Resenha - Born II Rock - Hellfueled
Por Clóvis Eduardo
Postado em 20 de novembro de 2005
Nota: 9
Talvez uma das maiores sensações do ano de 2004 foi esta banda vinda da Suécia, o Hellfueled. O quarteto tornou-se da noite para o dia um grupo apreciado pelas músicas energéticas e pelo amor em tocar heavy metal tradicional. Só isso? Lógico que não, a questão é bem mais abrangente.
O vocal de Andy Alkman deixou muita gente de cabelo em pé! Ozzy Osbourne teria gravado um disco ainda jovem sem ninguém saber e só lançado agora com uma mixagem perfeitamente clara? O tom de voz de Andy e a lembrança de que ele é uma cópia de Ozzy indubitavelmente irá segui-lo para o resto da vida, mas muita gente vai parar pra ver o cabeludo e o restante da banda detonando, como por exemplo, em "Born II Rock". Um trabalho com um ar ainda mais clássico do que o antecessor, "Volume One" de 2004.
E um dos fatores para este lançamento ser bom é o trabalho de guitarras de Jocke Lundgren, que inspirado em Zakk Wylde, John Norum e Michael Amott, traz riffs especiais, justamente por serem simples, mas de uma eficácia fabulosa. Já na faixa de abertura, "Can Get Enought", dá pra sacar que o guitarrista traz o clássico e o atual em apenas poucos minutos.
"Born II Rock" é um CD muito equilibrado do início ao fim, estilo "Volume One", que fez o nome da banda ser solto aos quatro ventos. Este lançamento não é aquele disco comum, que você escolhe duas ou três músicas para ouvir. "Regain To Crow", "Friend", a faixa título ou a paulada "On The Road", expressam bem o que o Hellfueled trás de novidade neste disco.
"On The Road" lembra momentos alegres, muito bem encaixados com a performance emblemática de Andy. Sem contar que na bateria Kent Svensson é muito eficiente e Henke Lonn no baixo é preciso em todas as músicas. Apesar da formação ter um guitarrista, todas as canções têm o instrumento dobrado, o que o torna muito mais pesado. É bom lembrar também que a última faixa, "Don´t Care", poderia ser encaixada como música de abertura, tamanha energia.
São 11 músicas breves e diretas, sempre beirando entre três e quatro minutos. E ao final do curto CD, fica a dúvida se o alto nível da banda persistirá nos próximos trabalhos, já que entre o CD de estréia, "Volume One" e "Born II Rock", fica claro que a banda tem crescido cada vez mais. Deixando comparações de lado, o quarteto está pronto para invadir palcos e coleções por todo o mundo.
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