Resenha - To Be Or Not To Be - Yargos
Por Ricardo Seelig
Postado em 26 de agosto de 2006
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Falar de rock progressivo nos tempos atuais é quase que associá-lo automaticamente ao heavy metal. A influência e o gigantismo do Dream Theater tornaram esta ligação entre os dois estilos muito forte, e hoje é praticamente impossível ouvir uma banda que execute o progressivo clássico como se fazia nos anos setenta, através de nomes como Yes, Pink Floyd, Kansas, King Crimson e inúmeros outros. Neste sentido, este disco do Yargos é muito bem vindo, pois distancia-se do prog metal reinante e flerta com esta sonoridade mais clássica, além de trazer elementos de AOR.

O mentor, o cabeça do grupo, é o multi-instrumentista Weiland Hofmeister, que apesar de estar lançando este ano o primeiro trabalho do Yargos mantém a banda viva desde o início dos anos 70. Mas o principal atrativo do álbum deverá ser a participação de Mac McDermott, vocalista do Threshold, que faz todas as vozes do trabalho. Completam o line-up Anca Graterol (vocal), Andreas Kienitz (guitarra), Ossi Pfeiffer (teclados, bateria e baixo) e Peter Pichl (baixo, Running Wild).
O que se ouve em "To Be Or Not To Be" é uma música madura, que nos remete a grupos como Asia, Kansas e Journey em vários momentos. O peso está presente, mas sempre acompanhado por um apelo pop muito bem vindo, com refrões bem ao estilo do rock de arena do final da década de setenta e começa dos anos oitenta.
A qualidade dos músicos é outro diferencial. Dá prazer ouvir o disco e ficar prestando atenção em todos os detalhes de cada canção, nos arranjos elaborados e cheios de nuances. Em uma avalanche de ótimas músicas, "Point Of No Return", a excepcional "Human Nature", "Why ?", Full Circle" e "Peace Of Mind" se sobressaem, mas esta distinção está baseada totalmente na minha experiência pessoal com o trabalho.
Posso dizer que este é um CD que me surpreendeu satisfatoriamente. Quando o peguei nas mãos não tinha idéia do que iria ouvir, e agora, enquanto escrevo as últimas palavras deste review, digo sem medo que esta espera de mais de trinta anos valeu muito a pena.
Um álbum excelente, bastante acima da média, e que, por uma destas conjecturas do destino que não sabemos explicar, saiu em versão nacional.
Compre.
Faixas:
1. The Guilded Cage
2. Why ?
3. Peace Of Mind
4. Point Of No Return
5. A Time To Decide
6. Pink Confusion
7. Human Nature
8. Time Drops
9. The Summer Tree #1
10. Full Circle
11. Sometimes It Is Easier
12. Turn Away
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



"Come to Brazil" - 2026 promete ser um ano histórico para o rock e o metal no país
As 50 melhores bandas de rock da história segundo a Billboard
O riff do Guns N' Roses que Slash acha bem melhor do que o de "Sweet Child O' Mine"
Welcome to Rockville 2026 divulga line-up oficial
A maneira curiosa como James Hetfield reagia aos fãs que o ofendiam por conta de "Until It Sleeps"
O melhor cantor de baladas de todos os tempos, segundo Bob Dylan
Três Álbuns Seminais Lançados em 1975, nos EUA
Manowar anuncia turnê celebrando álbuns "Fighting the World" e "Kings of Metal"
Rock in Rio 2026: vendas do Rock in Rio Card começam em dezembro
O guitarrista de jazz que largou John Lennon no estúdio; "Poderia ter sido muito legal"
A analogia com Iron Maiden explica decisão do Avantasia, segundo Tobias Sammet
As 3 melhores músicas do Aerosmith de todos os tempos, segundo Regis Tadeu
Ozzy Osbourne não ouvia tanto rock pesado quanto as pessoas imaginam, revelam filhos
O guitarrista a quem Elvis Presley pediu aula de guitarra: "Ele ficava vendo minhas mãos"
O guitarrista preferido de Mark Knopfler, do Dire Straits, e que David Gilmour também idolatra
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva


