Paths Of Possession: mistura de Death e NWOBHM
Resenha - End Of The Hour - Paths Of Possession
Por Ricardo Santos
Postado em 17 de março de 2008
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O Paths Of Possession é um conjunto formado em 1999, em Tampa, na Flórida, tradicional celeiro de bandas de Death Metal. Seu line-up é constituído por Randy Butman no baixo e vocais de apoio, Jay Fossen e Jack Goodwin nas guitarras, Nick Goodyear na bateria e um cidadão que dispensa maiores apresentações chamado George "Corpsegrinder" Fisher.

Lançando o seu terceiro álbum, "The End Of The Hour" via Metal Blade, o Paths of Possession aposta certeiramente numa mistura de Death Metal com NWOBHM, resultando em um som pesado e com vocais assombrosos, cozinha mais do que entrosada e ótimas melodias de guitarras. Em poucas palavras, o som do grupo é um ótimo Death Metal melódico. Isto pode ser um motivo para que muitos não esperem nada de bom deste álbum, mas felizmente não é bem assim. Além disto, o álbum é conceitual, contando a história de um homem, que depois de sofrer muito durante a vida, ao morrer torna-se uma criatura espiritual violenta e destrutiva
Vale citar que não há aqui algum tipo de semelhança com o grupo mais famoso de Corpsegrinder (não me diga que não sabe qual), a não ser por ele próprio, que tem uma performance impecável, como era de se esperar. A dupla de guitarristas honrou a herança das guitarras dobradas do metal tradicional e compôs ótimos duetos durante toda a duração do álbum, não tão intrincados, mas com muito bom gosto. Nick Goodyear teve uma grande performance nas baquetas e escolheu ótimos timbres para seu praticável de bateria e o baixista Randy Butman tem uma performance muito consistente, mostrando extrema habilidade nas quatro (em algumas canções, cinco) cordas.
Logo, a reunião de músicos extremamente talentosos e competentes gerou um álbum de semelhante grandeza. "The End Of The Hour" é um álbum homogêneo, acessível (não pejorativamente, pois o álbum é muito bom), fácil de ser digerido e que nos traz ótimas recompensas em sua audição. Muito disto deve-se às ótimas melodias que fazem um ótimo contraponto ao incrível vocal de Fisher. Dentre as onze canções (uma não listada), algumas se sobressaem, como a primeira, "Memory Burn", que possui todos os aspectos supracitados; "The Ancient Law", detentora de mais cacoetes de Death Metal, como os blasting-beats; a ótima faixa título e a linda (linda sim, e daí?) "As Sanities Splits", cuja sutileza instrumental se une perfeitamente com a rispidez vocal de Corpsegrinder, nos brindando com um som incrível, com ótimas variações e riffs maravilhosos.
É bom ressaltar que este álbum provavelmente não agradará os fãs de sons mais brutais e do próprio Cannibal Corpse. Mas todos nós sabemos que o Death Metal melódico é um estilo muito idiossincrático (assim como os próprios Heavy Metal e Rock And Roll). Um disco tão bem feito não pode passar em branco. Se você gosta de Death Metal melódico ou de quaisquer outras vertentes do nosso amado Heavy Metal, confira este álbum, pois ele é muito legal.
Mas se você não gosta deste tipo de som, aqui vai um pedido: esqueça qualquer forma de preconceito (incrivelmente forte entre algumas "facções" de bangers), ouça isto com carinho e atenção, reconheça o talento dos músicos e a qualidade das composições, e assim você poderá ter ótimos minutos de entretenimento. Se mesmo assim você não gostar, infelizmente o azar é só seu.
Paths Of Possession - The End Of The Hour
(Metal Blade)
01.Memory Burn
02.The Ancient Law
03.I am Forever
04.In Offering in Spite
05.Pushing Through The pass
06.Posioned Promissed Land
07.Ash Is Falling Rain
08.The End of The Hour
09.As Sanities Split
10.Engulfing the Pure
Faixa bônus:
11.Untitled
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
O clássico absoluto do Black Sabbath que o jovem Steve Harris tinha dificuldade para tocar
A faixa do Iron Maiden que ficou com 5 minutos a mais do que eles imaginaram
Cinco bandas de heavy metal que possuem líderes incontestáveis
Banda dinamarquesa perde grande parte de seus equipamentos em incêndio
Turnê atual do Dream Theater será encerrada no Brasil, de acordo com Jordan Rudess
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
O recurso de composição essencial no rock e metal rejeitado em universidades, segundo Pitty
Quando bandas de Hard Rock lançaram discos "grunge".
Lista: 10 álbuns horríveis lançados por grandes bandas nos anos 1980

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



