Wobbler: Recriando a atmosfera mágica do Rock Progressivo
Resenha - Rites At Dawn - Wobbler
Por Willian Blackwell
Postado em 13 de novembro de 2011
Nota: 9
No distante país chamado Noruega, existe um lugar conhecido como Honefoss. E foi nesta idílica cidadezinha, terra de belíssimas cachoeiras, que na primavera de 1999, cinco amigos com a mesma ideia flamejando em suas mentes se uniram para formar uma banda. Assim nascia o WOBBLER, com o objetivo de, segundo eles, (re)criar toda aquela atmosfera mágica que o Rock Progressivo fomentou em seu alvorecer - no final dos anos 60, começo dos 70.
Depois de meses trabalhando algumas ideias (o que resultou na demo que seria o embrião do primeiro álbum), eles decidiram dar um tempo, pois perceberam que não possuiam recursos à altura do objetivo desejado. Porém, para não deixar todo o trabalho realizado no limbo, resolveram jogá-lo na internet, fazendo assim uma espécie de campanha viral de auto divulgação, uma decisão que se mostrou mais do que acertada, resultando em um contrato com o selo americano The Laser’s Edge.
"Depois de um tempo meio que decolou" - Wobbler
Então, em 2005, com muita influência do passado (de bandas como King Crimson, Gentle Giant, PFM - Premiata Forneria Marconi, Genesis e YES) e alguma inspiração mais recente (como os suecos Änglagård e Anekdoten), se utilizando de instrumentos de época e poucas ferramentas modernas de gravação, os noruegueses lançaram "Hinterland", seu primeiro registro de estúdio.
O segundo trabalho da banda, "Afterglow", só viria quatro anos depois, em 2009, desta vez pela Termo Records, um pequeno selo independente norueguês.
O WOBBLER chega à seu terceiro traballho mostrando que adquiriu maturidade, se desprendendo parcialmente do simples rótulo de "banda homenagem". Muito dessa sensação de emancipação musical se deve a incidência mais frequente de linhas vocais onde anteriormente predominava o instrumental. Para isso, o vocalista Andreas Prestmo foi escolhido para integrar o line-up, substituindo o menos efetivo Tony Johannesson.
"(…)acho que este álbum é muito, muito mais que um simples clone do YES". - Lars Fredrik Frøislie
Em "Rites At Dawn" (2011) toda uma temática filosófica é destilada em um clima "folklórico" (de fadas, bruxas e florestas), através de uma pegada extremamente vintage (sem adições digitais), construída pelo aparato analógico do tecladista Lars Fredrik Frøislie (White Willow), pelas cordas elétricas/acústicas do guitarrista Morten Andreas Eriksen, pelo baixo de Kristian Karl Hultgren e a percussão do baterista Martin Nordrum Kneppen. Os arranjos ainda possuem, além de instrumentos de corda em geral, sopros e instrumentação barroca.
"(…)tentamos fornecer uma noção de natureza cíclica a que todos nós somos uma parte, não apenas como seres humanos remetido para uma expectativa de vida, mas como parte da existência contínua de natureza e cultura através de nascimento, morte e renascimento, incluindo a história, mitos e do reino animal". - Kristian Karl Hultgren
Se comparado à seus antecessores, que possuem uma atmosfera digamos, mais dark (ameaçadora) e uma estrutura instrumental apoiada em canções longas e complexas, este, que é o mais recente disco dos caras, apresenta uma dinâmica mais leve e composições menos intrincadas - mas não menos trabalhadas.
Confira abaixo o preview de "Rites At Dawn":
O making of completo do álbum (22 episódios) pode ser conferido aqui.
Muito mais do que simplesmente resgatar um som do passado, em "Rites At Dawn", o WOBBLER deixa claro que música boa é atemporal.
Wobbler: Rites At Dawn (2011)
01. Ludic
02. La Bealtaine
03. In Orbit
04. This Past Presence
05. A Faerie’s Play
06. The River
07. Lucid Dreams
Formação: Andreas Prestmo (vocal), Morten Andreas Eriksen (guitar), Lars Fredrik Frøislie (keyboard), Kristian Karl Hultgren (bass), Martin Nordrum Kneppen (drum)
Site Oficial e Myspace:
http://www.facebook.com/wobblerofficial
http://www.myspace.com/wobblermusic
@blackwill - keeptrue!
http://willblackwill.tumblr.com/
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