Resenha - Apocalipse - Tropa Suicida
Por Clóvis Eduardo
Postado em 03 de outubro de 2006
Nota: 7
O rock feito com energia e letras cheias de valor moral é sempre bem vindo. Afinal, não vivemos apenas do som, mas sim de um pensamento mais focado e até mesmo questão de utilidade pública. A Tropa Suicida levanta a bandeira de explorar o lado social, a injúria frente a atitudes humanas, principalmente de governantes frente ao descaso e guerras.
Uma mensagem bacana passada pelo quarteto formado por Genivaldo Barrichello no vocal, Wagueta Ferrari na guitarra, Wlad Mainente no baixo e Narça Variz na bateria soa em forma de riffs e refrões de grande estilo. Das 13 músicas neste "Apocalipse", grande parte tem uma pegada mais rápida, o que deixa os fãs ainda mais extasiados. A banda vinda da cidade de Santos (SP) faz hardcore com punk rock com letras em português em canções rápidas e sem segredos.
Os riffs são bons e rápidos, assim como a entonação do baixo conseguida por Wlad Mainente. O vocalista Genivaldo é o que leva à frente os ideais do grupo no vocal, ora berrado com muita força ora em momentos mais introspectivos como "Caminho Forasteiro", canção mais leve, mas de ideologia altamente crítica a governantes "ditadores que tem o desejo de beber o sangue alheio".
O amor brasileiro pelo futebol também floresce como uma das paixões da banda, que dedica a canção "As Cores Do Meu Time" para mostrar que bebidas e torcida podem se misturar, sem ocorrer conflitos ou quebradeiras. Esta canção é um hino para o grupo, que também se empenhou em gravá-la em vídeo e colocar como material bônus no CD.
Este CD foi gravado em 2002, mas mantém-se atual e de bastante bom senso. A Tropa Suicida viveu já bons momentos ao longo de sua carreira, e pelo visto, com trabalhos como este, ainda tem muito o que realizar, em prol da cena independente nacional.
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