Resenha - Legacy Of Gaia - Before Eden
Por Ricardo Seelig
Postado em 28 de setembro de 2005
Nota: 6 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Após lançar o seu debut em 2001 e uma demo auto-intitulada em 2003, a banda catarinense de prog metal Before Eden coloca no mercado o seu novo álbum, "The Legacy Of Gaia", pela Hellion Records.

Antes de avaliar o trabalho é preciso dizer que o Brasil deixou de ser, há muito tempo, um mercado meramente consumidor de música pesada para se tornar um dos pólos de maior importância do estilo, tanto pela quantidade e paixão dos fãs quanto pela qualidade de nossas bandas. Isso elevou, e muito, o grau de exigência e de competição de toda a cena, ao ponto em que, parafraseando Charles Darwin, hoje só os fortes sobrevivem. E é neste aspecto que a coisa pega para o Before Eden.
"Legacy Of Gaia" poderia ser dividido em duas partes. A primeira, contendo as faixas "Nomad Soul", "Wizard Of The Sorth" e "Essence", repete os clichês de estilo e apresenta uma banda sem inspiração, que não possui nenhum diferencial em relação as dezenas de grupos similares que pipocam no mercado. O som do grupo soa derivativo, os arranjos são conservadores e não empolgam, em um resultado final extremamente repetitivo.
Apesar disso, nota-se a competência de toda a banda, com cada integrante mostrando que entende do seu instrumento, com um grande destaque para o tecladista Juliano Scharf. Mas tudo isso não apaga os dois principais problemas do álbum: a mixagem que deixou o som do grupo sem peso, e a performance vocal de Jaison Peixer, muito aquém do resto da banda. Apesar de esforçado, o vocalista se perde na pretensão de soar como Fabio Lione, do Rhapsody, e suas linhas soam empostadas demais, chegando até a ficar caricatas em certas passagens.
Já em sua segunda parte, que engloba a suite que dá nome ao disco, estes problemas acabam sendo diminuídos pela excelente qualidade das composições e pela execução primorosa da banda. "Earth Cry" introduz a faixa, seguida por "Enemy Eve", uma das melhores faixas do álbum, com riffs de guitarra mais agressivos. "Toast Of Mankind" vem a seguir e, apesar da excelente performance instrumental apresentada e das mudanças de andamento que acrescentam muito ao resultado final, acaba prejudicada pelo vocal de Jason Peixer, mais uma vez soando empostado demais, chegando até a irritar em certos momentos.
"Nova" tem uma introdução bem ao estilo do Dream Theater, enquanto "Tomorrow's Gone" apresenta uma bela melodia de teclado e um riff bem legal de guitarra, mas o vocal mais uma vez compromete o resultado final da música.
Fechando o álbum temos "Everland", que apresenta belas linhas vocais, e onde mais uma vez o teclado de Juliano Scharf é o destaque, e "Reality", com muito peso e belas guitarras.
Infelizmente, o resultado final de "The Legacy Of Gaia" acaba prejudicado pelo vocal de Jason Peixer, que ainda não encontrou o equilíbrio e o ponto correto de sua voz. Com um pouco mais de experiência este problema deve ser resolvido, mas até lá, apesar da ótima qualidade dos demais músicos (principalmente o tecladista Juliano Scharf, que é o grande destaque da banda) e da qualidade apresentada em algumas composições, o Before Eden não traz nada de novo ao cenário, soando igual a dezenas de grupos similares.
Só nos resta esperar pelo próximo álbum, e torcer para que estes problemas sejam resolvidos.
Faixas:
1. Nomad Soul
2. Wizard Of The South
3. Essence
4. Earth Cry
5. Enemy Eve
6. Toast Of Mankind
7. Nova
8. Tomorrow's Gone
9. Everland
10. Reality
http://www.beforeeden.com
http://www.hellionrecords.com
Outras resenhas de Legacy Of Gaia - Before Eden
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
O recado curto e direto que Iron Maiden passou a Blaze Bayley quando o demitiu
10 bandas que encerraram suas atividades em 2025
O guitarrista desconhecido idolatrado por Frank Zappa e John Frusciante
5 rockstars dos anos 70 que nunca beberam nem usaram drogas, segundo a Loudwire
A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
Por que Angra escolheu Alírio Netto como vocalista, segundo Rafael Bittencourt
Testament, Overkill e Destruction confirmam turnê conjunta em 2026
Steve Harris não descarta um grandioso show de despedida do Iron Maiden
Sharon explica o que a fez desistir de pacto firmado com Ozzy
As duas músicas do Iron Maiden que nunca foram tocadas no Brasil - e podem estrear em 2026
O álbum clássico do Soundgarden que Chris Cornell chamou de "um grande erro"
A resposta de Rafael Bittencourt sobre possibilidade de Bruno Valverde deixar a banda
Zeppelin? Who? Sabbath? Keith Richards preferia um nome menos lembrado e que era puro talento
Paulo Ricardo lembra os dois primeiros nomes do RPM: "Decidimos usar esse número antes"
A estrofe de "Faroeste Caboclo" que não faz sentido no enredo, segundo Renato Russo

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



