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Por Ricardo Seelig
Postado em 15 de junho de 2006
Nota: 9 
Uma única audição no novo álbum do Pearl Jam, batizado simplesmente com o nome da banda, comprova o resgate de algo que a banda havia perdido em seus últimos discos: a simplicidade, a energia e o tesão do bom e velho rock and roll.
Único remanescente do furacão grunge que tomou conta do cenário musical mundial no início dos anos noventa, a turma de Eddie Vedder conseguiu trazer para as treze faixas que compõe o seu novo trabalho aquilo que os fãs brasileiros presenciaram olho no olho quando o grupo pisou por aqui no final de 2005: uma banda que se entrega totalmente no palco, contagiando a platéia com a sua música, sem maiores complicações e pretensões.
Por isso, "Pearl Jam" é um bálsamo para os ouvidos em tempos onde produtores, estúdios e pro tools têm um papel gigantesco no resultado final de um disco. É o que todo bom álbum de rock deveria ser: o registro dos caras tocando em estúdio, tirando um som, se divertindo, nada mais além disso.
Transpirando inspiração por todos os seus poros, o Pearl Jam fez um disco facílimo de se ouvir. Desde a abertura, com a enérgica "Life Wasted", passando pelo single "World Wide Suicide" e baladas arrebatadoras como "Parachutes", "Gone" e "Come Back", o que se ouve é um rock and roll que alia a despretensão à qualidade acima da média.
Um vocal excelente, se entregando a cada canção. Guitarras simples e afiadas. E uma cozinha pra lá de competente. O que mais fãs de rock como eu e como você poderíamos querer em pleno 2006?
Um disco belíssimo, cru, que deve conquistar ainda mais fãs para o grupo, ao mesmo tempo em que é aclamado pela crítica. Simples assim, como deve ser.
Faixas:
1. Life Wasted
2. World Wide Suicide
3. Comatose
4. Severed Hand
5. Marker In The Sand
6. Parachutes
7. Unemployable
8. Big Wave
9. Gone
10. Wasted Reprise
11. Army Reserve
12. Come Back
13. Inside Job
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