Resenha - Risk - Megadeth
Por Marcelo Martins
Postado em 14 de setembro de 1999
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Antes de tudo, quero dizer que esta sem dúvida é uma análise muito complicada pra mim. Eu sou muito fã do Megadeth e adoro todos os seus discos. Acho que depois do Iron Maiden, Megadeth é a minha banda favorita. Como fã, é difícil analisar algo sem pôr seus sentimentos e emoções em evidência. Que fique bem claro que em momento algum eu deixo de expor minhas sensações e sentimentos com relação a este álbum. Em resumo, eu não acredito na tal objetividade jornalística e nunca acreditarei, porque ela simplesmente não existe. O que vou fazer neste texto é analisar tecnicamente os detalhes do novo disco do Megadeth, Risk, e ao mesmo tempo dizer o que sinto quando ouço cada música.
O que é ruim em Risk?
1. Quem esperou um Rust In Peace vai se depepcionar.
O trabalho guitarrístico de Risk é muito pobre. As músicas não tem aqueles maravilhosos solos de Mr. Friedman e algumas músicas não tem solo algum. Claro, ainda existem riffs legais e simples como em Doctor is Calling. Realmente, são coisas bem simples. Ao ponto que qualquer guitarrista com técnica razoável pode reproduzir o disco inteiro em pouco tempo.
2. As letras não estão impressas no encarte.
Isso é uma coisa muito irritante. Somente a primeira frase está impressa e o resto não. Dave Mustaine disse que estavam dando muito valor às letras, mas não é o que parece.
3. Ele vem com uma faixa multimída.
Deixe-me explicar porque coloquei isso na parte de coisas ruins. Primeiramente, uma faixa multimídia encarece bastante o cd (ainda mais agora que temos o dólar bem caro) e essa faixa não vale o nosso dinheiro. É apenas uma entrevista com a banda (aquela mesm a entrevista que passou na MTV) e nada mais. Nenhum videoclipe, nenhuma foto exclusiva, nada além de uma entrevista (bem velhinha, por sinal). Em suma, essa faixa multimídia é uma roubada.
O que é bom em Risk?
1. O vocal de Mustaine.
Melhorou muuuuuuuuiiiitooo... Eu sempre adorei a voz de Mustaine porque é diferente das outras, é uma característica própria do Megadeth. Neste disco, ela está bem evidente (apesar de estar cheia de efeitos estranhos) e muito mais melódica. Ouça Wanderlust e perceba o alcance da voz de Dave. Ah! E também não faltaram aqueles "grunhidos" que só Mustaine sabe fazer...
2. Influência de Friedman.
Enquanto no RIP Dave escreveu quase todas as músicas, neste disco ele dividiu a composição de quase todas com Marty Friedman. O resultado é impressionante. Muitas escalas "exóticas" e introduções estranhas. Simples, é claro. Nada de arpejos a 200 bpm. Mas muito interessante. 3. Ótimo trabalho gráfico.
Apesar de eu achar essa história de gato e rato uma coisa muito infantil, o encarte está muito bem estruturado. A caixa do cd também é interessante: é uma ratoeira. Pena que as fotos dos componentes está pequena demais.
Em termos gerais, é um bom disco. É diferente de tudo que o Megadeth já fez. É um trabalho bem mais leve que o Cryptic Writings. Não tem nenhuma música que você ouça e diga que é muito pesada nem muito rápida. Talvez as que agradem mais o pessoal "old school" sejam Insomnia e Prince Of Darkness. Com relação ao novo batera DeGrasso, ele cumpre a sua parte com dignidade.
Logo quando ouvi o disco achei uma verdadeira porcaria, uma calamidade, o fim do Megadeth. Mas depois de um tempo, eu me peguei cantando as músicas e querendo ouvi-las cada vez mais. Breadline e I’ll be there são um exemplo. Você acaba se "rendendo" a melodia da música.
Pra finalizar, quero dizer que acontece um problema muito sério nesta história toda. Apesar das músicas serem muito legais e bem compostas, não é o tipo de música que eu gostaria de ouvir do Megadeth. Quando eu ouvi o Rust In Peace minha vida mudou. Eu adoro velocidade e riffs complexos. Eu adoro AQUELE Megadeth. Isso acontece com muitos fãs da banda e está acontecendo algo semelhante com o Metallica. É um disco bom? Sim. Vale a pena comprar? Sim. Mas não dá pra ignorar o que o Megadeth significa para o Thrash Metal... e esse disco não é Thrash Metal nem aqui nem na conchichina.
Outras resenhas de Risk - Megadeth
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O guitarrista preferido de Mark Knopfler, do Dire Straits, e que David Gilmour também idolatra
Bangers Open Air divulga line-up da próxima edição, com In Flames, Fear Factory e Jinjer
Os 11 melhores álbuns de progressivo psicodélico da história, segundo a Loudwire
Nova música do Megadeth desbanca - temporariamente - Taylor Swift no iTunes dos EUA
O subestimado guitarrista base considerado "um dos maiores de todos" por Dave Mustaine
Blackmore's Night cancela shows devido a questões de saúde
A banda de forró que se fosse gringa seria considerada de rock, segundo produtora
Os quatro maiores solos de guitarra de todos os tempos, segundo Carlos Santana
Fernanda Lira expõe comentários preconceituosos e recebe apoio de nomes do metal
Regis Tadeu detona AC/DC e afirma que eles viraram "banda cover de luxo"
Nicko McBrain compartilha lembranças do último show com o Iron Maiden, em São Paulo
Nick Holmes diz que há muito lixo no nu metal, mas elogia duas bandas do estilo
Jinjer, In Flames e Killswitch Engage confirmados no Bangers Open Air, afirma jornalista
A canção proto-punk dos Beatles em que Paul McCartney quis soar como Jimi Hendrix
As melhores de Ronnie James Dio escolhidas por cinco nomes do rock e metal
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
Megadeth, Anthrax, Trivium e Evergrey apoiarão Iron Maiden em turnê pela Europa
Dave Mustaine quer que o último show do Megadeth aconteça no espaço
O principal cantor do heavy metal, segundo o guitarrista Kiko Loureiro
O disco do Queensryche que foi muito marcante para Kiko Loureiro e para o Angra
O clássico absoluto do heavy metal que salvou a carreira do Megadeth
O pior disco de cada banda do Big Four do thrash, segundo Mateus Ribeiro
O disco que "furou a bolha" do heavy metal e vendeu dezenas de milhões de cópias


