Resenha - Driven - Orphanage
Por Sílvio Costa
Postado em 23 de julho de 2004
Nota: 4 ![]()
![]()
![]()
![]()
O Orphanage não me intriga mais. Eu lembro de ter ficado revoltado com o review extremamente negativo que foi publicado aqui há algum tempo referente ao álbum "Inside". Mas depois de ouvir este Driven - o quarto álbum da banda - começo a dar razão a alguns dos argumentos apresentados. Quantas bandas o leitor conhece que seguem esta mesmíssima fórmula: vocais masculinos guturais, vocais femininos "angelicais" (no caso do Orphanage, "angelical" é um eufemismo para "insosso"), teclados "atmosféricos" (seja lá o que isso queira dizer) e riffs pesados, alternados com passagens mais "dark"? Pois é. É exatamente este o problema com o Orphanage. Os holandeses soam exatamente da mesma maneira que uma penca de outras bandas... Neste disco há alguns lampejos de criatividade, como em "Black Magic Mirror", que tem umas guitarras com timbres estranhos, mas não passa disso: lampejos. Os vocais de Rosen van der Aa são soporíferos e invariáveis. Os guturais de George Oosthoek não passam de grunhidos. Mesmo quando há um peso extra (como é o caso de "Prophecies of Fame"), ela consegue estragar as coisas. Aliás, o Orphanage resolveu apelar nesta faixa, que tem um quê de new metal, como se fosse preciso ir tão longe para fazer um trabalho ruim. O Orphanage já consegue ser fraco sem apelar para guitarras com afinações baixas e riffs pseudo-pesados.

O tormento oferecido pelas 14 faixas deste disco só pode ser comparável às reviradas de estômago que a gente sente quando ouve o clássico (?) St. Anger. Por falar nos novos "mestres do new metal", "Dead Ground" é claramente influenciada por St. Anger. A diferença é que em vez da lata de leite percutida por Lars Ulrich, o que é mais chato aqui é mesmo o vocal da srta. Rosen.
Como tudo na vida tem um lado positivo (talvez a única exceção sejam mesmo os discos do Wando), o Orphanage se esforça em produzir um disco com qualidade sonora acima da média. Embora a questão da criatividade fique em último plano, o grupo consegue realçar as suas idéias com uma produção limpa e muito competente. O problema é que a banda é uma metralhadora giratória, apelando para Gottemburg Sound, gothic metal, new metal, death e um monte de outras coisas, sem jamais se encontrar. É uma pena que músicos talentosos, como o tecladista Lasse Dellbrügge, tenham que se expressar através de um trabalho como este Driven. Em uma palavra: dispensável.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Festival Sonic Temple anuncia 140 shows em 5 palcos para 2026
O álbum "esquecido" do Iron Maiden nascido de um período sombrio de Steve Harris
As 10 melhores músicas da fase progressiva do Genesis segundo leitores da revista Prog
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
Rick Rubin elege o maior guitarrista de todos os tempos; "ele encontrou uma nova linguagem"
Cantor brega Falcão conta a Danilo Gentili treta com Roger Waters do Pink Floyd
Bangers Open Air dá pistas sobre as próximas bandas do line-up
O único guitarrista que, para Lindsey Buckingham, "ninguém sequer chega perto"
Tecladista anuncia que o Faith No More não volta mais
Novo disco do Megadeth pode ter cover do Metallica - e a pista veio de Mustaine
Produtor brasileiro que vive nos EUA critica novo tributo a Andre Matos
O álbum do Rush que Geddy Lee disse ser "impossível de gostar"
Megadeth terá uma música com "Puppet" no título em seu último álbum
David Gilmour largou vício maléfico após ouvir erro em disco do Pink Floyd
Como Slash, ex-Guns N' Roses, explica a separação em sua biografia?
O cover que Bruce Dickinson confessa ter se arrependido de ter feito

Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
"Hollywood Vampires", o clássico esquecido, mas indispensável, do L.A. Guns
"Hall Of Gods" celebra os deuses da música em um álbum épico e inovador
Nirvana - 32 anos de "In Utero"
Perfect Plan - "Heart Of a Lion" é a força do AOR em sua melhor forma
Pink Floyd: O álbum que revolucionou a música ocidental



