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Queen: "The Miracle" mostra banda unida no "retorno" de 1989

Resenha - Miracle - Queen

Por Raphael Chermont
Postado em 09 de novembro de 2013

1989.

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"- O Queen não morreu!"

"- Não? Mas eles não brigaram e se separaram após a turnê Magic de 1986? E o tal Freddie Mercury até se tornou cantor de ópera já."

"- É um Milagre, eles estão de volta!"

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Eu não era nascido em 1989 pra saber o que passava na cabeça dos 'queeníacos' quando a notícia que a banda estava de volta veio a tona, mas pode ter sido mais ou menos assim. O Queen não havia acabado como muitos imaginaram, entretanto muitas mudanças estavam por vir.

Vamos por partes. Após o fim da turnê 'Magic' de 1986, muitos diziam que o Queen iria terminar. Brigas, desentendimentos. Era verdade que eles estavam brigando demais, fatos confirmados até por Brian May em algumas entrevistas, mas isso não era o bastante para fazer o quarteto desistir.

Em 1987, Freddie (sem bigode) investiu em sua carreira solo e isso só serviu para criarem mais rumores que o Queen tava acabando. Gravou novas músicas, videoclipes, se apresentou em teatros fazendo um musical, cantou em programas de TV, e a maior aventura de todas, Freddie demonstrou seu brilhantismo ao lado da cantora ''Montserrat Caballé'' gravando o álbum Barcelona, com músicas surpreendentes como 'How Can I Go On' e 'Barcelona', música essa que celebraria os Jogos Olímpicos de Barcelona em 92. Não vou me aprofundar muito nessa fase marcante do cara, deixemos isso para uma outra resenha. Pois bem, como disse, Freddie estava no auge. Não precisava do Queen pra mais nada (pecado dizer isso), sua estrela brilhava como nunca. Mas é inegável que mesmo com os desentendimentos, mesmo com os egos sempre em alta, e mesmo com a ascendência de Freddie, os quatro ainda se completavam. A idéia de um novo álbum surgiu no início de 1988, apenas um ano e meio depois que a turnê Magic fora finalizada e isso foi bom demais, foi bom pra acabar de vez com os rumores cruéis de separação dessa inigualável banda.

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Infelizmente, como disse lá no início, mudanças estavam por vir. Freddie já se encontrara doente devido a AIDS. Brian, Roger e John foram os primeiros a saber. Sim, quer prova maior de união que essa? Os quatro estavam mais unidos do que nunca, por Freddie, por eles, pelo Queen. Estavam dispostos a deixar qualquer orgulho e ego de fora, sabiam que o Queen era maior que isso (claro que era). Não podiam perdê-los por bobeira. Não podiam perder Freddie. Naquela época, não existia cura para a doença. Apenas um 'Milagre'. Então era hora de mudar, não podiam perder tempo. O primeiro exemplo de que o ego não teria mais vez na banda foi com relação aos créditos das músicas com o nome ‘Queen’, e não mais somente ao autor real de cada canção criada. Tudo era Queen. Queen era tudo.

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A doença de Freddie era sigilo total. O vocalista se isolou completamente dos holofotes. Sem shows, sem entrevistas. Talvez já desconfiassem que acontecia alguma coisa de errado com o vocalista pois principalmente no decorrer do ano de 89 suas mudanças físicas eram cada vez mais notáveis. O álbum iria se chamar 'The Invisible Man', porém poucas semanas antes do lançamento decidiram mudar o título para 'The Miracle'. Ainda bem que fizeram isso. O álbum foi bem recebido pela crítica e até escolhido por um site como o melhor álbum do Queen na década de 80. Eu não sei se foi o melhor álbum, mas foi o mais completo. Alí tinha tudo o que o Queen gostava de fazer. Tinha rock, hard rock, pop, dance, sempre com um tiquinho de ópera. Misturas 'queeniaca' que moldou a banda desde os seus primórdios. Fãs detalhados como eu conseguem notar a voz de Freddie um pouco mais fina em certas canções (debilitada provavelmente pela doença), mas isso não quer dizer nada. O Queen fez um bom trabalho. A capa do álbum é fenomenal. Os quatro completamente unidos formando um elemento só: O Queen. Quer mais união que isso? Então, convido vocês a desfrutarem comigo esse álbum. Não se esqueçam de apertar o play.

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''Party'' - Eis aqui um estilo novo para quem está acostumado com o Queen 'old school'. É o Queen e seu estilo eclético de ser. 'Party' é uma canção que não deixa de ter guitarras, baterias, mas os sintetizadores tomaram conta total. O Queen renegara sempre sintetizadores durante a década de 70, porém depois de 'Hot Space' de 1982 tudo mudou. Os sintetizadores fizeram a 'Festa'.

''Khashoggi's Ship'' - E já começa com o poderoso vocal de Freddie explodindo em 'Who said that my party was all over?'. É, aqui já encontramos um rock n' roll direto ao ponto. E não tem muita enrolação não. A canção é simples mesmo, sua letra musical é como se fosse uma continuação de 'Party' e de uma riqueza poética bem caprichada, com direito a 'mijadas' e 'beijos na bunda'. Pois é.

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''The Miracle'' – Chegamos a um ponto alto do álbum. Essa grandíssima canção, diferente de 'Khashoggi's Ship', possui uma letra bem criativa e interessante. Talvez uma canção-desabafo de Freddie, o seu enredo trata da busca ou espera do 'Milagre' e para ele tudo é um milagre: O sorriso de Monalisa, Jimmy Hendrix, a Torre de Babel, tudo, tudo é um milagre. O videoclipe é sensacional com crianças encarnando os membros do Queen com seus vestimentos característicos. Música criativa, videoclipe criativo, ganhou título do álbum... The Miracle convenceu. Talvez Freddie também quisesse um milagre.

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''I Want it All'' – Essa é uma das canções, DAQUELAS canções 'casca-grossa' que você tanto aguarda ouvir um dia. Casca-grossa no sentido de força, de poder, de brilhantísmo único. Com guitarra envolvente, com batida envolvente. Com voz envolvente. E que voz rouca é essa desse tal vocalista no maior estilo heavy metal? Essa é uma canção totalmente heavy metal e atire a primeira pedra quem disser que não é. É pra deixar qualquer''James Hetfield'' no banquinho (fãs do Metalica é uma brincadeira, sou fã de James e Metallica). Nessa época, o rock mais 'hard' estava nas alturas. Bandas 'novatas' como ''Guns N Roses'', ''Metallica'' e outros mais roubavam a cena com um rock n roll mais direto ao ponto. Quem disse que o Queen ia ficar de fora? Essa porrada chamada 'I Want it All' não tinha receitas de heavy metal, hard rock. Era o Queen sendo Queen e fim de papo. Quanta energia, quanto poder. Uma das minhas canções favoritas de todos os tempos, arrepia só de escreve-la. Eu quero isso tudo e quero agora.

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''The Invisible Man'' – E os sintetizadores estão de volta. Canção popzinha com um pouco de guitarras de Dr. Brian May. A voz do Freddie já se encontra um pouco mais fina que a normal, mesmo assim surpreende. Melodia muito simples. Confesso que não é uma das minhas preferidas. Pra finalizar, quero ver quem vai entender.. 'Freddie Mercury'.'John Deacon'. 'Brian May, Brian May'. 'Rrrrrrrrrrrrrrroger Taylooooor'.

''Breakthru'' – Bem vindos à estação ''Breakthru''. Pois é, aqui temos o contra baixo de John Deacon comendo solto. E o maior baixista do mundo sabe muito bem como transformar o simples em algo grandiosíssimo. Lembremos seu contra-baixo inconfundível de 'Under Pressure' e 'Another One Bites the Dust'. 'Dragon Attack' talvez minha favorita. E em 'Breakthru', John Deacon transporta seu contra-baixo do inicio até o fim da canção com muita leveza. Talvez simples mas como disse grandioso. Pra mim, esse baixo faz a canção ser valorizada ainda mais e ganha a canção por completa. Sem ela, 'Breakthru' seria pior que 'Delilah' (canção do álbum 'Innuendo' de 1991). O solo de contra baixo que John faz pouco antes de iniciar o solo de guitarra de Brian May é espetacular. John Deacon e sua simplicidade única, até nos grandes acordes de seu contra baixo. Obrigado John Deacon.

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''Rain Must Fall'' – Canção com batuques, ritmo 'bailado', bem diferente. Não é uma das minhas favoritas... A canção só vale pelos breves solos de guitarra de Brian. Obrigado Brian May.

''Scandal'' – Opa, opa, agora sim. Chega uma canção que gosto demais. Bom, 'Scandal' foi escrita por Brian May em 'homenagem' ao seu casamento fracassado na época. E claro, também à mídia que realizava tanto 'Escândalo' por tais manchetes. Gosto muito da canção por sua melodia, é um rock gostoso de se ouvir, com harmonia, com leveza. Muita guitarra, muito baixo (John Deacon é rei). E o que falar do nosso carismático vocalista? Essa voz de ópera inesgotável que continua surpreendendo. A canção 'Scandal', em 'I Want it All' e em outra que virá a ser comentada logo logo, considero essas três como canções que consigo sentir o vocal de Freddie com muito mais emoção, com muita entrega. Não sei explicar muito bem, apenas sinto isso, concordam?

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''My Baby Does Me'' – Gosto muito dessa também. Maneirinha, lentinha, mas tem atitude. E o baixo de John Deacon de novo arrebentando tudo. Tá chato eu continuar dizendo quase toda canção isso, mas o que posso fazer. Não é exagero de fã não, escutem e comprovem. Apesar dos créditos das canções serem 'Queen' nosso baixista contribuiu e muito para esse álbum, não somente com seu instrumental não mas em letra e composição. E os solos de Brian também não são nada mal. Ou muito melhor dizendo, são bom pra caramba. Pouco falo do Roger, mas sinto que 'The Miracle' contém muita batida já programada, os famosos sintetizadores, fazendo com que a batera manual de nosso herói ficasse um pouco de lado. Mas pra não causar ciúmes nos fãs de nosso Roger, gosto da batera dele em 'I want it all' e 'Scandal'. E é lógico que ele contribuiu pra caramba par o álbum 'The Miracle' ser um sucesso. Obrigado Roger Taylor.

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''Was It All Worth It'' – Agora sim. Chegou o grande momento. Lembram da canção que eu disse lá no 'Scandal', a terceira dentre as três do álbum 'Miracle' que Freddie está cantando com toda sua alma, com entrega, com emoção? ''Was It All Worth It'' são quase seis minutos de puro rock n' roll, de puro Queen. Eu ainda não sei aonde os caras tavam com a cabeça quando não quiseram lançar um videoclipe dessa canção, seria fantástico. Ao invés de filmarem 'The Invisible Man' podiam ter filmado essa canção. É uma canção única, uma obra prima de poucas que o Queen havia criado naqueles últimos anos. E pouca gente conhece. Eu não sei o porquê também que gosto tanto dessa canção. Só dá pra senti-la, explicar é difícil. A letra é absolutamente fantástica. E pra quem pensava que os 'velhinhos' tavam enferrujados, a resposta tá aí.. É espetacular ver Freddie invocando sua garganta do início até o final com alcances únicos de voz. Cadê a voz diferente? O cara tirou essa canção da alma. Uma canção que reúne todos os elementos que o Queen sempre gostou de ter. Gosto muito da presença massiva nos back-vocals de nosso mestre Roger Taylor (olha ele aí) e sua garganta aguda afiada cantando 'worth iiiit'. Uma grande música pra fechar com chave de ouro um grande álbum. ''Valeu a pena tudo isso? Sim, foi uma experiência que valeu a pena (hahaha)''. Os súditos agradecem.

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Com 'Miracle' finalizado, nossos heróis não perderam tempo. 'Innuendo', o que seria o penúltimo álbum do Queen se preparava para ser produzido. Não podiam perder tempo. Não podiam perder Freddie.

Making of The Miracle (para quem quiser saber mais):

Sugestões para novas resenhas, críticas, opiniões, ‘I want it all’ e sem moderação.

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1 "Party"
2 "Khashoggi's Ship"
3 "The Miracle"
4 "I Want It All"
5 "The Invisible Man"
6 "Breakthru"
7 "Rain Must Fall"
8 "Scandal"
9 "My Baby Does Me"
10 "Was It All Worth It"

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Sobre Raphael Chermont

Carioca da gema, Aquariano da alma. Respira a banda Queen desde os 11 anos de idade. Idolatra Freddie Mercury. Venera Brian May. Cultua Roger Taylor. Glorifica John Deacon. Mesmo tendo nascido na década de 90 (1992), acha que tem espírito de velho pois só ouve música antiga. Eu já mencionei que a banda favorita dele é o Queen?
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