Blue Mammoth: Metal nacional com valor artístico elevado.
Resenha - Blue Mammoth - Blue Mammoth
Por Marcos Garcia
Postado em 17 de junho de 2012
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Imaginem uma banda que é capaz de mesclar o que o Metal tem de melhor com elementos do Rock Progressivo, mais virtuosismo, mas sem ser enfadonhos, ou seja, o som que se ouve é pesado, denso, com fortes toques de emoção, bem tocado, elegante e nada convencional.
Não, não pensem mais, pois esta banda existe, é brasileira e se chama BLUE MAMMOTH, que lançou seu primeiro CD no final de 2011, e leva o nome da banda.
Temos, antes de tudo, uma banda que não se limita aos padrões já existentes, pois é bastante ousada, logo, não tentem nem por um momento que seja rotulá-los, pois é perda de tempo, e que apresenta um trabalho artístico muito rico, pois o disco é conceitual, com três histórias diferentes, e o quarteto se preocupa, antes de tudo, em fazer algo com valor artístico elevado.
A produção sonora é cristalina, mostrando toda a riqueza musical deste quarteto, expondo cada elemento e nuance de sua essência sem nenhum tipo de problema, e vejam que cada faixa em si é um momento de extremo prazer aos ouvidos, especialmente os daqueles que buscam sempre por sonoridades novas e cheias de vida.
Analisar o trabalho dos rapazes necessita, antes de tudo, de muita paciência e atenção, para que nenhum mínimo elemento de sua música seja desprezado, mas o esforço é compensador, pois há tesouros maravilhosos em forma de música no disco, como na instrumental 'Overture', uma autêntica viagem progressiva bem feita e sólida, com teclados ‘wakemanianos’ e baixo abusando do virtuosismo e técnica; 'The King of Power' mostra um lado um pouco mais pesado, com ótimas guitarras nas bases e solo, e vocais soberbos, em um festival de mudanças de andamentos e técnica refinada; a climática e trabalhada 'Winter Winds', com o baixo mais uma vez se sobressaindo bastante, fechando a primeira parte conceitual. 'Metamorphosis', que está desvinculada das histórias contadas, e é uma canção com um toque de Rock'n'Roll/Hard bem evidente, mas com as influências de Música Clássica claras em vários momentos, e novamente os teclados aparecem de forma magistral. A segunda parte conceitual se inicial em 'Growing', uma das maiores faixas do CD, com variações de momentos requeridos em uma música dessas dimensões, mas que de forma alguma cansa o ouvinte, muito pelo contrário, pois é tão rica em termos de qualidade que o tempo passa sem vermos, com belo solo de guitarra, presença de pianos, e uma bateria bastante técnica; a bela 'Who We Are', onde novamente os pianos aparecem, rica em arranjos de cordas e belas orquestrações; 'The Sun’s Face Through Dark Clouds' já é uma típica canção progressiva, mas guitarras mais pesadas em riffs elegantes, com muito de YES e GENESIS, sem ser uma cópia, que encerra a história. 'Same Old Sad Tale' é outra canção sem conexão com as histórias, mas de beleza ímpar. A terceira história, enfocando o célebre personagem 'Dom Quixote', do escritor espanhol Miguel de Cervantes, começa com 'Farewell My Lady', um início bem épico e forte, para logo entrar a forte e densa 'Hero', com belas guitarras limpas, inclusive o solo de guitarra é assim, em uma autêntica viagem densa e cheia de emoção; a bela, emotiva e curta 'Solitude', onde vemos o uso de flautas (duas, para ser exato), clavicórdio e celo, em uma faixa mais lenta, fechando o terceiro ato. 'Resurrection Day', outra balada, é forte e melodiosa, com muita elegância e merecedora de muitos elogios graças aos teclados, às guitarras dobradas em solos bem harmoniosos e pluralidade do vocalista André. Encerrando a obra, temos 'Infinite Strangers', uma canção um pouquinho menos complexa, usando muitos toques de Hard Rock e Folk Music, finalizando com um solo de tímpano.
Meus caros, depois disso tudo, o que podemos dizer desse CD que não seja Bravo!, e consta na lista dos 10 melhores de 2012 de muitos, sem sombra de dúvidas.
Blue Mammoth - Blue Mammoth
(2011 - Masque Records - Nacional)
Tracklist:
01. Overture
02. The King of Power
03. Winter Winds
04. Coda
05. Metamorphosis
06. Growin’
07. Who We Are
08. The Sun’s Face Through Dark Clouds
09. Same Old Sad Tale
10. Farewell my Lady
11. Hero
12. Solitude
13. Resurrection Day
14. Infinite Strangers
Formação:
Andre Micheli – Teclados, vocal.
Cesar Aires – Guitarras, Coro.
Julian Quilodran – Baixo, violoncelo, flauta, coro.
Thiago Meyer – Bateria, coro.
Contatos:
http://www.bluemammothband.com
http://soundcloud.com/bluemammoth
http://www.youtube.com/VideoMammoth
http://soundcloud.com/bluemammoth
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
9 bandas de rock e heavy metal que tiraram suas músicas do Spotify em 2025
A dificuldade de Canisso no estúdio que acabou virando música dos Raimundos
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
Nick Cave descreve show do Radiohead como uma "atividade espiritual"
A lenda do rock nacional que não gosta de Iron Maiden; "fazem música para criança!"
A canção emocionante do Alice in Chains que Jerry Cantrell ainda tem dificuldade de ouvir
Adrian Smith fala sobre teste que fez para entrar no Def Leppard
David Ellefson explica porque perdeu o interesse em Kiss e AC/DC; "Foda-se, estou fora"
Cinco bandas de heavy metal que possuem líderes incontestáveis
Iron Maiden bate Linkin Park entre turnês de rock mais lucrativas de 2025; veja o top 10
Jeff Scott Soto não acha que Yngwie Malmsteen falou dele em recente desabafo
Ian Gillan nem fazia ideia da coisa do Deep Purple no Stranger Things; "Eu nem tenho TV"
Bruno Sutter explica porque abandonou carreira de humorista
O megahit de Raul Seixas inspirado em seu irmão careta e no pai de Paulo Coelho
A banda que o Deep Purple queria "ser um clone", segundo Ritchie Blackmore

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



