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No New York: A compilação seminal do caos

Resenha - No New York - vários

Por
Postado em 16 de março de 2014

"Se os fatos não se encaixam na teoria, modifique os fatos"- ALBERT EINSTEIN.

A infusão caótica ocorrida nos anos setenta, expôs ao rock n´roll sua primeira paradoxia latente desde que HENDRIX estuprou o cerebelo de incautos espectadores em Monterey quando deflagrou a piromania como verbo transitivo direto na cultura universal- depois da inversão sexual com o glam, o niilismo proletário do punk e sua versão dialógica rotulada de pós, o celeiro psicótico da Big Apple não poderia deixar barato: a versão ianque de Sodoma ainda tinha algo a desdizer sobre o mundo. Distopicamente, nascia a "no wave", movimento pluricultural, nietzscheniano, atonal, disfuncional- "anything goes" em expressão que perde muito em termos de tradução.

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Catalogado como um modus operandi abarcador de toda sorte de mídias, foi na música que a "no wave" (cinematograficamente registrada em "Downtown 81") deixou as veias a mostra, catalogando o amorfismo como expressão generalizada; se o pós-punk misturou o dub e o industrial alemão em uma mesma caldeira, aqui o avant-jazz, o noise e a abrasividade lírica condensaram a estupidez e o abandono total em sons inusitados e um acervo singular.

Sob a mão do incansável BRIAN ENO (que estava em Nova Iorque para produzir "More Songs About Buildings and Food",segundo disco do TALKING HEADS), em 1978 foi lançada a compilação "No New York", um retrato da sordidez. Agrupados, CONTORTIONS, TEENAGE JESUS AND THE JERKS, MARS e DNA reconfiguram a estética do abuso e da autoindulgência em dezesseis faixas que fazem de tudo- menos sentido.

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"Apesar de afeto ser possivelmente uma palavra estranha para se usar em referência a um grupo de niilistas, eu sinto afeto pelo povo "No Wave",cravou SIMON REYNOLDS em uma alusão perfeita- a sonoridade desfigurada e decadente registrada no período era a versão avessa da elegante e policiada new wave. Cacofonia empoeirada marcam o som do CONTORTIONS , uma mistura das experiências mais bizarras do free jazz com ecos primais do PERE UBU; a insólita LYDIA LUNCH parece arrastar correntes a frente do TEENAGE JESUS -na mesma linha das as esganaduras monocórdicas de SUMNER CRANE ,vocalista do MARS.

Agora em termos de sandice niilista nada supera o DNA (liderada pelo então desconhecido ARTO LINDSAY). Aqui parece se aplicar em cheio a epígrafe clássica dos Irmãos Karamazov- "Se Deus está morto, então tudo é permitido". Inclassificável, o som remete ao experimentalismo de WEBERN e SHOENBERG, elevados a enésima força. Indicado para genealogistas de plantão.

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Track listing:
1. "Dish It Out" Contortions
3:17
2. "Flip Your Face" Contortions 3:13
3. "Jaded" Contortions 3:49
4. "I Can't Stand Myself" Contortions 4:52
5. "Burning Rubber" Teenage Jesus and the Jerks
1:45
6. "The Closet" Teenage Jesus and the Jerks 3:53
7. "Red Alert" Teenage Jesus and the Jerks 0:34
8. "I Woke Up Dreaming" Teenage Jesus and the Jerks 3:10
9. "Helen Fordsdale" Mars
2:30
10. "Hairwaves" Mars 3:43
11. "Tunnel" Mars 2:41
12. "Puerto Rican Ghost" Mars 1:08
13. "Egomaniac's Kiss" D.N.A.
2:11
14. "Lionel" D.N.A. 2:07
15. "Not Moving" D.N.A. 2:40
16. "Size" D.N.A. 2:13

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Sobre Paulo Severo da Costa

Paulo Severo da Costa é ensaísta, professor universitário e doente por rock n'roll. Adora críticas, mas não dá a mínima pra elas. Email para contato: [email protected].
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