Resenha - Judgement - Anathema
Por Silvio Costa
Postado em 13 de dezembro de 2003
Parece-me improdutivo continuar discutindo se o Anathema continua ou não a fazer o doom metal que os tornou famosos (ao lado de My Dying Bride e Paradise Lost - a santíssima trindade do doom metal britânico) no início dos anos 90. O importante é perceber a evolução alcançada belo grupo ao longo destes mais de dez anos de estrada e sentir que, apesar do som estar infinitamente diferente, eles continuam a transmitir, de maneira mais ou menos uniforme, os mesmo sentimentos desde a sua estréia, com o EP "Crestfallen", de 1992.
Este Judgement foi injustiçado pela crítica especializada, que preferiu ouvi-lo como uma tentativa mal sucedida de atualização ou de "goticização" (?!) do rock progressivo, estilo Pink Floyd e outros. Decepciona-se quem ouvir canções como "One Last Goodbye" ou "Anyone, Anywhere" em busca de algum vestígio de psicodelismo ou longas e ácidas viagens instrumentais. De certo modo, Judgement mostra o Anathema em seu lado mais conhecido. São melodias lentas, algumas belíssimas (tente não se emocionar com a etérea "Parisienne Moonlight" ou com a incrível "Emotional Winter"). Os vocais de Vincent Cavanagh melhoraram muito desde sua estréia em 1996, com a saída de Darren White. Aqui, ele se mostra não apenas um excelente intérprete - deixando fluir os sentmentos das canções de forma livre - como apresenta também um nível técnico, em média, muito superior àquilo que é feito por quase 90% das bandas de doom/gothic metal da atualidade.
Os experimentalismos do álbum anterior - Alternative 4, de 1998 - não são retomados neste álbum. A banda optou por uma produção que deixasse mais clara a opção melódica e a beleza quase hipnótica de seus arranjos. Por outro lado, isto serviu para deixar este disco muito parecido com Eternity (1996) o que, de fato, não é ruim, mas é, no mínimo um mea culpa, já que Alternative 4 não foi bem recebido exatamente por conta de seus elementos "inovadores".
Tristeza e beleza combinadas de forma quase perfeita contribuem para fazer um dos melhores discos de gothic metal do final dos anos 90. Ah, é como não podia deixar de ser, novamente, a capa e toda a arte gráfica são belíssimas.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
Max Cavalera achou que seria substituído no Sepultura por alguém como Robb Flynn
O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
O recado curto e direto que Iron Maiden passou a Blaze Bayley quando o demitiu
O riff caótico do Metallica que foi criado por Jason Newsted
10 bandas que encerraram suas atividades em 2025
5 rockstars dos anos 70 que nunca beberam nem usaram drogas, segundo a Loudwire
A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
Jimmy Page faz post e comenta atual opinião sobre show do Led Zeppelin em 2007
O guitarrista desconhecido idolatrado por Frank Zappa e John Frusciante
Testament, Overkill e Destruction confirmam turnê conjunta em 2026
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
Por que Angra escolheu Alírio Netto como vocalista, segundo Rafael Bittencourt


Cinco canções extremamente melancólicas gravadas por bandas de heavy metal


