Panzer: Sabbath, riffs e sangue verde-amarelo na cara!
Resenha - Honor - Panzer
Por Durr Campos
Postado em 26 de abril de 2014
Nota: 9
Pessoalmente sou muito fã do Panzer. Mesmo se não fosse nutriria por eles um enorme respeito pelas mais de duas décadas de existência, muita luta e talento! Quando em 2012 retornaram com aquele poderosíssimo EP "Rising" eu já sabia que a coisa só iria frutificar. Dito e certo, após a Shinigami Records colocar no ano passado o álbum "Honor" minhas expectativas foram todas satisfeitas. Superadas, aliás. Já quando posto nas prateleiras eu o havia apontado como um dos melhores do ano, mas só agora pude sentar e escrever sobre a bolachinha.
O terceiro trabalho de estúdio em sua discografia é disparado o mais orgânico, maduro e forte registro do Panzer. Falo isso sem desmerecer seus antecessores, mas o nível alcançado aqui merece os elogios que veem arrancando dentro e fora do Brasil. Algo que me impressiona em suas composições é a capacidade em condensar elementos das décadas passadas a sonoridades e texturas modernas. A sagacidade nos riffs de guitarras e levadas de percussão é, antes de mais nada, harmoniosa.
Rafinha Moreira é o Phil Anselmo brasileiro. Posto isto, adicione ao pequeno grande homem algo só dele e monte aqui o seu frontman perfeito para o estilo. Sim, o Pantera, Crowbar, Down, Black Label Society e Black Sabbath são algumas de suas referências musicais mais gritantes, porém a brasilidade em suas canções os credenciam naquele bom e velho Brazilian Metal Style que apenas o sangue verde e amarelo é capaz de produzir. Eufanista talvez este parágrafo, mas é bem verdade o orgulho e "honra" transbordados em seus shows. Tive o prazer de ver alguns e sempre me impressionam.
A produção de Henrique Baboom foi essencial para alcançarem algo que muitos tentam e poucos conseguem, que é levar ao estúdio o que fazem ao vivo. Toda a parte instrumental pode ser ouvida de forma clara, sem abrir mão da agressividade pandemônica que lhes é uma marca registrada. A parte gráfica é outro show a parte, a cargo dos meus trutas Rodigo Balan e do próprio batera Edson Graseffi. Parabéns a ambos pela inteligência na utilização do preto, branco e cinza.
Eu pensei em comentar faixa a faixa, mas penso que seria injusto, portanto vou mencionar alguns destaques pelo simples fato de auxiliar o caro leitor na hora de sua primeira audição. Sendo assim, caiam de ouvidos em na brutalidade de "The Last Man on Earth", um show de riffs, em "Intruders", a que em minha opinião teaz uma das melhores performances vocais de Rafinha, além de um Graseffi encarnando o próprio Bill Ward; deem um tapa ainda em "Rising", nossa velha conhecida (cujo vídeo encontra-se mais ao final), a qual traz uma linha de baixo sobrenatural de Rafael DM, bem como "Saviour", especialíssima por contar com o brilho dos vocais de Silvano Aguilera (Woslom). O que mais? Vamos de "Hastening to Death" e "Mind’s Slavery", uma aula de metal como deve ser e a crossover e aterradora "Alma Escancarada", que encerra esta aula de thrash core metal daquela forma que esperamos sempre do Panzer, isto é, com um trechinho do Sabbath. Faça um favor a si próprio e procure por esta belezura agora!
Panzer - Honor
Shinigami Records
Ano de lançamento: 2013
Faixas:
1. The Morning After
2. The Last Man on Earth
3. Heretic
4. Intruders
5. Rising
6. Savior
7. I Wanna Make You Pay
8. Burden of Proof
9. Victim of Choices
10. Hastening to Death
11. Mind's Slavery
12. Alma Escancarada
Formação:
Rafinha Moreira – Vocais
André Pars – Guitarras
Rafael DM – Baixo
Edson Graseffi – Bateria
Links Relacionados
https://www.panzermetal.com.br/
https://www.facebook.com/panzermetal
Vídeo de "Rising".
Outras resenhas de Honor - Panzer
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps