Blondie: entrou nas listas dos melhores discos da história.
Resenha - Parallel Lines - Blondie
Por Paulo Severo da Costa
Postado em 17 de abril de 2013
O BLONDIE nasceu em 1974 e trazia em sua line-up um ícone à altura da presença da modelo NICO no VELVET UNDERGOUND anos antes: a playmate DEBBIE HARRY, dona de uma beleza ao melhor estilo de MARILYN MONROE, oriunda da obscura WIND IN THE WILLOWS, tinha a companhia de CHRIS STEIN na guitarra, do baterista CLEM BURKE, JIMMY DESTRI no teclado e do baixista GARY VALENTINE. Mixando a pegada power pop de SUZI QUATRO, glam, punk e uma tendência eletrônica aos moldes de KRAFTWERK, a banda gravou um disco homônimo em 1976, seguido de "Plastic Letters " no ano seguinte. O sucesso, no entanto, só viria no ao seguinte.
Lançado naquele ano, "Parallel Lines" se tornou um recordista de vendas (mais de vinte milhões de álbuns vendidos), entrou nas listas da Rolling Stone como um dos melhores discos da história e teve várias de suas faixas no Top 10 inglês e norte-americano. Equilibrando o pop e linhas underground, o disco é constantemente citado como um marco decisivo para o som de bandas como CONCRETE BLONDE e PRETENDERS e afasta, logo de cara, qualquer rastro de suspeição do ar.
"Hanging on The Telephone" é pop de primeira- longe dos esquecíveis "summer hits" é enérgica, e conta com CLEM BURKE- certamente um dos melhores bateristas na categoria subestimados- dando um show a parte. "One Way or Another" recicla a energia da RUNAWAYS e se tornou, junto a "Heart of Glass"- na verdade, a única faixa do álbum com influência da indigesta disco music- o maior clássico da banda. "Picture This" e, sobretudo "Pretty Baby", são tributos declarados a grupos vocais femininos, soando como uma versão setentista de THE SHANGRI-LAS; nessa última, a interpretação de HARRY chega o ponto máximo, rasgando as notas com precisão cirúrgica.
Um dado que impressiona no disco é mudança de nuances inesperadas, alternando colagens experimentais ao estilo de BRIAN ENO, riffs de surf rock e outros elementos tão díspares quanto: se "Fade Away and Radiate" parece uma mistura de LOU REED com vocais quase jazzísticos, "I Know but I don´t know" mistura elementos de cacofonia com a pegada abafada dos RAMONES. Na falta de outro termo, dá para afirmar: clássico!!!!!
Track List:
1. "Hanging on the Telephone" (Jack Lee) – 2:17
2. "One Way or Another" (Nigel Harrison, Deborah Harry) – 3:31
3. "Picture This" (Jimmy Destri, Harry, Chris Stein) – 2:53
4. "Fade Away and Radiate" (Stein) – 3:57
5. "Pretty Baby" (Harry, Stein) – 3:16
6. "I Know But I Don't Know" (Frank Infante) – 3:53
7. "11:59" (Destri) – 3:19
8. "Will Anything Happen" (Lee) – 2:55
9. "Sunday Girl" (Stein) – 3:01
10. "Heart of Glass" (Harry, Stein) – 3:45
11. "I'm Gonna Love You Too" (Joe B. Mauldin, Norman Petty, Niki Sullivan) – 2:03
12. "Just Go Away" (Harry) – 3:21
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
O clássico absoluto do Black Sabbath que o jovem Steve Harris tinha dificuldade para tocar
Turnê atual do Dream Theater será encerrada no Brasil, de acordo com Jordan Rudess
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
Max, Andreas, Fernanda e Prika falam sobre Lemmy; "Esse cara fuma 40 cigarros de uma vez?!"
O músico que Ritchie Blackmore considera "entediante e muito difícil de tocar"

Apesar de ter um novo disco, Debbie Harry não sabe se o Blondie voltará à estrada
A canção punk que Frank Zappa adorava, e que talvez não seja tão punk assim


