Resenha - Escapexstacy - Poisonblack
Por Leandro Testa
Postado em 31 de maio de 2003
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Pois é ISSO que me dá MUITA vontade de viver... não que o Poisonblack tenha sido uma grande surpresa, afinal, eu já tinha ciência de que o vocalista do Sentenced era quem encabeçava as coisas por aqui, e assim sendo, a esperança de encontrar algo no mínimo bom já podia ser nutrida... Essa foi uma das poucas suposições iniciais que vieram a se confirmar, pois, de resto, pensei de uma forma bastante diferente, imaginando-a como mais pesada do que a sua outra banda, e que a garota da capa era a cantora, mas não... quem se encarrega disso é o não menos que cativante J.P. Leppäluoto (Charon), sujeito que consegue ser sombrio, sofrido e, ao mesmo tempo, interpretar grandiosamente os refrãos, predicados estes que também resumem bem a sonoridade de Escapexstacy, um gothic rock/metal, que tem em suas passagens melancólicas, a mais pura beleza, e consegue manter desde os momentos iniciais até os derradeiros um tipo de música tão empolgante que a cada cinco segundos um encaixe perfeito de harmônicas na guitarra é permitido...

Aliás, antes desse trabalho vir à tona, eu desconhecia totalmente o fato de que o então ‘frontman’ esmerilhava tal instrumento. Envolvido desde os onze anos de idade, já havia dezessete que Ville Laihiala o tocava para si, quando no final de 2000 resolveu formar o então Shadowlands (nome depois modificado para o atual) ...bastava saber se ele apenas quebrava um galho ou não...
Em resposta, o leitor na verdade não deve esperar nada virtuoso: sua proposta ao lado do convidado Janne Dahlgren, com quem faz dupla, é digna do estilo e (o mais importante) certeira. São raros os solos, e estes são maravilhosos, pegos em cheio, ‘na veia’, à exceção do existente em "Love Infernal".
É, porém, na base principal de "All Else is Hollow" que ambos pecam, pois quando ela "dá as caras", quase chega a prejudicar a qualidade do que a cerca, por ser um pouco mais constante do que deveria ser. Inclusive, esse é o adjetivo mais cabível à bateria, quando na realidade um pouco de variação seria benvinda... A condução trivial chega (às vezes) a irritar, sendo o que acabo de explicitar, os dois únicos pontos negativos da obra.
Nem o fato de Tarmo Kanerva ter sido considerado, na época, como um simples profissional contratado, o redime desta deficiência, já que Marco Sneck também o era e suas partes de teclado foram todas brilhantemente executadas, para não falar "magnificamente".
O baixo, da mesma forma, é altamente evidenciado, tendo Janne Kukkonen composto duas canções para esse debute, sendo as oito restantes de autoria do amigo de infância Ville, que desde seu sexto aniversário o conhecia; irmãos de sangue que juntos começaram essa empreitada e juntos produziram o disco.
As letras, todas escritas por Laihiala (um ‘sexaholic’ declarado), vão na linha do também finlandês H.I.M., ou seja, tratam sobre a luxúria e o vício pelas coisas da vida. Creio que se os seus compatriotas ganharam tanta notoriedade dentro e fora do país, o Poisonblack igualmente reúne condições para despontar e tornar-se um expoente mundial.
Por suas terras, o pontapé inicial ocorreu quando, de uma semana para outra, elas pularam nos ‘rankings’ oficiais de 26º para 21º entre os mais vendidos, algo que o Sentenced já tira de letra, por ter figurado no topo da mesma parada com seus últimos petardos, Crimson e The Cold White Light.
Por aqui, no Brasil, nenhum artista heavy conseguiria tamanhas façanhas, mas se ao menos este novo grupo tivesse um mínimo de contato com o público do gênero, usufruindo maior divulgação para sair do anonimato, bastaria deixar o arrebatamento de fiéis a cargo do som, que por si só diz tudo; ...e caso tais melodias tivessem rolado na ‘rave’ que fui dias atrás, elas certamente encantariam quase três mil seguidores numa tacada só... uma pena isso não ter acontecido.
Duração - 44:29
Website Oficial: www.poisonblack.com
Ville Laihiala (guitarras-solo e base, ‘backing vocals’)
J.P. Leppäluoto (vocais)
Janne Kukkonen (baixo)
Tarmo Kanerva (bateria)
Marco Sneck (teclado)
Janne Dahlgren (guitarra)
Material cedido por:
Century Media Records
http://www.centurymedia.com.br
Telefone: (0xx11) 3097-8117
Fax: (0xx11) 3816-1195
Email: [email protected]
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 5 discos de rock que Regis Tadeu coloca no topo; "não tem uma música ruim"
A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
Wolfgang Van Halen diz que as pessoas estão começando a levar seu trabalho a sério
A melhor música do AC/DC de todos os tempos, segundo o ator Jack Black
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Novo álbum do Violator é eleito um dos melhores discos de thrash metal de 2025 pelo Loudwire
Cinco bandas que, sem querer, deram origem a subgêneros do rock e do metal
Metal Hammer aponta "Satanized", do Ghost, como a melhor música de heavy metal de 2025
AC/DC, Maiden e festivais de R$ 3 mil: 1 em cada 4 brasileiros já se endividou por shows
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
Metal Hammer inclui banda brasileira em lista de melhores álbuns obscuros de 2025
Site de ingressos usa imagem do Lamb of God para divulgar show cristão
9 bandas de rock e heavy metal que tiraram suas músicas do Spotify em 2025
A banda que "nocauteou" Ray Manzarek, do The Doors; "Acho que era minha favorita"

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
Coldplay: Eles já não são uma banda de rock há muito tempo


