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Master: obrigatório para fãs de estilos mais extremos

Resenha - Human Machine - Master

Por Marcos Garcia
Postado em 16 de setembro de 2010

Após lançarem o CD "Slaves to Society" em 2007, e de uma meteórica passagem pelo Brasil em fevereiro deste ano(onde infelizmente dois membros da banda de abertura AFTER DEATH vieram a morrer afogados), o trio de death metal radicado na República TchecaMASTER volta a carga com seu mais novo CD, 'The Human Machine', que foi lançado em Abril deste ano, mostrando a mesma receita de sempre: O bom e velho Floridian Death Metal que a banda faz desde 1983, já que seu mentor, o baixista e vocalista Paul Speckmann, ao lado de Chuck Schuldiner do DEATH e do POSSESSED, é um dos fundadores do estilo.

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A arte primorosa do CD ajuda a criar a atmosfera necessária para cada faixa e letra, um cuidado tomado para que as pessoas possam entender cada contexto sem grandes problemas, e a forma com as quais as letras são dispostas lembra as bandas de Hardcore/Punk, mas de uma forma mais estilizada e bem acabada, sem descaracterizar o contexto sócio/político das letras, do qual Paul não abre mão desde o início da banda.

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O CD abre com a faixa título "The Human Machine", rápida na dose certa, onde Ales Nejezchleba inicia com um riff de guitarra daqueles que se ouve e não mais se esquece, e Paul vocifera no melhor estilo, embora o ritmo se alterne bastante. "It’s What Your Country Can Do For You" é a próxima, seguindo o estilão da primeira, com a bateria de Zdenek Pradlovsky esbanjando peso e técnica tanto nos momentos mais rápidos quanto nos mais cadenciados. O detalhe interessante da faixa é que o título é uma piada com a frase nacionalista do presidente norte-americano John Kennedy ("Não é o que seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país"). Já a faixa "Twisted Truth" é mais cadenciada que as anteriores, inclusive com partes bem Hardcore e um solo de guitarra bem ‘motorhediano’. Logo após, vem uma música mais no estilão tradicional da banda, que é "True Color", uma tijolada Death Metal onde Zdenek mostra domínio completo da bateria, executando viradas técnicas e conduções rápidas sem perder o pique, e a Paul canta explendorosamente, fora as famosas partes de guitarras ‘enxame de vespas’ na melhor escola do Slayer, inclusive nos solos, se vê a presença de Kerry King. Uma introdução de bateria bem nervosa inicia "Suppress Free Thinking", uma música bem bruta, com um show à parte de Zdenek mais uma vez e Ales mostrando ótimo serviço nas bases e solos. Realmente, os ares da República Tcheca fizeram bem ao MASTER.

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"A Replica of Invention" é mais reta e seca que as anteriores, onde o jeitão de cantar de Paul se destaca segurando a base, e em certos momentos onde só ficam baixo e bateria, mostra serviço em seu instrumento, e mesmo um pouco de groove, algo quase que impensável de se encontrar em um CD da banda. Seguindo a mesma linha, "Faceless Victims Expelled" e "Worship the Sun" passam ríspidas, mas mais técnicas que a primeira, sendo que na última, encontram-se algumas guitarras que lembram levadas árabes (pois já que a letra fala de uma guerra final, seu contexto está ligado aos conflitos no Oriente Médio). Fazendo reverência ao primeiro disco da banda, vem "The Lack of Space", que nos leva a mesma atmosfera do debut deles, lá em 1989.

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Fechando o CD com chave de ouro, uma faixa mais cadenciada depois de tanta pancada, que é "Impale to Kill", urrada e novamente com solos que lembram o bom e velho Motorhead, com os vocais extremamente vomitados em uma pregação de um dos mais míticos vocalistas do Death Metal.

É um CD obrigatório para os fãs de estilos mais extremados de Metal, uma aula de Old School Death Metal atualizado, ou seja, o bom e velho estilo mas com o frescor da atualidade, sem ser datado em momento algum, e as letras, como sempre, miram e acertam o American Way de ser.

Faixas:
01. The Human Machine
02. It’s What Your Country Can Do For You
03. Twisted Truth
04. True Color
05. Suppress Free Thinking
06. A Replica of Invention
07. Faceless Victims Expelled
08. Worship the Sun
09. The Lack of Space
10. Impale to Kill

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Sobre Marcos Garcia

Marcos Garcia é Mestrando em Geofísica na área de Clima Espacial, Bacharel e Licenciado em Física, professor, escritor e apreciador de todas as subdivisões de Metal, tendo sempre carinho pelas bandas mais jovens e desconhecidas do público, e acredita no Underground como forma de cultura e educação alternativas. Ainda possui seu próprio blog, o Metal Samsara, e encara a vida pela máxima de Buda "esqueça o passado, não pense no futuro, concentre-se apenas no presente".
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