Whitesnake: Seu melhor álbum desde o "Slide It In"
Resenha - Forevermore - Whitesnake
Por Ricardo Seelig
Fonte: Collector's Room
Postado em 23 de março de 2011
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O Whitesnake entrou em uma máquina do tempo antes de gravar "Forevermore", seu décimo-primeiro álbum de estúdio. Porque eu digo isso? Simples: as treze faixas do disco trazem para 2011 o que de melhor o grupo de David Coverdale fez em seus primeiros álbuns. O hard embebido no blues de trabalhos como "Trouble" (1978), "Lovehunter" (1979) e "Ready an' Willing" (1980) dá a tônica de "Forevermore", um disco que irá cair no gosto de qualquer fã do Whitesnake.
Coverdale tem como principal parceiro em "Forevermore" o guitarrista Doug Aldrich, no grupo desde 2003. A dupla é responsável por todas as faixas, e se mostra afiadíssima. Completam o time Reb Beach (guitarra), Michael Dewin (baixo) e Brian Ticky (bateria). Sem exageros, esse é um dos melhores line-ups da longa carreira do Whitesnake. Basta ouvir o CD para não ter dúvidas disso.
"Steal Your Heart Away" abre o play atualizando o embalo do Whitesnake do final da década de 1970 e apresentando-o para os ouvintes atuais. "All Out of Luck" traz um riff meio funkeado e David Coverdale cantando divinamente. O primeiro single, "Love Will Set You Free", é Whitesnake safra "Slide It In" da melhor espécie. Um sonzão!
O álbum é uma sucessão de ótimas músicas, mostrando a solidez da atual formação. "Tell Me How" é um hard repleto de classe e bom gosto, com ótimo refrão. "I Need You (Shine a Light)" tem um grande riff temperado pela dose certa de malandragem, enquando "One of These Days" é uma ótima balada com sonoridade acústica, perfeita para pegar a estrada com o coração partido e fugir de tudo.
Além de Coverdale, que tem uma performance sensacional em todo o disco, o principal destaque de Forevermore são as guitarras de Doug Aldrich e Reb Beach. Seja nos riffs ou nos solos, a dupla rouba a cena em diversos momentos. "Love and Treat Me Right" é um exemplo disso: uma faixa baseada nos riffs das guitarras e com ótimos solos, como um bom hard rock deve ser. Além disso, "Love and Treat Me Right" tem, provavelmente, a melhor interpretação de Coverdale em todo o álbum.
"Dogs in the Street" difere um pouco das demais por ser a mais pesada do CD, com certas características que nos levam a álbuns como o clássico "1987". O hard furioso de "My Evil Ways" é outro momento que irá agradar em cheio os fãs de sons mais pesados. Já "Whipping Boy Blues" tem um groove empolgante, e é daquelas faixas que você tem vontade de deixar no repeat por um bom tempo. A bonita e épica faixa-título encerra os trabalhos deixando um gostinho de quero mais, comprovando a ótima fase do quinteto.
"Forevermore" me surpreendeu positivamente. Gostei muito do álbum anterior, "Good to Be Bad", de 2008, mas "Forevermore" é ainda melhor. A escolha de trazer à tona as raízes blues do grupo foi pra lá de acertada, pois é uma das principais responsáveis por fazer o disco soar tão contagiante. Para mim, "Forevermore" é o melhor álbum do Whitesnake desde "Slide It In" (1984) e se equivale a "1987".
Exagero? Ouça e comprove!
Faixas:
1 Steal Your Heart Away 5:21
2 All Out of Luck 5:29
3 Love Will Set You Free 3:53
4 Easier Said Than Done 5:14
5 Tell Me How 4:42
6 I Need You (Shine a Light) 3:50
7 One of These Days 4:54
8 Love and Treat Me Right 4:15
9 Dogs in the Street 3:54
10 Fare Thee Well 5:19
11 Whipping Boy Blues 5:03
12 My Evil Ways 4:34
13 Forevermore 7:26
Outras resenhas de Forevermore - Whitesnake
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
Download Festival anuncia mais de 90 atrações para edição 2026
O disco do Metallica que para James Hetfield ainda não foi compreendido; "vai chegar a hora"
A música do Kiss que Paul Stanley sempre vai lamentar; "não tem substância alguma"
Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
As duas bandas que atrapalharam o sucesso do Iron Maiden nos anos oitenta
O clássico do metal que é presença constante nos shows de três bandas diferentes
Os melhores guitarristas da atualidade, segundo Regis Tadeu (inclui brasileiro)
"Guitarra Verde" - um olhar sobre a Fender Stratocaster de Edgard Scandurra
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
Greyson Nekrutman mostra seu talento em medley de "Chaos A.D.", clássico do Sepultura
Mais um show do Guns N' Roses no Brasil - e a prova de que a nostalgia ainda segue em alta
Kerry King (Slayer) escolhe seu preferido entre Metallica e Megadeth
A banda que Dave Grohl acha "indiscutivelmente a mais influente" de sua geração


Glenn Hughes não acredita que David Coverdale voltará aos palcos
O cantor que muitos achavam imitar Robert Plant, que passava pano para ele
O músico que aproximou o Thin Lizzy do heavy metal
Charlie Brown Jr.: uma experiência triste e depressiva


