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Vanden Plas: "Colour Temple" é um álbum deslocado no tempo

Resenha - Colour Temple - Vanden Plas

Por MATHEUS BERNARDES FERREIRA
Postado em 15 de novembro de 2013

Vanden Plas é uma banda de prog metal de Kaiserslautern, Alemanha, formada em meados da década de 80 e que só veio a lançar seu primeiro álbum, Colour Temple, em 1994. Por mais que a sonoridade da banda possa ser primeiramente comparada a do Dream Theater, neste álbum de estréia as influências dos alemães são bem mais abrangentes.

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Uma orquestração com clima de agradável apreensão abre Father. De súbito surge um ótimo riff de guitarra que soa clássico logo na primeira ouvida. A influência do hard rock oitentista é óbvia logo na primeira batida triggada da bateria, na forma básica de composição e nos singelos efeitos de teclado durante os refrãos. A guitarra de Stephen Lill está pesada e atribui à música um aspecto metálico autêntico. A voz nasalada de Andy Kuntz é original e, se é que possível compará-la, seria com a voz de Dave Mustaine nos graves e de Kai Hansen nos agudos. É de fato um timbre um tanto estranho à primeira ouvida, mas é uma questão de tempo para se acostumar, já que o rapaz possui ótimo alcance, domínio da voz e ousadia para cantar ao estilo dos ícones do Hard Rock. Bela abertura.

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Após sinistros efeitos de teclado, um riff de speed metal à la seus conterrâneos Helloween soma-se à batida triggada da bateria. A diferença entre Push e Father é apenas no tom, pois a pegada é a mesma. Os versos são excelentes, os refrãos contagiantes muito lembram os tipicamente cantados pelos também alemães Scorpions. A faixa agrada em sua fórmula direta e acessível. O ritmo esfria em When the Wind Blows com guitarras acústicas e versos suaves, mas não se trata de uma balada. A faixa é longa e muito técnica, e possui diversas mudanças de ritmo e melodias, porém, em nenhum momento chega a empolgar. O destaque fica por conta da boa performance de Andy Kuntz e pelo ambiente nostálgico que os teclados imporam durante vários trechos da faixa e que lembram passagens do mítico Operation Mindcrime do Queensryche.

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Impressiona como My Crying abre com um riff muito parecido com o da música Angels Cry do Angra. A faixa alterna versos lentos e refrãos melódicos grudento. Música eficiente e acessível, o single do álbum. Já Soul Survives é o oposto. Música longa e técnica que possui total influência do Images and Words do Dream Theater. A introdução em piano remete a Wait for Sleep, a primeira linha de teclado que se ouve é quase um plágio de Learning to Live, o riff dos versos é pouco menos que idêntico ao de Under a Glass Moon. Enfim, a música toda soa Images And Words. Neste caso a similaridade sonora não é creditada a uma mera questão de influência, mas sim de cópia descarada de uma fórmula vencedora. De qualquer forma, a música agrada e tem um dos melhores refrãos do álbum.

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Mesmo para uma balada, Anytime soa letárgica demais, de melodias sem inspiração e pecando por ser excessivamente longa. Até metade da música só ouvimos simplórios dedilhados de guitarra acústica e o romântico vocal de Andy. Na segunda metade a música agita um pouco com a distorção das guitarras, com a adição de melodramáticas camadas de teclado e de solos que não levam a lugar nenhum, o que de modo algum redime esta fraca música. Judas já é uma música de batida forte e riffs marcantes e faz jus ao seu nome ao vibrar seu heavy metal à la Judas Priest. A pegada da música sugere alguém correndo ou em perseguição, como na faixa The Needle Lies do Queensryche. Destaque para a ótima seção instrumental e novamente para a boa performance de Andy Kuntz, que canta em tons mais altos sem nunca soar enfadonho.

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Voltando à forte influência hard rock oitentista, Back to Me caracteriza-se pela simplicidade dos riffs e pelo refrão grudento. A passagem instrumental chega a ser grosseira de tão simples e vaga. Deve agradar apenas aos fãs mais entusiastas do gênero. Quando How Many Tears abre apenas com guitarra acústica e voz, fica a sensação de frustração pelo álbum fechar com outra balada fraca e longa, mas definitivamente não é o que acontece aqui. Temos guitarras sem peso na maior parte do tempo, sim, e por mais que a música seja cadenciada e evolui muito lentamente, todas as suas partes são muito bem executadas e perfeitamente encaixadas entre si. A música é suave, flui maravilhosamente e possui o mais belo refrão do álbum. Andy Kuntz é um show à parte, parece tentar incorporar um mesclado de Ian Gillan com Rober Plant, ao seu modo, é claro. Destaque também para a onírica passagem de piano que finaliza a seção instrumental.

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Datado de meados da década de 90, Colour Temple é um álbum deslocado no tempo. Ressentido por ter sido deixado para trás, cada música aqui presente é peça de um mosaico da cultura metálica do final dos anos oitenta. O álbum presta tributo aos grandes ícones daqueles tempos e, em alguns momentos, pode até ser confundido com um álbum de covers tamanho a semelhança musical com as bandas a quem ele se refer. É evidente a crise de identidade do grupo, entretanto, eles não demonstram limitações técnicas graves e de modo algum faltou disposição. A melhor performance individual é sem dúvida alguma de Andy Kuntz por sua criatividade no uso da voz, sendo possivelmente o único elo de ligação entre todas as faixas do álbum. Recomendado para os fãs nostálgicos do metal oitentista, mas que não abrem mão de boa técnica e experimentações.

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Vanden Plas
Colour Temple, 1994
Heavy Prog Metal (Alemanha)

Lista de músicas:

Father (5:38)
Push (4:15)
When The Wind Blows (7:10)
My Crying (5:25)
Soul Survives (9:05)
Anytime (7:06)
Judas (6:01)
Back To Me (5:30)
How Many Tears (8:19)

Tempo total: 58:29

Músicos:

Andy Kuntz / vocal
Stephan Lill / guitarra
Andreas Lill / bateria
Torsten Reichert / contrabaixo
Gunter Werno / Teclado

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