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Symphony X: Um disco vigoroso, forte e agressivo

Resenha - Iconoclast - Symphony X

Por Daniel Junior
Fonte: Aliterasom
Postado em 22 de junho de 2011

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Imagine um disco vigoroso, forte e agressivo; musical, detalhado e preciso. É desta forma que Iconoclast (2011) do Symphony X soa. Pesado, melódico e muito bem produzido. O trabalho da banda é de fazer o queixo cair do mais aficcionado fã de metal. A banda conseguiu algo de muito valor para quem trabalha com esta linguagem: não menozprezar as possibilidades melódicas de uma canção. Há quem pense que para se fazer um disco agressivo é necessário descartar toda e qualquer tentativa de que ele soe bem aos ouvidos de qualquer um e neste quesito SX acerta em cheio.

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A quantidade de riffs bonitos que Michael Romeo escalou para o repertório é de impressionar. Sim, existe um "q" de sinfônico em todo o disco mas isto não desclassifica-o, pelo contrário, este equilíbrio entre frases elaboradíssimas e toda aquela grandiloquência que o power (embora eles assim não se definam) sugere acabou transformando Iconoclast em uma referência para toda banda que quer fazer um disco com categoria, velocidade e riqueza.

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Os timbres estão todos colocados com grandeza e a faixa título associada ao punch vocal de Russel Allen (que está MUITO bem diga-se de passagem) nos convida a todos os clichês, quando encontramos pela frente um disco de muita qualidade e que está na lista de melhores do ano de maneira muito fácil.

A canção título do disco (que tem duas versões, uma em Deluxe Edition) é destas preciosidades que realçam as qualidades que citei no primeiro parágrafo: muito peso e melodia, sem que fique chato e repetitivo como algumas bandas de power metal. Sei que alguns leitores irão torcer o nariz ao fazermos citação ao power mas o Symphony X se não é uma banda do estilo tem pegadas que lembram. De fato não podemos classificar o Symphony X nem puramente como uma banda de prog metal. Enfim, o que menos importa aqui (e em outros casos) é como colocar na bandeja um disco que tem canções muito bacanas como "The End of Innocence" e "Dehumanized".

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O que dizer de uma faixa como "Light Up The Night" que é de uma sonzeira atropeladora, com aqueles elementos que fazem bater a cabeça do headbanger em altíssima velocidade: paletadas em sequência avassaladora, teclados viajantes e quebradas para mudança de clima.

Ah e como é bom ouvir solo! O rock de uns tempos pra cá perdeu uma das suas principais características: o solo de guitarra. A presepada que faz milhões de pessoas no mundo utilizarem seu próprio instrumento imaginário que se convencionou chamar de air guitar. Talvez eu nem precisasse dizer isso mas como imaginar uma banda que faz rock – seja de que vertente ele pertencer – sem pensar que em alguma faixa de um lançamento desta mesma banda não há um solo de guitarra! Em "Light Up The Night" tem um monte para se esbaldar!

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"Bastards of The Machine" tem um riff de teclado, muito rápido, seguido de uma base igualmente veloz. A voz de Russel Allen está melhor do que nunca. O desempenho do vocalista no disco é um parágrafo separado. A paixão com a qual o vocalista se entregou em cada canção não pode ser desprezada. Sem que fosse necessário nenhum outro tipo de recurso que expusesse o seu talento. É violência na hora do refrão (da canção citada) e muito peso em todo o disco. Se poucas vezes usa de versatilidade, não é possível culpá-lo, porque o disco todo é nervoso. Bastards of The Machine tem um solo limpo de guitarra e teclado. Aliás, o disco todo não tem um som muito sujo. Os puristas podem querer condená-lo pela limpeza na mixagem. Eu gostei.

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"Heretic" tem aquelas cavaladas riffeiras que Michael Romeo sabe fazer muito bem. E volto a dizer o que disse nos parágrafos anteriores: fica o mérito da banda de ter feito um trabalho com linhas muito difíceis (que incluem todos os instrumentos) e não ter perdido o senso melódico. Não perdeu peso, agressividade e mesmo assim soa muito bem. O casamento entre teclado e guitarra está muito bem feito e cada um sabe seu lugar. Na boa mixagem é possível escutar inclusive o trabalho do baixo, instrumento quase sempre desprezado nos trabalhos de masterização, porque geralmente fica escondido na avalanche de pedal duplo dos bateristas que se utilizam desta forma de acompanhar os tempos de maiores velocidades.

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"Children of a Faceless God", faixa de título curioso, tem momentos incríveis. A frase criada por Mike é muito bonita e de bastante técnica. Chover no molhado falar sobre Romeo desde há muito tempo. A música que é uma fusão de intervenções eletrônicas, batidas semi-tribais e teclados que lembram computadores, é uma das melhores do disco.

Falando um pouco dos temas. É muito interessante este desejo de mesclar assuntos religiosos x tecnologia porque no mundo moderno as duas coisas acabaram se fundindo, de forma que a abrangência do mote é grande. De fato a banda jamais foi conhecida por abordar temas banais mas isso não deixa de ser positivo para você que hoje não encontra boas letras que levantam debates interessantes de serem estudados e percebidos. É um ponto de vista de uma banda sobre temas como Deus e máquinas, a velha discussão do homem, sobre a evolução (e regressão) que ambas trazem para sua própria vida.

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Em "When All is Lost" temos um vocal mais delicado para um tão suave teclado introdutório. Nove minutos de muito clima. Aos 4:40 minutos de música temos um Hammond (ou algo muito próximo disso) com frases infindas de Romeo, seguidos de outras frases agora ao violão (ou também algo muito próximo disso) com algumas cordas, baixo e bateria. A ideia da música é muito viajante e com certeza fará muito sucesso ao vivo. Perto do final da canção temos o retorno da velocidade, em passagens que lembram até Iron Maiden, mas nada muito referencial. A canção é realmente uma balada com momentos intensos. Pela interpretação, pelo tema, pela proposta.

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Prometheus (I Am Alive) ainda tem essa mescla de teclados bem "eletrônicos" e levadas pesadas e sombrias, que dão lugar a muito peso e velocidade. Assim como as faixas tanto da edição simples, como da edição dupla, na qual as canções são todas costuradas e levadas por convenções entre guitarra e teclado, sem desprezar os solos (de ambos os teclados), lembrando a outra dupla venerada do prog, Petrucci e Rudess, diferenciando-se no quesito "duração das suítes". O S7 é mais objetivo, se podemos assim dizer.

O disco é muito especial e a tendência é que seja um sucesso entre aqueles que são fãs do grupo. Obviamente que não será difícil conquistar tantos outros, uma vez que, não só a popularidade mas a veneração em cima do quinteto americano só cresce.

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Versão Simples:

01. Iconoclast
02. The End of Innocence
03. Dehumanized
04. Bastards of the Machine
05. Heretic
06. Children of a Faceless God
07. Electric Messiah
08. Prometheus (I Am Alive)
09. When All is Lost

Edição Dupla

CD 1
01. Iconoclast
02. The End of Innocence
03. Dehumanized
04. Bastards of the Machine
05. Heretic
06. Children of a Faceless God
07. When All is Lost

CD 2
01. Electric Messiah
02. Prometheus (I Am Alive)
03. Light Up the Night
04. The Lords of Chaos
05. Reign in Madness

twitter do autor: @dcostajunior
twitter do blog: @aliterasom

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Sobre Daniel Junior

Daniel Junior era blogueiro do Diário do Pierrot e do site The Crow (especializado em cinema). Colaborava com o site Seriemaníacos (sobre séries de TV) e com o blog Minuto HM. Começou seu amor pelo rock por causa do Kiss e do Black Sabbath até conhecer outras bandas pelas quais nutriria paixão e admiração como Metallica, Rush, Dream Theater, Faith No More e tantas outras. Daniel faleceu em 2017 e definitivamente fará falta.
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