Bullet For My Valentine: Ouça e julgue por si mesmo
Resenha - Fever - Bullet For My Valentine
Por Marcos Garcia
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E uma das bandas mais atacadas atualmente, mas que tem ganhado projeção cada vez maior na cena mundial, é, sem sombra de dúvidas, o grupo BULLET FOR MY VALENTINE, adeptos de uma estilística metálica um pouco mais moderna, bem pesada, agressiva e melodiosa, que alguns convencionam chamar de ‘Metalcore’, ou seja lá o maldito rótulo que alguns queriam atribuir a eles, que mostram um ótimo trabalho em ‘Fever’, seu trabalho de 2010.
A produção visual é bem legal, feita em um tipo de arte que lembra pinturas em óleo, com uma gravura bem interessante. Já o tocante ao som, vemos uma primazia de limpeza e peso, pois cada um dos instrumentos está em seu devido lugar sem embolarem-se mutuamente, permitindo aos ouvintes ter a clara noção do que a banda toca, bem como expõe claramente as nuances que estão presentes em cada uma das onze músicas do CD, seja nos momentos mais agressivos, rápidos e pesados, sejam nos momentos mais melodiosos, empolgantes e amenos, ou nos em que ambas as facetas se mixam de forma bem homogênea. E com o detalhe de não deixar a banda perder peso em momento algum. Mas ao colocar o CD em seus aparelhos de som, tomem extremo cuidado ao ouvirem o disco, porque a banda vicia!
O CD é bem homogêneo como um todo no tangente às músicas, mantendo um nível muito bom o tempo todo, destacando-se a pesada, agressiva, melodiosa e grudenta ‘Your Betrayal’, onde os vocais dão um show de mudanças, fora as guitarras rascantes e a cozinha ter fôlego e peso bastante para mudar bastante os andamentos; ‘Fever’, já é uma faixa mais ‘in you face’, embora o andamento seja quase todo um pouco mais cadenciado e a voz lembra de longe Chuck Billy do TESTAMENT nos primeiros discos da banda, mesmas características vistas em ‘The Last Fight’, uma canção que mostra bumbos insanos, refrão e backings bem grudentos, embora as guitarras beirem o Thrash; a emotiva ‘A Place Where You Belong’, uma semi-balada muito bonita e com estilo; a quase ‘Maideniana’ ‘Alone’, uma música muito boa com guitarras muito bem sacadas, assim como ‘Breaking Out, Breaking Down’; a peso-pesado e agressiva (nos moldes da banda) ‘Dignity’, bem empolgante e que leva o ouvinte a agitar com extrema facilidade; ‘Begging for Mercy’, que segue o mesmo caminho da última, sendo ainda mais ríspida; e ‘Pretty on the Outside’, que apesar do peso e riffs fortes, tem forte apelo melódico e ‘feeling’ de sobra, fechando o CD com chave de ouro.
Um CD digno de uma ouvida com muita atenção, capaz de satisfazer o mais exigente fã, sem arrependimentos de ter pagado por ele, e que aqueles que possuem mente aberta irão gostar bastante. Já aqueles que possuem ‘convicções’ metálicas ostentadas em detrimento da própria satisfação vão continuar dizendo a mesma ladainha chata e que não se sustenta (quando comparada com a verdade) sempre, e um conselho aos neutros: deixem opiniões negativas de lado, ouça, julgue por si mesmo e garanta a sua cópia, pois a banda é muito boa.
Recomendado de olhos fechados.
Tracklist:
01. Your Betrayal
02. Fever
03. The Last Fight
04. A Place Where You Belong
05. Pleasure and Pain
06. Alone
07. Breaking Out, Breaking Down
08. Bittersweet Memories
09. Dignity
10. Begging for Mercy
11. Pretty on the Outside
Formação:
Matthew "Matt" Tuck – Vocais, guitarras
Michael "Padge" Paget – Guitarras
Michael "Moose" Thomas – Bateria
Jason "Jay" James - Baixo
Contatos:
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