Toxic Holocaust: Velocidade, concisão e brutalidade
Resenha - Chemistry of Consciousness - Toxic Holocaust
Por Bruno Mariano
Postado em 06 de janeiro de 2014
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
"Chemistry of Consciousness" é a prova definitiva de que o TOXIC HOLOCAUST é uma daquelas raras bandas que conseguem manter a identidade intacta mesmo incorporando à própria sonoridade grande número de influências. Forjado sob uma tríade nada sagrada de velocidade, concisão e brutalidade, o novo destruidor de tímpanos é permeado pela influência de baluartes como MOTÖRHEAD, VENOM, CELTIC FROST/HELLHAMMER, BATHORY e segue a máxima de pioneiros da música extrema nos anos oitenta segundo a qual som bom é aquele em que, com muita insanidade, se misturam a selvageria do Punk e a precisão do Heavy Metal.
Toxic Holocaust - Mais Novidades
Executadas em ritmo de trem desgovernado, as onze faixas (mais uma bonus) que integram "Chemistry of Consciousness" são como o ataque de um animal peçonhento, tão mortal quanto àquele retratado na capa. Assim, ao clicar em "play", os alto-falantes cuspirão fogo aos primeiros riffs da repentina "Awaken the Serpent", à qual se seguirão faixas matadoras como a multicadenciada "Rat Eater" (diga-se de passagem, um dos pontos altos do disco) e a infame "Acid Fuzz", cujo videoclipe (veja abaixo), sequência de frames alucinantes, figura entre os mais inusitados a que assisti recentemente.
Ao barulho produzido pelo TOXIC HOLOCAUST também se somam os destaques "Mkultra", "International Conspiracy", "Chemistry of Consciousness" e a bonus track "Wargasm". Já no plano temático, "Chemistry of Consciousness" é palco onde a raça (pouco) humana é retratada a partir de uma perspectiva nada animadora, razão pela qual são caros à banda estadunidense temas como "o limiar entre a vida e a morte", "o moralismo sufocante da sociedade", "estados alterados de percepção sob o efeito de substâncias químicas", "o homem em meio à guerra ou à degradação" etc.
Logo, se você está à procura de álbuns deste século que reúnam, de forma direta, o que há de melhor na velha escola, garanto que "Chemistry of Consciousness" não será motivo pra decepção. Por outro lado, se só ouve o que foi feito no Metal dos anos noventa pra cá e acha que "soar atual" é sinônimo de "soar bem", talvez você se surpreenda com esse novo registro do TOXIC HOLOCAUST e perceba que princípios seguidos por músicos décadas atrás continuam a povoar o imaginário contemporâneo e a enriquecer o universo da música pesada.
Toxic Holocaust – Chemistry of Consciousness
(2013 - Relapse Records - Importado)
Formação:
Joel Grind - Vocal e Guitarra
Philthy Gnaast - Baixo
Nikki Rage - Bateria
Track List:
1. Awaken the Serpent
2. Silence
3. Rat Eater
4. Salvation Is Waiting
5. Out of the Fire
6. Acid Fuzz
7. Deny the Truth
8. Mkultra
9. I Serve...
10. International Conspiracy
11. Chemistry of Consciousness
12. Wargasm (bonus track)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
A banda desconhecida que influenciou o metal moderno e só lançou dois discos
A melhor música dos Beatles, segundo o Ultimate Classic Rock
O convite era só para Slash e Duff, mas virou uma homenagem do Guns N' Roses ao Sabbath e Ozzy
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Slash quebra silêncio sobre surto de Axl Rose em Buenos Aires e defende baterista
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
Janela de transferências do metal: A epopeia do Trivium em busca de um novo baterista
Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
O único guitarrista que, para Lindsey Buckingham, "ninguém sequer chega perto"
Megadeth tem show confirmado em São Paulo para 2026
Os 11 melhores discos de rock progressivo dos anos 1970, segundo a Loudwire
O que realmente fez Bill Ward sair do Black Sabbath após "Heaven & Hell", segundo Dio

Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
"Hollywood Vampires", o clássico esquecido, mas indispensável, do L.A. Guns
"Hall Of Gods" celebra os deuses da música em um álbum épico e inovador
Nirvana - 32 anos de "In Utero"
Perfect Plan - "Heart Of a Lion" é a força do AOR em sua melhor forma
Pink Floyd: O álbum que revolucionou a música ocidental


