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Resenha - Pathogenic Ocular Dissonance - Tourniquet

Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 17 de março de 2003

O Tourniquet, formado por Ted Kirkpatrick, Luke Easter e Steve Andino foi uma das bandas de White metal mais reverenciadas da década de 90, ao lado do Bride e do Mortification. "Fundado" em 1990 o grupo já recebeu seis nomeações para o Dove Awards.

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O nome Tourniquet significa:

1º) Um esquema cirúrgico para parar hemorragia pela compressão de uma veia sanguínea

2º) Processo de longa vida espiritual por um Deus pessoal, através do qual seu sangue, morte, e ressurreição de seu único filho Jesus Cristo, pode começar a fluir durante a sua vida sem saber e a servir nosso criador. Ele é o nosso TOURNIQUET.

O álbum em questão parte de um principio. Pathogenic Ocular Dissonance quer dizer:

Dissonância - desarmonia, discórdia;

Ocular - relativo à visão

Patogênica - causadora de doenças.

Aqui nós temos três palavras que normalmente não estão juntas representando o conceito do daltonismo espiritual - ver a nossa vida sem todas as cores - ou ver certas cores de modo não-exato. Quão frequentemente nós temos SÓ a nossa própria visão das coisas - omitindo a visão bíblica - a visão de Deus. "Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra" (Colossenses 3:2). A capa do álbum possui um esboço que inclui tabelas reais para o teste de daltonismo. O círculo colorido no centro é uma foto distorcida e embaçada da banda.

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O Tourniquet faz uma música bastante quebrada, complicada, em arranjos que desestruturam qualquer idéia sobre o Metal, soando bastante diferente e até um pouco estranho. A sonoridade muda consideravelmente de um cd para o outro.

Este Pathogenic Ocular Dissonance começa com Impending Embolism que é uma instrumental bem thrash com pitadas melódicas, padrão que será seguido durante todo o álbum, que é carregado de vozes e sons estranhos.

A música que dá nome ao álbum é uma continuação da primeira, só que mais heavy e mais rápida e com um vocal alucinado, isso até a sua metade onde dá uma surpreendente quebrada levando o ouvinte a pensar até que o que se segue é outra música, mas seu aparelho não está com defeito, é a mesma música que na 2º metade vem mais "calma" com uma levada diferente e um vocal mais ritmado.

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Phantom Limb começa bem estranha com um som muito esquisito, mas logo volta ao normal se transformando numa das melhores do álbum, principalmente por causa do riff poderoso e do vocal que "agrada" bastante, muito bem encaixados.

Ruminating Virulence para não perder o costume, inicia com um som de um "mergulho" ou coisa parecida e o som de uma sirene de polícia, depois vem o thrash violento de sempre e um vocal mais rápido que a anterior,conta ainda com um bom solo de guitarra, coisa não muito comum neste cd, e outra quebrada no final mudando um pouco, mas pode ser classificada como uma speed/thrash/metal.

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Spectrophobic Dementia tem um ínicio bem heavy levando a um vocal em algumas partes rasgado em outras lento e até meio gótico, seguida de um solo bem feito com o marcante riff inicial.

A próxima música tem o singelo nome de Gelatinous Tubercles of Purulent Ossification, uma das mais esquisitas do álbum, com um vocal meio eletrônico e bastante diferente, difícil de classificar, batidas thrash, quebradas, sons estranhos, elementos presentes em todo o cd.
Justamente este é um dos "pecados" do álbum, que soa bem repetitivo e depois de um tempo até enjoativo, te dando a impressão que a música seguinte é uma repetição da anterior, "reciclada" e com uma letra diferente, te cansando de ouvir sempre a mesma coisa.

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Os integrantes da banda são competentes, nada de espetacular, mas são bons, o baterista principalmente (como trabalha esse cara!), o guitarrista é mediano e digamos esforçado, o vocalista está bem encaixado neste tipo de som e segura bem a pegada da banda.

Incommensurate é um apanhado do que foi dito acima, logo no início de Exoskeletons têm-se a impressão de ser uma faixa extremamente bizarra, mas não, é uma das melhores do álbum, não se arrasta, o backing vocal deu efeito bem criativo e interessante e o "refrão" empolga, tem a duração certa pra se salvar, Theodicy of Trial também é decente, os elementos foram bem "costurados", a massa sonora criada pelo baixo, guitarra e bateria ficou muito boa, junto com o vocal bem particular, Descent into the Maelstrom é uma instrumental mais tranqüila e dá uma quebrada no thrash violento das anteriores tendo um efeito muito positivo, En Hakkore é aquele tipo de música rápida com um refrão lento que volta a ser rápida de novo, nada muito original mas bem executado, a música que fecha o álbum Skeezix Dilemma por incrível que pareça tem uma introdução acústica, seguida de um som meio "circense" e depois entra a voz de um garoto falando alguma coisa, pra depois voltar a ter a mesma batida das anteriores, o vocal é algo entre raivoso e indignado, alertando para algo, depois entra um solo de guitarra que é a melhor coisa da música, após o solo entra um bizarro som de algo como um "gato-sofrendo" ou qualquer coisa desse nível, aí volta o vocal característico seguido da mesma batida acústica do inicio que a seguir volta com um som mais pesado e agradável terminando assim seus 9:53m que como você pode ler acima estão cheios de sons esquisitos, quebradas no som e mais algumas bizarrices, é bem estranha e arrastada mas não deixa de ser original.

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No final das contas o cd se mostra com algumas passagens boas e outras nem tanto, algumas músicas sofríveis é verdade, poderia ser menos repetitivo e menos quebrado, a fórmula não funciona bem, chega a incomodar um pouco, enfim não é a oitava maravilha do mundo, o Tourniquet já fez trabalhos melhores do que este, valeu pelo experimentalismo exacerbado tornando o álbum no mínimo curioso, ouça e tire suas próprias conclusões, quem sabe você não gosta?

Nota: 6,5

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Sobre Maurício Gomes Angelo

Jornalista. Escreve sobre cultura pop (e não pop), política, economia, literatura e artigos em várias áreas desde 2003. Fundador da Revista Movin' Up (www.revistamovinup.com) e da revrbr (www.revrbr.com), agência de comunicação digital. Começou a escrever para o Whiplash! em 2004 e passou também pela revista Roadie Crew.
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