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New York Dolls: um dos clássicos registros do proto punk

Resenha - New York Dolls - New York Dolls

Por Paulo Severo da Costa
Postado em 19 de outubro de 2012

Em uma de seus grandes retratos de época, os sociólogos dos ROLLING STONES gritaram: "O que pode uma cara pobre fazer, além de cantar em uma banda de rock n´roll? A profética frase – parte da letra de "Street Fighting Man"- apareceu ao mundo em 1968- época em que LEGS McNEIL nem sonhava em chamar os herdeiros de THE SONICS e STOOGES de punks. Embora vindos do porão e, em noventa e nove por cento dos casos, de famílias classe média baixa, os rockers dos primeiros quinze anos do gênero ainda tinham que, de certa fora, engolir o mainstream e serem "mercadologicamante viáveis". Os primeiros passos dados pelos próprio grupo inglês, junto a psicodelia dos californianos do GRATEFUL DEAD e da turma insana do STOOGES e MC5 começou a quebrar esse paradigma ainda no final dos anos 60; entretanto foram as mudanças da década seguinte que causaram estragos mais visíveis na sociedade quase caricata da época.

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Junto ao metal, vieram o shock rock de ALICE COOPER, as performances muito loucas de PETER GABRIEL e o glamour rock- o glam. Apesar de caracterizar mais uma forma estética do que o som em si, o glam trouxe ao mundo uma galera que pintava os olhos, usava roupa de mulher e exageravam na frescura performática sem deixar o som cair: BOWIE, T. REX e SWEET, inobstante a todo glitter faziam um som acima de qualquer suspeita. Agora, no quesito junkie-andrógino-marginal-sonzeira ninguém foi páreo para o NEW YORK DOLLS. Formado por gente que não necessitava de marqueteiros para propalarem uma péssima reputação, os DOLLS misturaram MC5, STONES, heroína e vestidos de brechó e, lançaram, em 1973, o auto-intitulado debut. Contando à época com DAVID JOHANSEN no vocal, JOHNNY THUNDERS e SYLVAIN SYLVAIN nas guitarras, ARTHUR "KILLER" KANE no baixo e JERRY NOLAN na bateria, o "bando" escrachou as regras e, sem saber, concebeu um dos mais clássicos registros do proto punk.

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Citado por gente como MORRISSEY, DUFF MACKAGAN e JERRY CANTRELL, "New York Dolls" é a expressão sonora do começo dos anos 70 e fim do flower power: urgente, nervoso e sem rodeios. "Personality Crisis" e "Looking for a Kiss" mostram um mix entre uma levada eletrificada de "Exile On Main Street" e um estilo vocal de JOHNNY ROTTEN que- opa! – ainda não existia. Só pedras pelo caminho ? Conduzida no violão, "Lonely Planet Boy", mostrava que a banda podia fazer bonito em territóros melódicos tão bem explorado por seu contemporâneo, MARC BOLAN. Influência no CLASH? "Frankenstein. RAMONES? "Bad Girl". DEAD KENNEDYS? "Jet Boy".

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"Disseram que o meu nome é distúrbio\Eu gritarei e me esgoelarei, matarei o rei e incomodarei todos os seus serventes". A frase, também retirada de "Street" mostra que, se os STONES sabiam das coisas, os DOLLS se mostraram discípulos a altura.

Track List:
1. "Personality Crisis"
2. "Looking for a Kiss"
3. "Vietnamese Baby"
4. "Lonely Planet Boy"
5. "Frankenstein
6. "Trash"
7. "Bad Girl"
8. "Subway Train"
9. "Pills" ( cover de Bo Diddley)
10. "Private World"
11. "Jet Boy"

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Sobre Paulo Severo da Costa

Paulo Severo da Costa é ensaísta, professor universitário e doente por rock n'roll. Adora críticas, mas não dá a mínima pra elas. Email para contato: [email protected].
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