belo trabalho de guitarras e um refrão que gruda na cabeça. Uma das melhores do registro com toda certeza.
"Not Gonna Take Anymore" é um Hard Rock mais cadenciado, enquanto "Night Of The Long Knives", depois de uma lenta e breve introdução, se mostra uma faixa vibrante e cheia de energia. Na sequência "Find Shelter" faz o Metal retornar com outro momento onde o Power Metal mostra-se presente.
Michael Kiske sempre compôs e interpretou boas baladas em toda a sua carreira, "Light Of Dawn" não ficaria sem a presença delas, "Blood" apesar de se enquadrar nesta descrição, é uma grata surpresa e até mesmo se destaca em um contexto geral.
"When The Deed Is Done" é talvez, o momento de menos brilhantismo, uma faixa que presa pela cadência, possui um refrão comum e me soou um pouco deslocada perante as demais. De forma alguma pode ser considerada ruim, mas não empolga como todas as outras até aqui. Acabou servindo apenas como uma ponte para as maravilhosas "Throne Of The Dawn" e "Manhunter". A primeira, um Heavy/Power de altíssimo nível, com um belíssimo "riff" introdutório e a segunda, uma típica canção de Kai Hansen, ou melhor, a que ele mais ajudou com ideias. Daquelas que todas as bandas do estilo copiam mas nenhuma faz igual.
O álbum termina com mais uma balada, "You And I", que mesmo sendo de muito bom gosto, poderia juntamente com "When The Deed Is Done" ter ficado de fora, dando uma maior dinâmica ao registro.
Fazendo uma análise geral, "The Light Of Dawn" corresponde as expectativas. Mostra um Unisonic com uma cara diferente (mais Metal) mas sem deixar de lado seu jeito Hard Rock. Em muitos momentos, o álbum soa extremamente rápido e energético, em outros, se torna cadenciado e melodioso. Com toda certeza, estará presente em diversas listas de melhores do ano com todos os méritos. Particularmente, penso que a banda tem muito mais a oferecer num futuro próximo. Um ótimo álbum, mas que deixa a sensação que poderia ser muito melhor.
Formação:
Michael Kiske (Vocal)
Kai Hansen (Guitarra)
Mandy Meyer (Guitarra)
Dennis Ward (Baixo)
Kosta Zafiriou (Bateria)
Faixas:
1. "Venite 2.0"
2. "Your Time Has Come"
3. "Exceptional"
4. "For the Kingdom"
5. "Not Gonna Take Anymore"
6. "Night of the Long Knives"
7. "Find Shelter"
8. "Blood"
9. "When the Deed Is Done"
10. "Throne of the Dawn"
11. "Manhunter"
12. "You and I"
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