Resenha - Zero Order - Re: Aktor
Por Thiago Sarkis
Postado em 19 de setembro de 2003
Nota: 8
Lá vem mais uma banda que as gravadoras insistem em delimitar num campo de metal futurístico. Ê dureza, tudo bem, o Re:aktor então é mais um da família dos "Jetsons". Vindos de Portugal os cibernéticos integrantes da agrupação surgem como um dos maiores investimentos da Nuclear Blast d’agora para os próximos anos.
Na verdade, eles não vêm de outro planeta como é sugerido, tampouco são o supremo de originalidade. Os portugueses certamente ouviram muito Sepultura durante a vida. Nos momentos mais interessantes dos brasileiros, certamente. Nessa influência, incluem a direção que o The Kovenant e o Theatre Of Tragedy deram em seus últimos álbuns, se considerarmos a questão do intenso uso de recursos eletrônicos, samples, etc.
É fato, entretanto, que o emprego de tais aparelhagens é exímio e pra quem curte Fear Factory, por exemplo, eles aparecem como um prato cheio. As guitarras aparecem bastante, pesadas, e incluindo solos, algo que não vemos muito em bandas dessa vertente. Bons músicos e uma agressividade que chega a lembrar o Nevermore por instantes.
O disco tem uma oscilação freqüente. O princípio é razoável, sem inspiração extra; eles têm seu grande estouro na metade, exatamente nas faixas cinco e seis, respectivamente "Stellarator" e "Sektor X-Lr8"; depois, jazem melhores do que nas primeiras músicas, no entanto não arrebentam com tanta força e criatividade.
Nexion e seus robozinhos vieram bem produzidos com a masterização de George Marino (Marilyn Manson, Metallica, etc.) e preparados para irem direto ao topo, mesmo com todas as críticas severas que certamente receberão. A cobrança para o sucessor de "Zero Order" será maior, mas de começo está muito bom.
Formação:
R.A.D. (Vocais)
Nexion (Guitarras)
D-Void (Guitarra – Baixo)
CA2 (Bateria)
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