James Labrie: mais melódico, porém não menos excepcional
Resenha - Impermanent Resonance - James Labrie
Por Marcos Renan
Postado em 01 de agosto de 2013
Nota: 9
James LaBrie é mais comumente associado como vocalista da banda DREAM THEATER, admirado por alguns e odiado por outros, o mesmo já escreveu seu nome na história do metal progressivo gravando álbuns clássicos como "Images and Words" (1992) e "Awake"(1994).
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Porém o mesmo, assim como seus colegas de banda, já se aventurou por outros projetos como o MULLMUZZLER, banda que apesar de integrar músicos competentes como Mike Mangini (atual baterista do DREAM THEATER), e Matt Guillory (eterno companheiro de LaBrie em gravações) não empolga muito e faz um progressivo não muito empolgante.
Em 2005 James LaBrie lança sua carreira solo propriamente dita, com o álbum "Elements of Persuasion", que o tira de sua zona de conforto, tocando um som mais calcado em experimentações com eletrônico, se distanciando do progressivo, um álbum de qualidade duvidosa, mas, que já mostrava indícios de mudança.
E em 2010 é lançado "Static Impulse", esse sim, uma mudança radical com relação a toda a sua carreira, contendo vocais guturais executados pelo baterista Peter Wildoer (DARKANE), e uma sonoridade parecida com Death Metal Melódico (Death Metal de Gotemburgo), um álbum pesado e elogiado por crítica e público.
E chegamos em 2013, em entrevista LaBrie disse que seu novo álbum integrava e continuava com os estilos e direções musicais criados pelo mesmo com os álbuns anteriores além de ser o seu álbum de excelência. Sou obrigado a concordar com o mesmo.
"Impermanent Resonance" continua com a mesma pegada musical de seu antecessor, contendo guturais (em menor quantidade), e uma alta dose de melodia em todas as musicas.
Digo que há muito tempo não escutava um álbum que tivesse em todas as suas músicas refrões grudentos, daqueles que após a sua primeira escutada você já esta cantando, e isso não é ruim, porque acompanhado com isso, a também o peso das guitarras de Marco Sfogli, além das guitarras adicionais de Peter Wichers (ex-SOILWORK).
Alguns exemplos de equilíbrio perfeito entre o peso e melodia são as faixas "Agony", faixa promocional que começa com o gutural de Peter Wildoer e logo entra o vocal inconfundível de James Labrie, "I Will Not Break", a mais rápida entre todas e com mais influências de Death Metal Melódico, além de "Undertow" e "Letting Go", esta última contendo linhas guturais interessantes e bem pesadas.
As Influências eletrônicas aparecem em "I Got You", música que lembra muito seu primeiro trabalho, porém com mais peso. "Lost In The Fire" é outra que contem teclados eletrônicos muito bonitos e bem encaixados.
As baladas são um caso a parte, "Say You’re Still Mine" é uma das músicas mais bonitas que escutei nos últimos anos, começando com um piano clássico e chegando a um refrão grandioso. "Back On The Ground" é outra faixa promocional muito bonita com backing vocals muito bem executados por Matt Guillory, (os backing vocals neste álbum são excepcionais), "Slight of Hand" não é propriamente uma balada, porem é a mais progressiva do álbum, lembrando principalmente no solo, músicas do "Awake".
Enfim, um ótimo álbum em todos os sentidos, tanto nas partes vocais quanto nas partes instrumentais, uma produção impecável colocando todos os instrumentos e vocais na medida certa, uma faceta mais comedida de Peter Wildoer na bateria(levando em consideração seu trabalho no DARKANE, e no trabalho antecessor "Static Impulse") e Ray Riendeau no baixo, teclados mais enfáticos e vocais muito bem cantados por James LaBrie, ou seja, recomendado para todos que curtem boa música.
Faixas:
1 - Agony
2 - Undertow
3 - Slight of Hand
4 - Back On The Ground
5 - I Got You
6 - Holding On
7 - Lost In The Fire
8 - Letting Go
9 - Destined To Burn
10 - Say You’re Still Mine
11 - Amnesia
12 - I Will Not Break
James LaBrie é:
James LaBrie – Vocal
Matt Guillory – Teclados, Backing Vocal
Marco Sfogli – Guitarra
Ray Riendeau – Baixo
Peter Wildoer – Bateria, Vocal Gutural
Peter Wichers – Guitarra Adicional
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