Resenha - ReliXIV - Overkill
Por Clóvis Eduardo
Postado em 22 de fevereiro de 2005
Nota: 10
Aos amantes do bom Thrash metal, o comunicado: o ano de 2005 já tem eleito o melhor lançamento de metal americano. Para deixar na saudade Tempo of the Damned do Exodus e First Strike Still Deadly (cd de músicas antigas reeditadas) do Testament, O Overkill (aquele, que vinha para o Masters Open Air, lembra?) lança ReliXIV. E poucas palavras são úteis para dissertar sobre este álbum. Doeu na alma ter cancelado a visita dos caras no Brasil, se bem que este cd tem ajudado a recuperar algumas feridas.
Ser thrasher hoje e nos anos 80 não é a mesma coisa. Percebe-se pelo modo de vestir-se, pelo jeito de portar-se em shows e pelo espírito de composição dos músicos. Algumas bandas mudaram muito como o Metallica, por exemplo, outras não. No Caso do Overkill, a situação é mais conservadora e honesta. O Som é fidedigno ao que encontramos em pérolas como no "vinilsão" Taking Over, que de tão valioso, nem gosto de tocar muito nele. Claro que não temos a qualidade sonora da época, mas ouvir Overkill hoje e há 15 anos atrás não mudou muito não. E isso é ruim? Pelo contrário, é maravilhoso.
Como muitas bandas por aí, o troca-troca de formação é uma conseqüência. Hoje tendo o louco vocalista Bobby Blitz Ellsworth, os guitarristas Dave Linsk e Derek Tailer, o baixista D. D. Verni e o gordo baterista Tim Mallare a formação do Overkill estabilizou-se com o tempo e adquiriu uma experiência fantástica. Bobby grita feito um maluco, não muito ao contrário do restante da banda no respectivo instrumento. Os baixos de Verni são sempre uma atração pelo corpo estilizado. Fato visto no primeiro dvd da banda, "Wrecking Everything Live". Um registro primoroso que vale a pena ser conferido.
Mas o destaque mesmo, é ReliXIV (nome que trás a lembrança do número de cds já lançados em 20 anos de banda), com músicas tão boas quanto em Killbox 13. Quem espera bons riffs, solos cortantes, bateria insana e o vocal inspirado, pode começar a se preparar, pois a coisa está fenomenal. Da introdução Within Your Eyes até a última Old School, todas as músicas mereceriam uma menção, pelo poder e encaixe perfeito. Quem conhece o Overkill pode ficar sossegado. O cd vai passar meses dentro dos aparelhos de som. Afinal, criatividade e energia é com eles mesmos.
Bats In The Belfry, Keeper, Loaded Rack e The Mark são músicas impressionantes. Com cadência, feeling e muita raiva. Para certificar-se de que o trabalho realmente ficou impressionante, ouça A Pound Of Flesh. É impossível ficar parado ao ouvir esta música. E já que ano passado eles não vieram para o Brasil, fica a opção esta turnê, garantia de bons momentos aos ouvidos.
E nos resta esperar pelo lançamento no país. Este cd demonstra toda a força ainda viva na cabeça de cada um do quinteto. Para quem ainda espera o cd chegar nas lojas, uma dica é correr atrás de Speed Kill Hate, um projeto paralelo de Linsk na guitarra, Mallare na bateria e Tailer de lambuja no baixo. Um projeto mais voltado ao "old School", mas que não perde em nada ao estilo atual da banda. Porém não esqueça que ReliXIV estará logo aí, e que melhor do que projetos paralelos, é ter o Overkill ainda na atividade.
Spitfire Records
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