Deep Purple - A jornada de uma lenda em quatro álbuns essenciais
Por Michel Sales
Postado em 19 de março de 2025
O Deep Purple é uma banda brilhante, com uma discografia avassaladora construída por músicos fantásticos que redefiniram o Rock 'n' Roll mundial. Entre seus maiores clássicos estão In Rock (1970), Machine Head (1972), Burn (1974) e Perfect Strangers (1984). No entanto, como acontece com toda grande banda, as desavenças entre seus talentos criativos acabaram gerando atritos, desgastando o companheirismo e, por vezes, uma inspiração. Essas turbulências resultaram em mudanças drásticas na formação, levando a álbuns de recepção variados. Ainda assim, o Deep Purple consolidou um legado inquestionável, repleto de discos simplesmente absurdos.

In Rock
Esse álbum marcou a estreia da icônica formação MK II, considerado o mais bem sucedido da banda, com Ian Gillan e Roger Glover assumindo os lugares de Rod Evans e Nick Simper. Foi o primeiro grande sucesso do Deep Purple na Europa, alcançando a 4ª posição no Reino Unido e mantendo-se entre os mais vendidos por vários meses.
A capa do disco foi inspirada no Monte Rushmore, famoso monumento localizado próximo a Keystone, Dakota do Sul, nos Estados Unidos. Na arte, os rostos dos membros foram esculpidos no estilo da escultura original: Ian Gillan ocupa o lugar de George Washington, Ritchie Blackmore substitui Thomas Jefferson, Jon Lord aparece como Theodore Roosevelt e Roger Glover representa Abraham Lincoln. O único que não foi posicionado como um dos presidentes foi Ian Paice.
Destaques: Speed King – Um petardo de abertura com riffs explosivos, Child in Time – Uma das músicas mais icônicas da banda, com vocais marcantes de Gillan e um solo épico de Blackmore, Into the Fire – Groove pesado e direto.
Machine Head
O sexto álbum de estúdio da banda britânica Deep Purple foi gravado em dezembro de 1971 no Grand Hotel de Montreux, na Suíça, utilizando o estúdio móvel dos Rolling Stones.
Considerado um dos maiores sucessos da banda, o disco dominou as paradas musicais em vários países após seu lançamento. Em 2001, a revista que incluiu na lista dos "50 álbuns mais pesados de todos os tempos".
Comercialmente, é o álbum de maior sucesso na carreira do Deep Purple. No Reino Unido, estreou em 1º lugar e ficou no top 40 por 20 semanas. Nos Estados Unidos, alcançou a 7ª posição na Billboard 200, onde chegaram impressionantes 118 semanas.
Destaques: Smoke on the Water – Um dos riffs mais famosos da história do rock., Highway Star – Velocidade e virtuosismo, antecipando o metal, Lazy – Mistura de blues e rock com uma performance brilhante de Jon Lord.
Burn

Com a saída de Ian Gillan e Roger Glover, a banda entrou na fase Mark III, com David Coverdale nos vocais e Glenn Hughes no baixo e vocais. O álbum trouxe uma pegada mais bluesy e funky, mantendo o peso característico da banda.
Destaques: Burn – A faixa-título é um clássico absoluto, com uma introdução arrebatadora e vocais potentes de Coverdale e Hughes, Mistreated – Uma das melhores baladas do Purple, com Coverdale brilhando nos vocais, You Fool No One – Groove incrível e solos matadores.
Perfect Strangers
Após quase uma década separados, o Deep Purple Mark II voltou com um álbum forte e moderno para os anos 80. Perfect Strangers trouxe um som atualizado, mas mantendo a essência do Purple.
O disco foi um grande sucesso comercial, alcançando a 5ª posição nas paradas do Reino Unido e a 17ª colocação na Billboard 200 dos EUA. A turnê de divulgação foi um fenômeno, com ingressos esgotando rapidamente e forçando a banda a adicionar diversos dados extras. Em 1985, a turnê norte-americana do Deep Purple foi uma das mais lucrativas do ano, ficando para trás apenas de Bruce Springsteen.
Destaques: Perfect Strangers – Clássico absoluto, com um clima sombrio e um riff memorável, Knocking at Your Back Door – Um dos melhores refrões da banda., Nobody’s Home – Energia e peso na medida certa.
Esses quatro álbuns representam diferentes fases do Deep Purple, mas todos são essenciais para entender a importância da banda no rock. Qual deles é o seu favorito?
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Nicko McBrain admite decepção com Iron Maiden por data do anúncio de Simon Dawson
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
"A maior peça do rock progressivo de todos os tempos", segundo Steve Lukather, do Toto
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
O guitarrista do rock nacional que é vidrado no Steve Howe: "Ele é medalha de ouro"
O disco do Queensryche que foi muito marcante para Kiko Loureiro e para o Angra
As duas músicas que Robert Plant e Jimmy Page apontam como o auge do Led Zeppelin
Como Angra trocou Toninho Pirani por Monika Cavalera, segundo Rafael Bittencourt
O guitarrista que Mick Jagger elogiou, e depois se arrependeu
Site aponta 3 desconhecidos supergrupos dos anos 1970 com membros famosos
Esposa e filho homenageiam David Coverdale após anúncio de aposentadoria
O álbum que rachou o Deep Purple: "O Jon gostou da ideia, mas o Ritchie não"
Os dois solos que, para Ritchie Blackmore, inauguraram a "guitarra elétrica inglesa"
Como surgiu a incrível sintonia entre Steve Morse e Jon Lord no Deep Purple
Steve Morse admite ter ficado magoado com o Deep Purple
Ritchie Blackmore revela traço pouco conhecido da personalidade de Jeff Beck
A artista que Ritchie Blackmore chamou de "os Beatles desta geração"
Lars Ulrich revela a música do Deep Purple que o marcou para sempre na infância
Iron Maiden: a tragédia pessoal do baterista Clive Burr
Lista: 12 músicas que você provavelmente não sabe que são covers


