Atomic Rooster: técnica privilegiada com boa dose de peso
Resenha - Death Walks Behind You - Atomic Rooster
Por Ricardo Seelig
Postado em 10 de agosto de 2008
Formado em 1969 pelo tecladista Vincent Crane e pela baterista Carl Palmer, o Atomic Rooster foi um dos grupos pioneiros no que ficou conhecido como Progressive Hard Rock. Companheiros no Crazy World Of Arthur Brown, Crane e Palmer moldaram uma sonoridade que unia a técnica privilegiada de ambos a uma dose generosa de peso, que resultou em uma das bandas mais originais do início dos anos 1970.

Após gravar seu primeiro disco, batizado simplesmente como "Atomic Rooster", o grupo perdeu Carl Palmer, que uniu-se a Keith Emerson e Greg Lake para dar à luz ao Emerson, Lake & Palmer. Com um novo line-up, que agora tinha o ex-Andromeda John Du Cann cuidando dos vocais e guitarras e Paul Hammond na bateria, a banda gravou um dos álbuns mais sombrios daquela época, "Death Walks Behind You".
Lançado em fevereiro de 1970, o disco já valeria pela fantástica faixa-título. Iniciando com uma frase sinistra do teclado de Crane, a música evolui para um hard rock vigoroso que demonstra toda a força dessa segunda formação do grupo. Uma das melhores aberturas de álbuns de todos os tempos, "Death Walks Behind You" é daquelas faixas que atingem a gente como um cruzado no queixo, nos nocauteando a cada mudança de andamento enquanto tentamos entender que diabos está acontecendo.
Mas, evidentemente, o disco não se resume a apenas uma faixa. "VUG" demonstra a veia progressiva do grupo, em uma instrumental voltada para o teclado de Crane. "Tomorrow Night", lançada como single, levou o nome da banda a um número maior de ouvintes, enquanto "Nobody Else" é outro exemplo da criatividade de Crane, Du Cann e Hammond. Indiscutivelmente, todas as oito faixas de "Death Walks Behind You" são excelentes, e o resultado é um álbum brilhante, que por si só coloca o Atomic Rooster lado a lado com os grandes nomes da história do hard rock.
Como curiosidade, vale citar que neste mesmo ano Vincent Crane tocou teclado no primeiro álbum da carreira solo de Rory Gallagher, batizado apenas com o nome do guitarrista e lançado pela Polydor somente em 1971.
Faixas:
1. Death Walks Behind You
2. VUG
3. Tomorrow Night
4. Seven Streets
5. Sleeping for Years
6. I Can't Take No More
7. Nobody Else
8. Gershatzer
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Youtuber que estava no backstage do último show de Alissa com o Arch Enemy conta tudo
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Ouça "Nothin'" e "Atlas", novas músicas do Guns N' Roses
Steve Harris admite que a aposentadoria está cada vez mais próxima
Regis Tadeu indica disco "perfeito" para uma road trip: "Todo mundo detesta, mas é bom"
A obra-prima do Dream Theater que mescla influências de Radiohead a Pantera
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
O maior compositor do rock'n'roll de todos os tempos, segundo Paul Simon
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
Sacred Reich anuncia o brasileiro Eduardo Baldo como novo baterista
Robert Plant acrescenta o Rio de Janeiro à turnê brasileira em 2026
Por que a presença dos irmãos Cavalera no último show do Sepultura não faz sentido
A lendária guitarra inspirada em Jimmy Page, Jeff Beck e Eric Clapton que sumiu por 44 anos
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Os 19 músicos que já estiveram no Slipknot na ordem de entrada na banda
O solo de guitarra gravado por Kirk Hammett que o assombrou por quase 20 anos
Ramones - Perguntas e respostas e curiosidades


"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



